Você é muito nova pra brincar de morrer... Uma etnografia com jovens e adolescentes que praticam a automutilação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26803 |
Resumo: | This dissertation discusses the phenomenon known as self-mutilation. It is a practice usually linked to young people, mostly teenagers, and female, who have as one of their characteristics the fact that people hide their signs. Silenced in faceto- face everyday, self-mutilation, however, is visible and present in social networks, especially in WhatsApp. The research presented here followed this phenomenon, from the insertion of its researcher in several groups of WhatsApp and, to a lesser extent, of Facebook. Self-mutilation has an anti-structure, anomie aspect. The conduct of being cut is even represented in music as an "emergency exit". A selfmutilator can spend weeks without cutting himself and for some reason injure himself in a higher sequence than he or she may be coerced to stop cutting himself, can do therapy, substitute self-mutilation for some other conduct, among other attitudes. Trying to make a static picture about self-mutilation does not seem advisable, since one who cuts himself is often flirting with instability, flight, despair, appeal to pleasure, etc. What can you expect from a WhatsApp group for people who practice self-mutilation? There are a group of people who are fleeing from a host of other socialities that do not behave. I have said that the people with whom I live are fleeing from various socialities, even though they refer to and see "society" as a villain. In WhatsApp groups for people who cut themselves I see a place of refuge, where what guarantees acceptance is the condition of equality against selfmutilation. In these spaces people present themselves and represent themselves differently than when they are outside the group. In these groups, self-infiltrators are inventing their sociality through their agency, an agency that they call diffuse or negative by the very fact that, in their representations, self-perpetrators often associate their practice with suicide, suffering, and other afflictions. |
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Você é muito nova pra brincar de morrer... Uma etnografia com jovens e adolescentes que praticam a automutilaçãoAntropologia - Jovens.AutomutilaçãoSocialidadeRedes sociais - WhatsAppAdolescênciaSelf-mutilationSocialitiesSocial networksAdolescenceCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::ANTROPOLOGIAThis dissertation discusses the phenomenon known as self-mutilation. It is a practice usually linked to young people, mostly teenagers, and female, who have as one of their characteristics the fact that people hide their signs. Silenced in faceto- face everyday, self-mutilation, however, is visible and present in social networks, especially in WhatsApp. The research presented here followed this phenomenon, from the insertion of its researcher in several groups of WhatsApp and, to a lesser extent, of Facebook. Self-mutilation has an anti-structure, anomie aspect. The conduct of being cut is even represented in music as an "emergency exit". A selfmutilator can spend weeks without cutting himself and for some reason injure himself in a higher sequence than he or she may be coerced to stop cutting himself, can do therapy, substitute self-mutilation for some other conduct, among other attitudes. Trying to make a static picture about self-mutilation does not seem advisable, since one who cuts himself is often flirting with instability, flight, despair, appeal to pleasure, etc. What can you expect from a WhatsApp group for people who practice self-mutilation? There are a group of people who are fleeing from a host of other socialities that do not behave. I have said that the people with whom I live are fleeing from various socialities, even though they refer to and see "society" as a villain. In WhatsApp groups for people who cut themselves I see a place of refuge, where what guarantees acceptance is the condition of equality against selfmutilation. In these spaces people present themselves and represent themselves differently than when they are outside the group. In these groups, self-infiltrators are inventing their sociality through their agency, an agency that they call diffuse or negative by the very fact that, in their representations, self-perpetrators often associate their practice with suicide, suffering, and other afflictions.NenhumaEsta dissertação discorre sobre o fenômeno conhecido como automutilação. Tratase de uma prática usualmente ligada a pessoas jovens, majoritariamente adolescentes, e do sexo feminino, que têm como uma de suas características o fato de as pessoas ocultarem seus sinais. Silenciada no cotidiano presencial, a automutilação, entretanto, é visível e presente nas redes sociais, especialmente no Whatsapp. A pesquisa aqui apresentada acompanhou este fenômeno, a partir da inserção do seu pesquisador em diversos grupos de Whatsapp e, em menor medida, do Facebook. A automutilação tem um aspecto de anti-estrutura, de anomia. A conduta de se cortar é representada até em música como uma “saída de emergência”. Um automutilador pode passar semanas sem se cortar e, por algum motivo voltar a se ferir numa sequência superior à anterior ou ainda pode ser coagido a deixar de se cortar, pode fazer terapia, substituir a automutilação por alguma outra conduta, entre outras atitudes. Tentar fazer um quadro estático sobre automutilação não parece uma atitude aconselhável, visto que quem se corta está frequentemente flertando com a instabilidade, fuga, desespero, apelo ao prazer, etc. O que se pode esperar de um grupo de Whatsapp para pessoas que praticam automutilação? Há um grupo de pessoas que estão fugindo de uma série de socialidades outras que não as comportam. Afirmei que as pessoas com as quais convivi estão fugindo de várias socialidades, muito embora eles se refiram e vejam “a sociedade” como uma vilã. Nos grupos de Whatsapp para pessoas que se cortam eu vejo um espaço de refúgio, onde o que garante a aceitação é a condição de igualdade frente a automutilação. Nesses espaços as pessoas se apresentam e se representam de uma forma diferente daquela quando estão fora do grupo. Nesses grupos os automutiladores estão inventando sua socialidade por meio de sua agência, uma agência que ensaio chamar de difusa ou negativa pelo próprio fato de, nas suas representações, os automutiladores geralmente associarem sua prática ao suicídio, ao sofrimento, entre outras aflições.Universidade Federal da ParaíbaBrasilEducaçãoPrograma de Pós-Graduação em AntropologiaUFPBGutierrez, Monica Lourdes Franchhttp://lattes.cnpq.br/3848871240061464Silva, Everton de Lima2023-04-26T17:49:39Z2021-07-062023-04-26T17:49:39Z2017-08-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26803porhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPBinstname:Universidade Federal da Paraíba (UFPB)instacron:UFPB2023-05-22T11:47:51Zoai:repositorio.ufpb.br:123456789/26803Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://repositorio.ufpb.br/PUBhttp://tede.biblioteca.ufpb.br:8080/oai/requestdiretoria@ufpb.br|| diretoria@ufpb.bropendoar:2023-05-22T11:47:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)false |
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