Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26542 |
Resumo: | A Alienação parental acomete, precipuamente, crianças e adolescentes envolvidos em situações de disputa de guarda entre os genitores, os quais, em decorrência de sentimentos mal resolvidos da dissolução conjugal ou motivados por vingança e/ou sentimentos que igualmente não são construtivos, passam a interferir negativamente na formação psicológica do filho. O objetivo da conduta parental é prejudicar o vínculo da criança ou do adolescente com o genitor, ferindo, portanto, o direito fundamental infantojuvenil à Dignidade da Pessoa Humana, ao Melhor Interesse da Criança e à convivência familiar saudável, sendo, ainda, um descumprimento dos deveres relacionados ao poder familiar dos pais. A partir disso, o arcabouço normativo pátrio impõe a intervenção do Estado para respaldar tais conflitos familiares, já que o legislador brasileiro dotou o Poder Judiciário de prerrogativas para coibir as condutas alienantes e preservar a integridade psicológica do filho. O objetivo principal do presente trabalho consiste em analisar o alcance do Estado brasileiro, por meio do Poder Judiciário, na proteção integral, à criança e ao adolescente, contra a deletéria prática da alienação parental. Para tanto, utilizou-se como método principal de abordagem o hipotético-dedutivo, partindo-se da premissa geral do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana para analisar as peculiaridades de sua aplicação às relações familiares, que, quando submetidas a um processo de ruptura, podem acarretar o surgimento de práticas de alienação parental. De forma auxiliar, foi utilizado o método histórico com o fim de estudar as diversas transformações ocorridas no conceito de família, o que trouxe um impacto direto não só no âmbito das relações familiares, como também na ampliação do reconhecimento de condutas alienantes. Após as pesquisas e estudos realizados, constatou-se que, diante da ruptura do núcleo familiar, o Estado brasileiro, por meio do Poder Judiciário, tem buscado atuar de modo efetivo na proteção integral à criança e ao adolescente contra as práticas de alienação parental. Entretanto, em concordância com a hipótese apresentada no presente trabalho, traz-se à baila que a eficácia plena das medidas encartadas na Lei Nº 12.318/2010 só terão o condão de eliminar ou coibir os atos de alienação parental, quando, para além da decisão judicial prolatada, os próprios genitores sejam capazes de solucionar as questões afetivas envolvidas e, a partir disso, a criança e o adolescente poderão receber de ambos os seus pais/responsáveis o afeto necessário ao seu pleno desenvolvimento, considerando-se a tridimensionalidade física, emocional e espiritual. |
id |
UFPB-2_b2ec254885be8e4619d8dfab8861ae27 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpb.br:123456789/26542 |
network_acronym_str |
UFPB-2 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPB |
repository_id_str |
|
spelling |
2023-03-23T17:56:28Z2022-12-212023-03-23T17:56:28Z2022-12-14https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26542A Alienação parental acomete, precipuamente, crianças e adolescentes envolvidos em situações de disputa de guarda entre os genitores, os quais, em decorrência de sentimentos mal resolvidos da dissolução conjugal ou motivados por vingança e/ou sentimentos que igualmente não são construtivos, passam a interferir negativamente na formação psicológica do filho. O objetivo da conduta parental é prejudicar o vínculo da criança ou do adolescente com o genitor, ferindo, portanto, o direito fundamental infantojuvenil à Dignidade da Pessoa Humana, ao Melhor Interesse da Criança e à convivência familiar saudável, sendo, ainda, um descumprimento dos deveres relacionados ao poder familiar dos pais. A partir disso, o arcabouço normativo pátrio impõe a intervenção do Estado para respaldar tais conflitos familiares, já que o legislador brasileiro dotou o Poder Judiciário de prerrogativas para coibir as condutas alienantes e preservar a integridade psicológica do filho. O objetivo principal do presente trabalho consiste em analisar o alcance do Estado brasileiro, por meio do Poder Judiciário, na proteção integral, à criança e ao adolescente, contra a deletéria prática da alienação parental. Para tanto, utilizou-se como método principal de abordagem o hipotético-dedutivo, partindo-se da premissa geral do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana para analisar as peculiaridades de sua aplicação às relações familiares, que, quando submetidas a um processo de ruptura, podem acarretar o surgimento de práticas de alienação parental. De forma auxiliar, foi utilizado o método histórico com o fim de estudar as diversas transformações ocorridas no conceito de família, o que trouxe um impacto direto não só no âmbito das relações familiares, como também na ampliação do reconhecimento de condutas alienantes. Após as pesquisas e estudos realizados, constatou-se que, diante da ruptura do núcleo familiar, o Estado brasileiro, por meio do Poder Judiciário, tem buscado atuar de modo efetivo na proteção integral à criança e ao adolescente contra as práticas de alienação parental. Entretanto, em concordância com a hipótese apresentada no presente trabalho, traz-se à baila que a eficácia plena das medidas encartadas na Lei Nº 12.318/2010 só terão o condão de eliminar ou coibir os atos de alienação parental, quando, para além da decisão judicial prolatada, os próprios genitores sejam capazes de solucionar as questões afetivas envolvidas e, a partir disso, a criança e o adolescente poderão receber de ambos os seus pais/responsáveis o afeto necessário ao seu pleno desenvolvimento, considerando-se a tridimensionalidade física, emocional e espiritual.No abstract.Submitted by Gabriela Lacerda (gabi.limeira1@gmail.com) on 2023-03-23T17:56:28Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) PGFO211222.pdf: 388482 bytes, checksum: dae1252c10d1b9262852e53b4d7df48f (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-23T17:56:28Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) PGFO211222.pdf: 388482 bytes, checksum: dae1252c10d1b9262852e53b4d7df48f (MD5) Previous issue date: 2022-12-14porUniversidade Federal da ParaíbaUFPBBrasilCiências JurídicasAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITOFamíliaDissolução conjugalAlienação parentalLei Nº 12.318/2010 (Lei da alienação parental)Decisões judiciaisDigressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisQueiroz, Julian Nogueira deOliveira, Paula Germana Farias dereponame:Repositório Institucional da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPBTEXTPGFO211222.pdf.txtPGFO211222.pdf.txtExtracted texttext/plain126025https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26542/4/PGFO211222.pdf.txtb2231c9a90c176afc7871558e7b05e7fMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82390https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26542/3/license.txte20ac18e101915e6935b82a641b985c0MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26542/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52ORIGINALPGFO211222.pdfPGFO211222.pdfapplication/pdf388482https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26542/1/PGFO211222.pdfdae1252c10d1b9262852e53b4d7df48fMD51123456789/265422023-03-24 03:04:34.842QVVUT1JJWkHDh8ODTyBFIExJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBdXRvcml6byBlIGVzdG91IGRlIGFjb3JkbywgbmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBhdXRvLWRlcG9zaXRhZGEsIGNvbmZvcm1lIExlaSBuwrogOTYxMC85OCwgb3Mgc2VndWludGVzIHRlcm1vczoKIApEYSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBuw6NvLWV4Y2x1c2l2YSAKTyBhdXRvciBkZWNsYXJhIHF1ZTogCmEpIE8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0ZSB0ZXJtby4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuIApiKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0ZSB0ZXJtbywgZSBxdWUgZXNzZSBtYXRlcmlhbCBjdWpvcyBkaXJlaXRvcyBzw6NvIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IGNvbnRlw7pkbyBkbyB0cmFiYWxobyBlbnRyZWd1ZS4gCmMpIFNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIGJhc2VhZG8gZW0gdHJhYmFsaG8gZmluYW5jaWFkbyBvdSBhcG9pYWRvIHBvciBvdXRyYSBpbnN0aXR1acOnw6NvIHF1ZSBuw6NvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGEgUGFyYcOtYmEgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCmQpIENvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBvIGRpcmVpdG8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgdHJhZHV6aXIsIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3VtbykgcG9yIHRvZG8gbyBtdW5kbyBubyBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8gb3MgZm9ybWF0b3Mgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KZSkgVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZQQiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgcXVhbHF1ZXIgbWVpbyBvdSBmb3JtYXRvIHBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgpmKSBWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKRG9zIEVtYmFyZ29zIGUgUmVzdHJpw6fDtWVzIGRlIEFjZXNzbwpPIGVtYmFyZ28gcG9kZXLDoSBzZXIgbWFudGlkbyBwb3IgYXTDqSAxICh1bSkgYW5vLCBwb2RlbmRvIHNlciBwcm9ycm9nYWRvIHBvciBpZ3VhbCBwZXLDrW9kbywgY29tIGEgbmVjZXNzaWRhZGUgZGUgYW5leGFyIGRvY3VtZW50b3MgY29tcHJvYmF0w7NyaW9zLiBPIHJlc3VtbyBlIG9zIG1ldGFkYWRvcyBkZXNjcml0aXZvcyBzZXLDo28gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRlBCLgpPIGRlcMOzc2l0byBkbyB0cmFiYWxobyDDqSBvYnJpZ2F0w7NyaW8sIGluZGVwZW5kZW50ZSBkbyBlbWJhcmdvLgpRdWFuZG8gZW1iYXJnYWRvLCBvIHRyYWJhbGhvIHBlcm1hbmVjZXLDoSBpbmRpc3BvbsOtdmVsIGVucXVhbnRvIHZpZ29yYXIgYXMgcmVzdHJpw6fDtWVzLiBQYXNzYWRvIG8gcGVyw61vZG8gZG8gZW1iYXJnbywgbyB0cmFiYWxobyBzZXLDoSBhdXRvbWF0aWNhbWVudGUgZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEIuIAo=Repositório InstitucionalPUB |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes |
title |
Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes |
spellingShingle |
Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes Oliveira, Paula Germana Farias de CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO Família Dissolução conjugal Alienação parental Lei Nº 12.318/2010 (Lei da alienação parental) Decisões judiciais |
title_short |
Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes |
title_full |
Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes |
title_fullStr |
Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes |
title_full_unstemmed |
Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes |
title_sort |
Digressões sociojurídicas acerca da alienação parental no ordenamento jurídico pátrio e a atuação judicial voltada a coibir as condutas alienantes |
author |
Oliveira, Paula Germana Farias de |
author_facet |
Oliveira, Paula Germana Farias de |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Queiroz, Julian Nogueira de |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Paula Germana Farias de |
contributor_str_mv |
Queiroz, Julian Nogueira de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO |
topic |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO Família Dissolução conjugal Alienação parental Lei Nº 12.318/2010 (Lei da alienação parental) Decisões judiciais |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Família Dissolução conjugal Alienação parental Lei Nº 12.318/2010 (Lei da alienação parental) Decisões judiciais |
description |
A Alienação parental acomete, precipuamente, crianças e adolescentes envolvidos em situações de disputa de guarda entre os genitores, os quais, em decorrência de sentimentos mal resolvidos da dissolução conjugal ou motivados por vingança e/ou sentimentos que igualmente não são construtivos, passam a interferir negativamente na formação psicológica do filho. O objetivo da conduta parental é prejudicar o vínculo da criança ou do adolescente com o genitor, ferindo, portanto, o direito fundamental infantojuvenil à Dignidade da Pessoa Humana, ao Melhor Interesse da Criança e à convivência familiar saudável, sendo, ainda, um descumprimento dos deveres relacionados ao poder familiar dos pais. A partir disso, o arcabouço normativo pátrio impõe a intervenção do Estado para respaldar tais conflitos familiares, já que o legislador brasileiro dotou o Poder Judiciário de prerrogativas para coibir as condutas alienantes e preservar a integridade psicológica do filho. O objetivo principal do presente trabalho consiste em analisar o alcance do Estado brasileiro, por meio do Poder Judiciário, na proteção integral, à criança e ao adolescente, contra a deletéria prática da alienação parental. Para tanto, utilizou-se como método principal de abordagem o hipotético-dedutivo, partindo-se da premissa geral do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana para analisar as peculiaridades de sua aplicação às relações familiares, que, quando submetidas a um processo de ruptura, podem acarretar o surgimento de práticas de alienação parental. De forma auxiliar, foi utilizado o método histórico com o fim de estudar as diversas transformações ocorridas no conceito de família, o que trouxe um impacto direto não só no âmbito das relações familiares, como também na ampliação do reconhecimento de condutas alienantes. Após as pesquisas e estudos realizados, constatou-se que, diante da ruptura do núcleo familiar, o Estado brasileiro, por meio do Poder Judiciário, tem buscado atuar de modo efetivo na proteção integral à criança e ao adolescente contra as práticas de alienação parental. Entretanto, em concordância com a hipótese apresentada no presente trabalho, traz-se à baila que a eficácia plena das medidas encartadas na Lei Nº 12.318/2010 só terão o condão de eliminar ou coibir os atos de alienação parental, quando, para além da decisão judicial prolatada, os próprios genitores sejam capazes de solucionar as questões afetivas envolvidas e, a partir disso, a criança e o adolescente poderão receber de ambos os seus pais/responsáveis o afeto necessário ao seu pleno desenvolvimento, considerando-se a tridimensionalidade física, emocional e espiritual. |
publishDate |
2022 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-12-21 2023-03-23T17:56:28Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-12-14 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-03-23T17:56:28Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26542 |
url |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26542 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Paraíba |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPB |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Ciências Jurídicas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal da Paraíba |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPB instname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB) instacron:UFPB |
instname_str |
Universidade Federal da Paraíba (UFPB) |
instacron_str |
UFPB |
institution |
UFPB |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPB |
collection |
Repositório Institucional da UFPB |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26542/4/PGFO211222.pdf.txt https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26542/3/license.txt https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26542/2/license_rdf https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/26542/1/PGFO211222.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
b2231c9a90c176afc7871558e7b05e7f e20ac18e101915e6935b82a641b985c0 c4c98de35c20c53220c07884f4def27c dae1252c10d1b9262852e53b4d7df48f |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
|
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1777562286834057216 |