Percepção dos cuidadores quanto ao impacto da pandemia em crianças com microcefalia assistidas pela equoterapia

• Autor(a) principal: Cavalcanti, Amanda Perez
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26520
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL; Equoterapia; Microcefalia; Pandemia

Crianças acometidas por microcefalia apresentam a circunferência da cabeça menor que o considerado normal e considerável atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, sendo necessário o acompanhamento precoce com equipe multiprofissional especializada a partir da suspeita do atraso no desenvolvimento motor. Além da assistência da fisioterapia em solo, a associação de outras modalidades coadjuvantes, como a equoterapia, proporciona estímulos sensório motores importantes para a melhora da qualidade de vida da criança. Devido a Pandemia de COVID-19, que impôs aqui no Brasil, no ano de 2020, a necessidade de distanciamento social, a assistência por meio da equoterapia foi interrompida no período de março a julho de 2020. O objetivo do estudo foi analisar como os cuidadores (mães, pais e/ou responsáveis) avaliaram o impacto da pandemia na qualidade de vida dessas crianças e na prática da equoterapia. Trata-se de um estudo descritivo de natureza qualitativa e quantitativa, envolvendo pais /responsáveis legais de crianças com microcefalia que são assistidas pela equipe multiprofissional da ASPEQ/PB. Os dados foram coletados através de um questionário online, aplicados aos pais/responsáveis de crianças praticantes da equoterapia na ASPEQ/PB. Dentre os critérios de inclusão, os responsáveis devem ter mais de 18 anos, serem os principais envolvidos nos cuidados com a criança, e a criança deve ter realizado pelo menos um mês de atendimentos na ASPEQ/PB. A organização dos dados se deu por distribuição das respostas objetivas e subjetivas distribuídas por quadros, gráficos e imagens. Os resultados encontrados incluem o alto comprometimento motor das crianças avaliadas, os efeitos da prática da equoterapia, como controle da cervical, do tronco e melhora da postura. As respostas indicaram que a maioria dos pais considera que a pandemia afetou a evolução da criança. Foi possível verificar que a gravidade do comprometimento motor apresentado pelas crianças demanda realização de terapias de reabilitação e que a, apesar da pandemia, essa população deve receber a assistência em saúde sua qualidade de vida. A equoterapia se mostrou eficaz na melhora de aspectos motores, no ganho de funcionalidade, e em aspectos cognitivos e psicológicos. Concluiu-se que, na percepção dos cuidadores, a evolução das crianças pode ser 8 afetada pelas limitações do período em pandemia e que mais estudos devem ser realizados sobre o tema