Qualidade, translucidez e metabolismo antioxidante de infrutescências do abacaxizeiro ‘pérola’ sob adubação nitrogenada e potássica.

• Autor(a) principal: Lima, Renato Pereira
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27498
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA; Ananas comosus,; Escurecimento interno; Processamento de imagem digital

Práticas de manejo pré-colheita na cultura do abacaxizeiro (Ananas comosus var. comosus), a exemplo da adubação mineral, podem melhorar a qualidade na colheita e reduzir os níveis iniciais de translucidez, que alteram a coloração da polpa e conduz ao escurecimento interno. Essas práticas podem também influenciar na produção de peroxido de hidrogênio (H2O2) e nos conteúdos de agentes antioxidantes. Contudo, com relação à adubação nitrogenada e potássica estes efeitos ainda não estão bem caracterizados. Neste sentido, esta pesquisa está dividida em dois trabalhos. Primeiramente, objetivou-se avaliar a qualidade e translucidez de infrutescências do abacaxizeiro ‘Pérola’ produzidas sob adubação nitrogenada e potássica. No segundo, o objetivou-se avaliar as mudanças no metabolismo antioxidante e no conteúdo de H2O2 em infrutescências do abacaxizeiro ‘Pérola’ sob adubação nitrogenada e potássica. Cinco doses de ureia (0,53; 3,20; 5,33; 7,47; 10,13) e cinco de cloreto de potássio (0,30; 1,78; 2,97; 4,15; 5,64) foram combinadas, em esquema fatorial conforme a matriz Plan Puebla III, totalizando dez tratamentos, com três repetições, em DBC. Constatou-se que a adubação nitrogenada e potássica no cultivo do abacaxizeiro ‘Pérola’ influenciam os níveis de translucidez na polpa das infrutescências, na maturidade comercial. Neste contexto, dose elevada de N (7,47 g de ureia por planta) combinada com dose baixa de K (1,78 g de KCl por planta) aumenta a translucidez da polpa e reduz o conteúdo de flavanoides amarelos. Mas, a translucidez reduziu quando K foi fornecido na dose de 4,15 g de KCl por planta com 7,47 g de ureia por planta. Assim, a combinação de 7,47 g de ureia com 4,15 g de KCl por planta no cultivo do abacaxizeiro ‘Pérola’ favorece a qualidade das infrutescências, mantendo baixos os níveis de translucidez e elevados valores de luminosidade (L*) da polpa, conteúdos de flavanoides amarelos, dos açúcares redutores e das proteínas solúveis na polpa e no eixo central. Por sua vez, o processamento de imagens digitais demonstrou ser uma ferramenta importante na caracterização da translucidez e das mudanças na coloração da polpa associadas a este fenômeno. No segundo trabalho, notou-se que doses baixas de N e K, assim como o excesso destes nutrientes isoladamente, elevaram o conteúdo de H2O2 e, consequentemente, a atividade de enzimas antioxidantes. A atividade da catalase aumentou principalmente quando K estava elevado e N reduzido, enquanto a superóxido dismutase, ácido ascórbico peroxidase e peroxidase aumentaram quando ambos estavam baixos ou muito elevados. Nesta condição, o conteúdo de ácido ascórbico e polifenois extraíveis totais também foram elevados e proporcionaram maior atividade antioxidante total. Na condição que o experimento foi realizado, a combinação de 5,33 g de ureia com 2,97 g de KCl por planta, na adubação do abacaxi ‘Pérola’, promove um equilíbrio entre o metabolismo antioxidante e os níveis de H2O2 na polpa e eixo central das infrutescências. Adicionalmente, uma analise de componentes principais revelou que as relações N/K são tão importantes quanto as concentrações absolutas destes nutrientes na otimização do metabolismo antioxidante e, portanto, um destes nutrientes não deve ser considerado isoladamente.