ARQUEOLOGIA E IDENTIDADES: A TORRE DE MARFIM NA ENCRUZILHADA
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Cadernos do LEPAARQ |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/lepaarq/article/view/1041 |
Resumo: | RESUMO: A arqueologia cresceu, desde o século XIX, no equívoco epistemológico de se assumir ora como corpo de técnicas, ora como forma especifica de fazer história, mas sempre como um corpo cuja dignidade disciplinar se foi, com algumas excepções, procurando na construção de “segredos da profissão”. No início do século XXI, essa torre de marfim, há muito feita ruína, vai ganhando consciência de que não tem futuro, ou de que o seu futuro exige uma abertura social, o assumir do seu carácter supra-disciplinar, e o contributo que, nessa dimensão, diferentes sectores da sociedade devem dar para a construção do saber arqueológico. Em face deuma lógica de “resistência” (o patrimonialista é o que resiste á vaga de destruição da memória), propõe-se uma abordagem holística e “agressiva”, que assume o arqueólogo como técnico ao serviço da sociedade. Mas, como tudo na vida, há um preço a pagar, e sobre ele se tentará conversar um pouco. ABSTRACT: Archaeology grew, throughout the XIXth century, divided between considering itself as a corpus of techniques or as a specific way of making history, but always as a common "body" with a shared disciplinary dignity based, with few exception, in the building of "professional secrets". In the dawn of the XXIst century this ivory tower, long turned into a ruin, is becoming aware of its lack of future, or that its future requires social openness, assuming a character beyond disciplines, and that, in such dimension, different social sectors need to provide specific contributions to the construction of the archaeological knowledge. Facing a "resistance" logics (the heritage professional is the one who resistsagainst memory loss), one suggests an holistic and "aggressive" approach, assuming the archaeologist as a technician serving society. But, as always in life, there's a price to pay, one we will try to argue about. |
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ARQUEOLOGIA E IDENTIDADES: A TORRE DE MARFIM NA ENCRUZILHADAArqueologiaPatrimônioTurismoQualidadeRESUMO: A arqueologia cresceu, desde o século XIX, no equívoco epistemológico de se assumir ora como corpo de técnicas, ora como forma especifica de fazer história, mas sempre como um corpo cuja dignidade disciplinar se foi, com algumas excepções, procurando na construção de “segredos da profissão”. No início do século XXI, essa torre de marfim, há muito feita ruína, vai ganhando consciência de que não tem futuro, ou de que o seu futuro exige uma abertura social, o assumir do seu carácter supra-disciplinar, e o contributo que, nessa dimensão, diferentes sectores da sociedade devem dar para a construção do saber arqueológico. Em face deuma lógica de “resistência” (o patrimonialista é o que resiste á vaga de destruição da memória), propõe-se uma abordagem holística e “agressiva”, que assume o arqueólogo como técnico ao serviço da sociedade. Mas, como tudo na vida, há um preço a pagar, e sobre ele se tentará conversar um pouco. ABSTRACT: Archaeology grew, throughout the XIXth century, divided between considering itself as a corpus of techniques or as a specific way of making history, but always as a common "body" with a shared disciplinary dignity based, with few exception, in the building of "professional secrets". In the dawn of the XXIst century this ivory tower, long turned into a ruin, is becoming aware of its lack of future, or that its future requires social openness, assuming a character beyond disciplines, and that, in such dimension, different social sectors need to provide specific contributions to the construction of the archaeological knowledge. Facing a "resistance" logics (the heritage professional is the one who resistsagainst memory loss), one suggests an holistic and "aggressive" approach, assuming the archaeologist as a technician serving society. But, as always in life, there's a price to pay, one we will try to argue about.Universidade Federal de Pelotas2012-09-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/lepaarq/article/view/104110.15210/lepaarq.v2i3.1041Cadernos do LEPAARQ (UFPEL); V. 2, N. 3 (2005): JAN-JUN; 36-455391545420; V. 2, N. 3 (2005): JAN-JUN; 36-452316-84121806-911810.15210/lepaarq.v2i3reponame:Cadernos do LEPAARQinstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELporhttps://periodicos.ufpel.edu.br/index.php/lepaarq/article/view/1041/944Oosterbeek, Luizinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-30T17:29:46Zoai:ojs.ufpel:article/1041Revistahttps://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/indexPUBhttp://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/lepaarq/oaimilheirarafael@gmail.com||brunoleo.ribeiro@gmail.com||milheirarafael@gmail.com|| brunoleo.ribeiro@gmail.com2316-84121806-9118opendoar:2020-07-30T17:29:46Cadernos do LEPAARQ - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
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