Colonialidade do ser, do poder e do saber em Pêro de Magalhães Gândavo

• Autor(a) principal: Silva, Natan Evangelista Da
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27778
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS; Pêro de Magalhães Gândavo; Colonização do Brasil; Estudos decoloniais

Este trabalho discute o processo de colonização das Américas desde as expedições de Cristóvão Colombo até a chegada dos portugueses no Brasil em 1500. Diante desse momento histórico, são escritos muitos textos caracterizados como literatura de informação que formam um compêndio de obras produzidas pelos colonizadores europeus sobre as novas terras e suas particularidades. Entre os escritos sobre o Brasil, escolhemos como corpus desta pesquisa o Tratado da Terra do Brasil e a História da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil do historiador e cronista português Pêro de Magalhães Gândavo. O objetivo geral da pesquisa é problematizar o processo de exploração das terras brasileiras a partir de uma ótica de reconstrução da nossa própria história, tendo como apoio os estudos decoloniais. Também citamos dois objetivos específicos: I. Discutir os elementos de um discurso colonizador e colonial em Gandavo e II. Analisar a construção de um contradiscurso de resistência dos povos originários diante da invasão portuguesa no Brasil. A fundamentação teórica se estrutura nos estudos de Aragão (1892), Todorov (2010), Sodré (1967), Bosi (2017), Hemming (2007), Ribeiro (1995), entre outros autores. Para a análise, embasamo-nos nas obras de Quijano (2005) e Mignolo (2008) sobre colonialidade do poder e eurocentrismo na América Latina. Como resultado, pudemos identificar os efeitos da colonialidade na obra de Gândavo e desenvolvemos uma leitura crítica sobre a centralidade do europeu e uma visão restrita sobre os povos originários nestes textos.