Bergson e a intuição como método

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes, Brenda Pereira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27550
Resumo: Em O Pensamento e o Movente, Bergson propõe “erigir a intuição em método filosófico”, na medida em que sua investigação do problema da busca de sistematização na metafísica mostrou que o resultado da aplicação do método de análise na solução de problemas filosóficos resultava num afastamento da investigação com relação ao real que, de acordo com ele, deve ser entendido, nele próprio, como movimento, multiplicidade e duração. Sem dúvida, a intuição sempre foi tema de discussão em diversas áreas do conhecimento, sobretudo na filosofia, na qual essa discussão recebe maior atenção, em especial após a revolução cartesiana no campo da metafísica e da teoria do conhecimento. Mas, em Bergson, a busca de um método que dê conta do real e do mundo da vida, por meio do conhecimento direto e imediato que a intuição torna possível, faz dela um tema central para a investigação filosófica. Bergson parte de uma crítica à aceitação tácita, na metafísica, dos esquemas da razão formulados em vista da vida prática, bem como a sua concepção de verdade que, forjada pela razão em vista de uma ação eficaz sobre o mundo, deve abandonar o movimento e a duração – o próprio tecido da realidade – e cristalizar o real no eterno e no imóvel e imutável, sem jamais dar acesso um conhecimento real do mundo. A intuição se revela como o método que pode resgatar para o real a dimensão de duração, de movimento, de diversidade e de novidade que é própria dele, na medida em que ela torna possível uma percepção direta da realidade, sem a mediação dos conceitos que é própria da análise como a ferramenta a que a razão deve recorrer para formular os conceitos que devem servir ao agir prático. Em vista disso, examinaremos, no primeiro capítulo, o problema da intuição como o método próprio da filosofia, na medida em que ela tem a tarefa de garantir para a metafísica esse acesso direto ao real, no segundo, trataremos do problema da linguagem na filosofia, na medida em que, tendo confundido rigor com precisão, ela adotou a linguagem fixa e espacializada do senso comum e do conhecimento científico, mais adequada à sobrevivência que à reflexão e ao conhecimento do real nele próprio e, finalmente, no terceiro capítulo, abordaremos a teoria bergsoniana da duração, na medida em que ela é fundamental para a concepção metafísica do real, à qual a intuição, como método, deve dar acesso. Nesse exame, vamos abordar, sobretudo, seus escritos: Introdução à Metafísica (1903), as duas introduções de O Pensamento e o Movente (1922) e a conferência intitulada A Intuição Filosófica (1911), obras em que esses conceitos aparecem pela primeira vez, ou de uma forma mais decisiva. Também vamos recorrer ao apoio de comentadores como Gilles Deleuze, Bento Prado Júnior e Franklin Leopoldo e Silva, que tomam a intuição como central para a discussão do adequado método filosófico em Bergson. Pretendemos mostrar no decorrer deste trabalho que, para Bergson, é por meio da intuição que podemos apreender o movimento da duração que é próprio ao real e que, dessa forma, ela pode fornecer o método por excelência para constituição da verdadeira metafísica.
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Mas, em Bergson, a busca de um método que dê conta do real e do mundo da vida, por meio do conhecimento direto e imediato que a intuição torna possível, faz dela um tema central para a investigação filosófica. Bergson parte de uma crítica à aceitação tácita, na metafísica, dos esquemas da razão formulados em vista da vida prática, bem como a sua concepção de verdade que, forjada pela razão em vista de uma ação eficaz sobre o mundo, deve abandonar o movimento e a duração – o próprio tecido da realidade – e cristalizar o real no eterno e no imóvel e imutável, sem jamais dar acesso um conhecimento real do mundo. A intuição se revela como o método que pode resgatar para o real a dimensão de duração, de movimento, de diversidade e de novidade que é própria dele, na medida em que ela torna possível uma percepção direta da realidade, sem a mediação dos conceitos que é própria da análise como a ferramenta a que a razão deve recorrer para formular os conceitos que devem servir ao agir prático. Em vista disso, examinaremos, no primeiro capítulo, o problema da intuição como o método próprio da filosofia, na medida em que ela tem a tarefa de garantir para a metafísica esse acesso direto ao real, no segundo, trataremos do problema da linguagem na filosofia, na medida em que, tendo confundido rigor com precisão, ela adotou a linguagem fixa e espacializada do senso comum e do conhecimento científico, mais adequada à sobrevivência que à reflexão e ao conhecimento do real nele próprio e, finalmente, no terceiro capítulo, abordaremos a teoria bergsoniana da duração, na medida em que ela é fundamental para a concepção metafísica do real, à qual a intuição, como método, deve dar acesso. Nesse exame, vamos abordar, sobretudo, seus escritos: Introdução à Metafísica (1903), as duas introduções de O Pensamento e o Movente (1922) e a conferência intitulada A Intuição Filosófica (1911), obras em que esses conceitos aparecem pela primeira vez, ou de uma forma mais decisiva. Também vamos recorrer ao apoio de comentadores como Gilles Deleuze, Bento Prado Júnior e Franklin Leopoldo e Silva, que tomam a intuição como central para a discussão do adequado método filosófico em Bergson. Pretendemos mostrar no decorrer deste trabalho que, para Bergson, é por meio da intuição que podemos apreender o movimento da duração que é próprio ao real e que, dessa forma, ela pode fornecer o método por excelência para constituição da verdadeira metafísica.In The Creative Mind, Bergson proposes “to raise intuition to the level of a philosophical method”, insofar as his approach to metaphysics search for a systematic knowledge of things showed that the consequence of applying the method of analysis to solve philosophical problems was to leave aside the concrete reality, which according to him should be understood as movement, multiplicity and duration. Intuition has, indeed, always been a topic for discussion among several areas of knowledge, particularly in philosophy, a domain which gives to this topic careful attention, especially after the Cartesian turn in the field of metaphysics and the theory of knowledge. Bergson, however, in his search for a method that renders possible an insight into reality and the world of life by means of the direct and unmediated knowledge of things that intuition makes possible, has turned intuition into a central topic for his philosophical investigation. He starts with a critique of the tacit admission of reason’s schemas in metaphysics, schemas that deal first with practical life, as well as with a critique of its concept of truth, which leaves aside movement and duration – the very tissue of all reality – and so leads to a crystallization of things in the eternal and in the immovable and immutable. He then finds in intuition a method which can restore to the real its dimension of duration and movement, insofar as it renders possible an immediate perception of reality, without a mediation of the concepts that is proper the method of analysis. Our aim here is to examine, in the first chapter, the problem of intuition as the adequate method for philosophy, insofar as its task is to give metaphysics its direct access to the real; in the second chapter, we will discuss the problem of language in philosophy, insofar as, having blurred the distinction between rigor and precision, philosophy adopted the fixed language of space, that is adequate to the needs of common sense, and so more suited to survival than to reflection and the knowledge of reality itself; and finally, in the third chapter, we will approach Bergson’s theory of duration, insofar as it is fundamental for the concept or the real in metaphysics. In this study, we will mainly address his works: Introduction to Metaphysics (1903), the two introductions of The Creative Mind (1922) and the conference entitled Philosophical Intuition (1911), works in which these concepts appear for the first time, or in a more clear light. We are also going to resort to commentators such as Gilles Deleuze, Bento Prado Júnior and Franklin Leopoldo e Silva, who deal with intuition as a central concept to an investigation of the proper philosophical method in Bergson. We intend, in the course of this work, to show that, according to Bergson, it is through intuition that we can apprehend the movement of duration that is constitutive of reality, and so that it is intuition that can provide a method par excellence for developing a true metaphysics.Submitted by Fernando Augusto Alves Vieira (fernandovieira@biblioteca.ufpb.br) on 2023-07-25T11:53:14Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) BrendaPereiraGomes_Dissert.pdf: 914406 bytes, checksum: 1a5d7ebba8c55e827fbe01dccdc2f877 (MD5)Made available in DSpace on 2023-07-25T11:53:14Z (GMT). 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