“Doença que não tem cura, é para o resto da vida”: etnografando a experiência de mulheres mães de crianças com doença falciforme no estado da Paraíba

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Uliana Gomes da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB
Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/21404
Resumo: This dissertation aims at presenting the ethnographic research developed in the Master Degree in Anthropology. The goal of this study is to understand the experience of disease and care among mothers of children with Sickle Cell Anemia (SCA) who access the Newborn Screening Service in the Ambulatório do Complexo Pediátrico Arlinda Marques (Ambulatory of the Arlinda Marques Pediatric Complex) in the city of João Pessoa, State of Paraíba, Brazil. Some reflections are brought on how mothers face the illness of their children, focusing on the attitudes held by each of them as “mother of a child with SCA.” One needs to understand how they develop caregiving attitudes toward their children, and reflect about how these mothers give meanings both to the experience of the children‟s disease and the care for them. Zago (2004) points out that in Brazil, according to the World Health Organization (WHO), SCA is the most common genetic disease, still poorly understood, that affects more acutely the Afro-descendant and dark-skinned (parda) populations – the poorest part of the society. Regarding to the literature on the mentioned disease, Silva (2013), Ramalho (2007), Neves (2014; 2015), Diniz (2005; 2006), and Zago (2001, 2004) have shown that people affected by SCA or with Sickle Cell Trait (SCT) are engaged in a daily struggle to get treatment, medication, assistance and respect. One of the most important contributions of this work is to bring out a little information on what these women are facing, because there is no exposure of how they are dealing with that disease, or how they walk a long journey in search of knowledge about the topic. The record of everything that leads to transformations in these women‟s way of life has been brought here, because the discovery of the disease shocks them. This reality has been perceived during the fieldwork, and it gives information about the impacts of SCA on the lives of these women who discover themselves as mothers of children with hemoglobinopathy. Thus, the information obtained may contribute to the developmen public policies to improve the care provided to the SCA patients and their relatives.
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Some reflections are brought on how mothers face the illness of their children, focusing on the attitudes held by each of them as “mother of a child with SCA.” One needs to understand how they develop caregiving attitudes toward their children, and reflect about how these mothers give meanings both to the experience of the children‟s disease and the care for them. Zago (2004) points out that in Brazil, according to the World Health Organization (WHO), SCA is the most common genetic disease, still poorly understood, that affects more acutely the Afro-descendant and dark-skinned (parda) populations – the poorest part of the society. Regarding to the literature on the mentioned disease, Silva (2013), Ramalho (2007), Neves (2014; 2015), Diniz (2005; 2006), and Zago (2001, 2004) have shown that people affected by SCA or with Sickle Cell Trait (SCT) are engaged in a daily struggle to get treatment, medication, assistance and respect. One of the most important contributions of this work is to bring out a little information on what these women are facing, because there is no exposure of how they are dealing with that disease, or how they walk a long journey in search of knowledge about the topic. The record of everything that leads to transformations in these women‟s way of life has been brought here, because the discovery of the disease shocks them. This reality has been perceived during the fieldwork, and it gives information about the impacts of SCA on the lives of these women who discover themselves as mothers of children with hemoglobinopathy. Thus, the information obtained may contribute to the developmen public policies to improve the care provided to the SCA patients and their relatives.NenhumaEsta dissertação tem por objetivo apresentar a pesquisa etnográfica desenvolvida no Mestrado em Antropologia. A partir dela, busca-se compreender a experiência do adoecimento e do cuidado junto às mulheres mães de crianças portadoras de Anemia Falciforme (AF) que acessam o Serviço de Triagem Neonatal (STN) no Ambulatório do Complexo Pediátrico Arlinda Marques (CPAM) na cidade de João Pessoa, Paraíba. São trazidas algumas reflexões acerca de como as mães se situam perante a doença dos filhos, enfocando as posturas desempenhadas por cada uma delas enquanto “mãe de uma criança com Anemia Falciforme”. Compreender o modo como desenvolvem atitudes de cuidado para com seus filhos se faz necessário, refletindo nesse movimento de como essas mães atribuem significados à experiência do adoecimento dos filhos e do cuidado para com os mesmos. Zago (2004) aponta que no Brasil, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Anemia Falciforme é a doença genética mais comum, ainda pouco conhecida e afeta mais agudamente as populações negra e parda – sabendo-se ainda que essas populações fazem parte do grupo dos mais pobres. Quanto à literatura sobre a doença, Silva (2013), Ramalho (2007), Neves (2014; 2015), Diniz (2005; 2006), Zago (2001; 2004) têm mostrado que as pessoas acometidas pela Anemia Falciforme ou com o Traço Falciforme enveredam numa luta diária para conseguir tratamento, medicamentos, assistências e respeito. Uma das mais importantes contribuições deste trabalho é trazer à tona um pouco do que essas mulheres estão enfrentando, pois não se divulga como estão lidando com o adoecimento, ou como trilham um percurso de busca sobre conhecimento acerca da doença. São trazidos registros de aspectos que levam a transformações no modo de vida dessas mulheres, para quem a descoberta da doença é impactante. Essa realidade foi percebida durante o trabalho de campo, e aqui são trazidas informações sobre os impactos da AF na vida dessas mulheres que se descobrem mães de filhos com hemoglobinopatia. Assim, as informações obtidas podem vir a contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que visem a melhoria dos atendimentos voltados aos portadores de AF e a seus familiares.Universidade Federal da ParaíbaBrasilEducaçãoPrograma de Pós-Graduação em AntropologiaUFPBNeves, Ednalva Macielhttp://lattes.cnpq.br/7766410071856075Silva, Uliana Gomes da2021-11-11T21:40:03Z2021-06-292021-11-11T21:40:03Z2018-08-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/21404porAttribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPB2022-08-09T17:04:16Zoai:repositorio.ufpb.br:123456789/21404Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://repositorio.ufpb.br/PUBhttp://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/oai/requestdiretoria@ufpb.br|| diretoria@ufpb.bropendoar:2022-08-09T17:04:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)false
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