Influência da estimulação oromiofuncional precoce em bebês com Síndrome de Down

• Autor(a) principal: Silva, Luiza Joyce Marques da
• Data de Publicação: 2017
• Outros Autores: Vasconcelos, Manuela Leitão de (Orientadora)
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/28361
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FONOAUDIOLOGIA; Síndrome de Down; Intervenção Precoce; Estimulação Oromiofuncional

ntrodução: A síndrome de Down (SD) é uma alteração genética não progressiva, na qual o indivíduo apresenta alterações no seu sistema estomatognático (SE). Este é um complexo conjunto de estruturas interdependentes, onde a forma e a função estão relacionadas. É responsável pelas funções de sucção, mastigação, deglutição, fonoarticulação e respiração. Assim sua integridade funcional e anatômica é fundamental para o correto crescimento e desenvolvimento das estruturas intra e extraorais. A estimulação precoce tem como objetivo evitar e/ou amenizar distúrbios do desenvolvimento, constituindo-se de um conjunto de procedimentos, técnicas e programas elaborados com objetivo de facilitar o desenvolvimento de habilidades pelas crianças. Objetivo: Demonstrar aspectos funcionais do sistema estomatognático após estimulação oromiofuncional em bebês com síndrome de Down. Material e Métodos: Trata-se de uma pesquisa descritiva qualitativa, realizada em uma clínica escola de Fonoaudiologia de uma instituição de ensino superior no Nordeste do Brasil. Participam desta pesquisa 11 bebês com Síndrome de Down, que são acompanhados na referida clínica. Os dados foram coletados nos prontuários dos bebês. Para tanto, foram realizadas as seguintes etapas: identificar o perfil dos bebês com Síndrome de Down, quanto à tonicidade e postura dos órgãos fonoarticulatórios antes e após estimulação e demonstrar as modificações dos órgãos fonoarticulatórios quanto a estes aspectos após período de intervenção. Resultados: No que diz respeito a condição postural dos lábios 04 apresentaram melhora, 06 apresentaram o mesmo padrão e 01 apresentou piora. Em relação a condição postural de mandíbula 04 obtiveram melhora, 06 mantiveram a mesma condição e 01 piorou. Referente ao aspecto das bochechas, observou-se que 04 apresentaram melhora e 07 mantiveram a mesma condição. Sobre a caracterização da simetria facial 07 apresentaram o mesmo estado e 01 obteve melhora. Quanto a posição de língua, 02 apresentaram piora, 04 uma leve melhora e 05 mantiveram o mesmo padrão. A respeito ao palato duro, todos os bebês mantiveram o padrão. Conclusão: Esta pesquisa mostra a importância da estimulação fonoaudiológica precoce para indivíduos portadores da SD. As alterações apresentadas por estas crianças vão desde a hipotonia muscular, palato estreito e profundo, assimetria facial e respiração oral. A terapia fonoaudiológica adequada pode trazer resultados positivos na evolução desses indivíduos.