CRÍTICA DO ARGUMENTO DA PRIVACIDADE À LUZ DA QUESTÃO DO COMBATE À HOMOFOBIA NAS ESCOLAS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amaral Júnior, Ilmar Pereira do
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Gênero & Direito
Texto Completo: https://periodicos.ufpb.br/index.php/ged/article/view/24958
Resumo: Neste artigo, debatemos a questão do combate à homofobia nas escolas, levantada pela polêmica em torno do Projeto Escola Sem Homofobia, sob o ponto de vista de teorias da justiça e da democracia com enfoque nas contribuições feministas. Sugerimos que a dicotomia liberal entre esfera pública e esfera privada esconde a opressão sobre mulheres e crianças na esfera de privacidade da família. Tal opressão precisa ser tematizada na esfera pública, ao passo que o argumento da privacidade das famílias para a formação de identidades é insustentável. As escolas, espaços estratégicos de construção de identidades, de reprodução e problematização de discursos opressores, devem ser encaradas como esferas públicas potencialmente emancipatórias, que forneçam às crianças condições para perseguir sua própria autoestima, escolher seus valores e engajar-se num processo autônomo de autodesenvolvimento identitário, protegidas das violências que usualmente constrangem – com lastimáveis consequências – os indivíduos a assumir compulsoriamente a identidade heteronormativa.
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