Fatores de adesão à prática de atividades físicas em idosos no Brasil: uma revisão de literatura

• Autor(a) principal: Mendes, Artur Belarmino
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26451
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::EDUCACAO FISICA; Atividade física; Idosos; Saúde Pública; Qualidade de vida; Sedentarismo

De acordo com Harris et al. (2020) o público com faixa etária acima dos 65 anos (idosos) são os mais propensos ao sedentarismo, considerado na atualidade um problema de saúde pública. A partir da criação do Estatuto do Idoso, em 2003, estudos na área da saúde vem se desenvolvendo com interesse de investigar aspectos do cotidiano do idoso e das políticas públicas em saúde, que poderiam contribuir para a qualidade de vida integral da pessoa idosa. Diante disso, o presente estudo tem como objetivo geral analisar quais os principais fatores de adesão de pessoas idosas à prática de atividades físicas regulares, no Brasil, entre os anos de 2005 a 2021. Para tanto. elencamos os seguintes objetivos específicos: Identificar políticas públicas que contribuem para a adesão dos idosos à prática de atividades físicas regulares; Descrever as principais motivações e impeditivos enfrentados pelos idosos para a prática de atividades físicas regulares; Discutir os impactos da adesão à prática de atividades físicas para a qualidade de vida e saúde das pessoas idosas. A pesquisa se trata de uma revisão de literatura, realizada de acordo com as recomendações de Gomes e Caminha (2014) e Pereira et al. (2018), em repositórios institucionais nacionais e nas plataformas Google Acadêmico, Scielo e .Sucupira, tendo como principais descritores: “sedentarismo” “saúde do idoso”, “adesão à pratica de atividade física” “qualidade de vida”. Na revisão foram considerados os seguintes fatores de inclusão/exclusão: metodologias de estudos de casos, pesquisas de campo, pesquisa documental ou revisões de literatura; e ano de publicação entre 2005 e 2021, com lócus de pesquisa no Brasil. Os dados da pesquisa revelaram que os principais fatores de adesão à prática de atividade física apresentados pelos idosos estão relacionados ao cumprimento da orientação médica, à melhoria de quadros clínicos e/ou manutenção da saúde, bem como necessidades biopsicossociais, cognitivas e terapêuticas. Já a regularidade das práticas se relaciona ao trabalho dos profissionais da saúde, com maior índice de permanência dos idosos em programas conduzidos por profissionais que realizam a anamnese correta do público, oferecendo exercícios condizentes com os objetivos dos alunos e que proporcionam ambiente social apropriado ao desenvolvimento de relações interpessoais. Identificou-se ainda a vigência de mais de 758 programas/projetos de promoção à saúde dos idosos através de atividades físicas no Brasil, regidos pela Portaria nº 2.528 de 19 de outubro de 2006. Conclui-se, portanto, que a formação dos profissionais da educação física, deve perpassar o aspecto teórico dos conhecimentos necessários ao bom desenvolvimento de habilidades e competências físicas dos alunos, sendo fundamental para o trabalho com idosos a aquisição de conhecimentos específicos da área geriátrica, para lidar com as especificidades do público e ainda compreender que a permanência desses alunos na luta contra o problema de saúde pública do sedentarismo, necessita de um olhar diferenciado para a realidade social dos idosos e de um trabalho que se concretiza na perspectiva dos Direitos Humanos. A qualidade da formação do educador físico gera, portanto, não apenas a melhoria da saúde/quadro clínico geral dos alunos idosos, mas promovem bem-estar social e acolhimento humano para essas pessoas.