Termorregulação de ovinos morada nova

• Autor(a) principal: Fonsêca, Vinícius de França Carvalho
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26161
• topic: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::ZOOTECNIA::ECOLOGIA DOS ANIMAIS DOMESTICOS E ETOLOGIA; Adaptação; Clima semiárido; Modelos matemáticos

Objetivou-se, com este estudo, avaliar a termorregulação de ovelhas da raça Morada Nova utilizando um sistema de calorimetria indireta. Com o propósito de desenvolver uma metodologia para habituação e condicionamento dos animais para os testes com o sistema de calorimetria indireta, dezesseis ovelhas Morada Nova com peso de 32,6 ± 1,8 kg e 2,8 ± 0,9 anos de idade foram selecionadas em um rebanho com 60. A duração do período de treinamento foi de 83 dias, sendo dividido em três etapas. A partir da segunda, medidas fisiológicas e comportamentais foram utilizadas como indicadores da resposta aversiva aos procedimentos. Quando o tempo de permanência dos animais com a máscara facial no tronco de contenção aumentou de 10 para 50 minutos, a frequência respiratória não foi alterada. A probabilidade das ovelhas apresentarem resistência no momento da subida no tronco diminuiu conforme o aumento no tempo de permanência, chegando a ser praticamente nula no final da 3ª etapa. Ao término dessa fase, doze animais com peso de 32,76 ± 3,72 kg foram distribuídas em dois quadrados latino 12 x 12 (24 dias de registros e 24 horários). As ovelhas foram avaliadas das 07:00 às 18:00 h (QL1) e das 19:00 às 06:00 horas (QL2), mantidas na sombra e abrigadas durante a noite. A taxa de ventilação pulmonar (VE), frequência respiratória (F), temperatura (TE), pressão de vapor (e[TE]), percentual de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) do ar expirado foram quantificados por meio de um sistema de calorimetria indireta com uso de máscara facial. O balanço de calor dos animais foi quantificado de acordo com os princípios da lei de conservação de energia. No intervalo de 00:00 às 06:00 h, o fluxo de calor sensível chegou a ser duas vezes maior que o produzido pelo metabolismo. Numa faixa de temperatura maior que 30 e menor que 32 °C, o calor latente (q"er) começou a ganhar importância na manutenção do equilíbrio térmico. Um modelo não linear simples para estimar o volume corrente (VRC) como função da frequência respiratória (F) foi desenvolvido. Uma equação para calcular a temperatura do ar expirado (TE) foi construída e a temperatura do ar foi o melhor estimador, juntamente com a umidade relativa e pressão de vapor da atmosfera. As funções apresentadas neste estudo permitem estimar o fluxo de calor sensível e latente pelo trato respiratório de ovinos Morada Nova em condições de campo, utilizando parâmetros fisiológicos e ambientais simples como a frequência respiratória, temperatura do ar e umidade relativa. Na faixa de 22 a 31 °C, o balanço de calor de ovelhas Morada Nova protegidas da radiação solar, vento e chuva é mantido numa condição de mínimo esforço termorregulatório.