Custos de doenças crônicas não transmissíveis para o sistema único de saúde: revisão narrativa da literatura

• Autor(a) principal: Santos, Vinícius Ribeiro dos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26696
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAO; Custos; Doenças crônicas não transmissíveis; Políticas públicas.

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) são responsáveis por mais da metade de óbitos no mundo; especificamente no Brasil, por aproximadamente 70% dos óbitos. Apesar das diversas políticas que visem reduzir a sua prevalência, a quantidade de indivíduos acometidos por tais doenças ainda é alta; e considerando um país como o Brasil, onde maior parte da população depende do Sistema Único de Saúde (SUS), as DCNTs geram custos elevados para o país. Dessa forma, esse estudo teve por objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura, analisando trabalhos que avaliaram os custos das DCNTs para o país nos últimos anos, bem como avaliar algumas das políticas públicas existentes que visem as suas reduções. Para tanto, foram pesquisados trabalhos científicos recentes nos bancos de dados: MEDLINE, LILACS-BIREME, SCIELO, PUBMED e Google Acadêmico. Sendo considerados para esse estudo os custos diretos e indiretos, quando disponíveis, dos tratamentos da diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, doenças cardiovasculares, obesidade e cânceres; principais doenças crônicas que acometem a população brasileira. Foram analisados os dados de custos presentes em 11 estudos. Tais estudos demonstraram que nos últimos anos houve um aumento dos custos diretos das DCNTs para o SUS, principalmente no que se refere às hospitalizações, enfatizando a necessidade de se atuar mais eficientemente na atenção básica. Diversas políticas públicas visam as reduções das prevalências de DCNTs e, consequentemente, dos seus custos para o Estado; tais como a Estratégia Saúde da Família (ESF), o programa HIPERDIA – por ela desenvolvido –, o Programa Nacional de Imunização (PNI), o desenvolvimento do Guia Alimentar para a População Brasileira, as resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, visando o controle sobre a publicidade de alimentos e bebidas para crianças e adolescentes; além dos acordos formalizados com Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) para a redução dos teores de sódio nos alimentos; as novas medidas a serem adequadas na rotulagem de alimentos, o desenvolvimento do Programa Academia da Saúde (PAS) e o estabelecimento do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT). Entretanto, apesar das diversas políticas criadas, deve-se ampliar o orçamento destinado para o monitoramento dessas ações, identificando suas falhas e otimizando-as. Essencialmente, deve-se atuar reduzindo iniquidades em saúde e garantindo acesso aos cuidados a toda a população, em especial aos grupos mais vulneráveis, dada a maior concentração das DCNTs e seus fatores de risco na população de baixa renda e escolaridade.