A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MOURA, Renata Paula dos Santos
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41554
Resumo: A pesquisa aqui apresentada tem como objeto as ocupações secundaristas e suas repercussões na vida escolar e biografia dos/as jovens estudantes. Nosso interesse consistiu em dar visibilidade às ocupações, com o objetivo de compreender o movimento de ocupação da escola pública e suas repercussões no contexto escolar e na vida dos/as estudantes. Para tanto, tomamos como referência o pensamento de Maria da Glória Gohn no que se refere à discussão dos novíssimos movimentos sociais em diálogo com outros autores para desbravar a discussão deste campo e enfatizar as manifestações das ocupações como modo de produção de conhecimentos. Defendemos que o campo-tema juventudes (DAYRELL, 2002) é demarcado por uma vasta discussão que temos o interesse de aprofundar. Corroboramos que “ser jovem” é desafiador, sobretudo, neste contexto desigual, visto que, a depender de que jovem estamos tratando, essas desigualdades serão mais escancaradas e os colocarão em lugares de subalternidade ou fronteiras discursivas que limitam essa a uma categoria etária, biológica, social, legal etc. Buscamos problematizar as distintas percepções de juventudes presentes em momentos históricos significativos e identificamos os diferentes modos de tratamento dessas juventudes em algumas políticas públicas. Analisamos os discursos trazidos em entrevistas junto aos/as Ocupas que participaram desta pesquisa de abordagem qualitativa e inspirada no campo das pesquisas participativas com jovens (PARKER, 2000; PAIVA, 2000). Participaram do nosso estudo cinco jovens moradores de diferentes comunidades da Região Metropolitana de Recife, que foram ativos/as durante as ocupações secundaristas em diferentes escolas públicas da rede estadual enquanto cursavam o ensino médio. O estudo identificou as distintas experiências vivenciadas por estes/as ao longo do ensino médio e as repercussões da ocupação na vida destes/as. Os/as jovens puderam rememorar, refletir e problematizar sobre os temas abordados, tais quais: juventudes, movimentos sociais, a ocupação secundarista, a escola pública e o seu papel na vida destes/as jovens, participação política (no sentido amplo do tema), resistência, práticas educativas e democracia. Estes foram os principais temas enfatizados em nossa pesquisa, porém acessamos outras vias do discurso a partir dos (des)encontros com os/as Ocupas. Através da escuta atenta, os dados permitiram encontrar experiências que estes/as passaram a enxergar após as ocupações e a construção ou reafirmação de identidades como jovem, negro/a, gay, feminista etc. A vida escolar não seria mais a mesma após o encontro com os pares e as manifestações em prol de uma educação libertadora que rompesse com a centralização de poder exercida pela gestão educacional e escolar na maioria das escolas da rede. Foram marcantes as experiências de educação não formal em todas as instituições ocupadas, assim como não podemos deixar de frisar a truculência e a violência presente nas ocupações e a diversidade de ações promovidas a partir de grupos contrários ao movimento na tentativa de deslegitimar a mobilização estudantil. Dentre as conclusões a que chegamos, os/as Ocupas romperam com o modelo de estudantes esperado pelo sistema educacional e que difere da forma hegemônica de “ser jovem”. Eles/as se rebelaram de modo que passaram a gerir as escolas da maneira que decidiam em discussões e com a formação de redes de colaboração e cooperação. Identificava-se aos poucos a construção de elos, um território comandado pelos/as secundaristas que impulsionou um movimento único e histórico para cada estudante e cada escola, denotando que as juventudes geraram novas e criativas formas de produzir conhecimentos por meio da educação não formal na escola.
id UFPE_0271dcb301d9ce7bf4412df12751d22e
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/41554
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling MOURA, Renata Paula dos Santoshttp://lattes.cnpq.br/3530431746529277http://lattes.cnpq.br/9284144427264959http://lattes.cnpq.br/5042948325884329BOTLER, Alice Miriam HappMENEZES, Jaileila de Araújo2021-11-09T12:22:10Z2021-11-09T12:22:10Z2020-11-10MOURA, Renata Paula dos Santos. A quem a escola pertence?: reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos. 2020. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41554A pesquisa aqui apresentada tem como objeto as ocupações secundaristas e suas repercussões na vida escolar e biografia dos/as jovens estudantes. Nosso interesse consistiu em dar visibilidade às ocupações, com o objetivo de compreender o movimento de ocupação da escola pública e suas repercussões no contexto escolar e na vida dos/as estudantes. Para tanto, tomamos como referência o pensamento de Maria da Glória Gohn no que se refere à discussão dos novíssimos movimentos sociais em diálogo com outros autores para desbravar a discussão deste campo e enfatizar as manifestações das ocupações como modo de produção de conhecimentos. Defendemos que o campo-tema juventudes (DAYRELL, 2002) é demarcado por uma vasta discussão que temos o interesse de aprofundar. Corroboramos que “ser jovem” é desafiador, sobretudo, neste contexto desigual, visto que, a depender de que jovem estamos tratando, essas desigualdades serão mais escancaradas e os colocarão em lugares de subalternidade ou fronteiras discursivas que limitam essa a uma categoria etária, biológica, social, legal etc. Buscamos problematizar as distintas percepções de juventudes presentes em momentos históricos significativos e identificamos os diferentes modos de tratamento dessas juventudes em algumas políticas públicas. Analisamos os discursos trazidos em entrevistas junto aos/as Ocupas que participaram desta pesquisa de abordagem qualitativa e inspirada no campo das pesquisas participativas com jovens (PARKER, 2000; PAIVA, 2000). Participaram do nosso estudo cinco jovens moradores de diferentes comunidades da Região Metropolitana de Recife, que foram ativos/as durante as ocupações secundaristas em diferentes escolas públicas da rede estadual enquanto cursavam o ensino médio. O estudo identificou as distintas experiências vivenciadas por estes/as ao longo do ensino médio e as repercussões da ocupação na vida destes/as. Os/as jovens puderam rememorar, refletir e problematizar sobre os temas abordados, tais quais: juventudes, movimentos sociais, a ocupação secundarista, a escola pública e o seu papel na vida destes/as jovens, participação política (no sentido amplo do tema), resistência, práticas educativas e democracia. Estes foram os principais temas enfatizados em nossa pesquisa, porém acessamos outras vias do discurso a partir dos (des)encontros com os/as Ocupas. Através da escuta atenta, os dados permitiram encontrar experiências que estes/as passaram a enxergar após as ocupações e a construção ou reafirmação de identidades como jovem, negro/a, gay, feminista etc. A vida escolar não seria mais a mesma após o encontro com os pares e as manifestações em prol de uma educação libertadora que rompesse com a centralização de poder exercida pela gestão educacional e escolar na maioria das escolas da rede. Foram marcantes as experiências de educação não formal em todas as instituições ocupadas, assim como não podemos deixar de frisar a truculência e a violência presente nas ocupações e a diversidade de ações promovidas a partir de grupos contrários ao movimento na tentativa de deslegitimar a mobilização estudantil. Dentre as conclusões a que chegamos, os/as Ocupas romperam com o modelo de estudantes esperado pelo sistema educacional e que difere da forma hegemônica de “ser jovem”. Eles/as se rebelaram de modo que passaram a gerir as escolas da maneira que decidiam em discussões e com a formação de redes de colaboração e cooperação. Identificava-se aos poucos a construção de elos, um território comandado pelos/as secundaristas que impulsionou um movimento único e histórico para cada estudante e cada escola, denotando que as juventudes geraram novas e criativas formas de produzir conhecimentos por meio da educação não formal na escola.FACEPEThe research presented here has as its object the high school occupancy protest and their repercussions in the school life and biography of the young students. Our interest consisted in giving visibility to the school occupancy protests, with the objective of understanding the public high school occupancy movement and its repercussions in the school context and in the students' lives. For this purpose, we take as a reference the thought of Maria da Glória Gohn regarding the discussion of the newest social movements in dialogue with other authors to open up the discussion of this field and emphasize the occupancy manifestations as a way of producing knowledge. We argue that the youth theme-field (DAYRELL, 2002) is marked by a vast discussion that we are interested in deepening. We corroborate that “being young” is challenging, above all, in a context, where wide-open inequalities set places of subordination or discursive boundaries limited to age, biological category, social, legal, etc. We seek to problematize different perceptions of youths present in significant historical moments and identify the different ways of treating youth in some public policies. We analyzed the speeches brought from interviews with the Ocupas (Occupies) who participated in this qualitative research inspired by the field of participatory research with young people (PARKER, 2000; PAIVA, 2000). Five young people active during school occupancy in different public schools in the state network while attending high school in the Metropolitan Region of Recife participated in our study. The study identified the different experiences lived by them during high school and the repercussions of the occupancy protest in their lives. The young people were able to recall, reflect and discuss topics such as: youth, social movements, the school occupancy, the public school and its role in the lives of these young people, political participation (in the broad sense of the theme), resistance, educational practices and democracy. These were the main themes emphasized in our research, but we access other ways of discourse from the meetings with the Ocupas. Through attentive listening, the data made it possible to find experiences they started to perceive after the occupancy protests and the construction or reaffirmation of identities as young, black, gay, feminist, etc. School life would no longer be the same after meeting with peers and demonstrations in favor of a liberating education that broke with the centralization of power exercised by educational and school management in most schools in the network. The experiences of non-formal education in all occupied institutions were remarkable, just as we cannot fail to emphasize the truculence and violence present in the occupancies and the diversity of actions promoted by groups opposed to the movement in an attempt to delegitimize student mobilization. Among conclusions reached is that the Ocupas broke with the student model expected by the educational system which differs from the hegemonic form of “being young”. They rebelled in a way that they started to manage schools as they decided in discussions and by creating collaboration and cooperation of networks. It was identified gradually building links, a territory controlled by the high school students that boasted a unique and historical movement for each student and each school, denoting that the youths have generated new and creative ways to produce knowledge through non-formal education in school.La investigación que aquí se presenta tiene como objeto las ocupaciones en las escuelas secundarias con las repercusiones en la vida escolar y la biografía de los jóvenes estudiantes. Nuestro interés fue dar visibilidad a las ocupaciones, con el objetivo de comprender el movimiento de ocupación de la escuela pública y sus efectos en el contexto escolar y en la vida de los estudiantes. Por tanto, tomamos como referencia el pensamiento de Maria da Glória Gohn sobre la discusión de los más nuevos movimientos sociales en diálogo con otros autores para abrir el debate de este campo y enfatizar las manifestaciones de las ocupaciones como forma de producir conocimiento. Sostenemos que el campo temático de la juventud (DAYRELL, 2002) está marcado por una discusión de amplio alcance que nos interesa profundizar. Corroboramos que “ser joven” es un desafío, sobre todo, en este contexto desigual, ya que, según con qué jóvenes estamos tratando, estas desigualdades serán más abiertas y los colocarán en lugares de subordinación o límites discursivos que limitan a una edad, categoría biológica, social, legal, etc. Buscamos problematizar las diferentes percepciones de jóvenes presentes en momentos históricos significativos e identificar las diferentes formas de tratar a estos jóvenes en algunas políticas públicas. Analizamos los discursos aportados en entrevistas con los Ocupas con un enfoque cualitativo e inspirado en el campo de la investigación participativa con jóvenes (PARKER, 2000; PAIVA, 2000). En el estudio participaron cinco jóvenes de diferentes comunidades de la Región Metropolitana de Recife, quienes estuvieron activos durante las ocupaciones de la escuela secundaria en diferentes escuelas públicas de la red estatal mientras asistían a la escuela secundaria. El estudio identificó las diferentes experiencias vividas por ellos durante la escuela secundaria y las repercusiones de la ocupación en sus vidas. Los jóvenes pudieron recordar, reflexionar y discutir los temas tratados, tales como: juventud, movimientos sociales, la ocupación secundaria, la escuela pública y su rol en la vida de los jóvenes, participación política (en el sentido amplio del tema), resistencia, prácticas educativas y democracia. Estos fueron los principales temas enfatizados en nuestra investigación, pero accedemos a otras formas de discurso desde los (des)encuentros con los Ocupas. Los datos permitieron encontrar experiencias que estas personas empezaron a percibir luego de las ocupaciones y la construcción o reafirmación de identidades como jóvenes, negros, gays, feministas, etc. La vida escolar ya no sería la misma después de encuentros con compañeros y manifestaciones a favor de una educación libertadora que rompiera con la centralización del poder que ejerce la gestión educativa y escolar en la mayoría de las escuelas de la red. Las experiencias de educación no formal en todas las instituciones ocupadas fueron notables, así como no podemos dejar de enfatizar la truculencia y violencia presente en las ocupaciones y la diversidad de acciones promovidas desde grupos contra el movimiento en un intento de deslegitimar la movilización estudiantil. Entre las conclusiones a las que llegamos, Ocupas rompió con el modelo estudiantil esperado por el sistema educativo y que se diferencia de la forma hegemónica de “ser joven”. Se rebelaron para empezar a gestionar las escuelas de la forma que decidieron en las discusiones y con la formación de redes de colaboración y cooperación. Paulatinamente se identificó la construcción de vínculos, un territorio comandado por estudiantes de secundaria que impulsó un movimiento único y histórico para cada estudiante y cada escuela, mostrando que los jóvenes generaron nuevas y creativas formas de producir conocimiento a través de la educación no formal en colégio.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em EducacaoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEducação – Ensino público – OcupaçãoEnsino público – Ensino Médio – OcupaçãoGestão da escolaParticipação PolíticaUFPE - Pós-graduaçãoA quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Renata Paula dos Santos Moura.pdfTESE Renata Paula dos Santos Moura.pdfapplication/pdf4223267https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/1/TESE%20Renata%20Paula%20dos%20Santos%20Moura.pdfdea0b68f5a9e9b349edc657936c0b201MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81908https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/3/license.txtc59d330e2c454f71974f5866a0e8a96aMD53TEXTTESE Renata Paula dos Santos Moura.pdf.txtTESE Renata Paula dos Santos Moura.pdf.txtExtracted texttext/plain642789https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/4/TESE%20Renata%20Paula%20dos%20Santos%20Moura.pdf.txt26b4165a623992210ec7cea74b4e8d8aMD54THUMBNAILTESE Renata Paula dos Santos Moura.pdf.jpgTESE Renata Paula dos Santos Moura.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1193https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/5/TESE%20Renata%20Paula%20dos%20Santos%20Moura.pdf.jpgecce5be9e579f300219394a799e9378bMD55123456789/415542021-11-10 02:13:19.14oai:repositorio.ufpe.br:123456789/41554VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBUcmFiYWxob3MgQWNhZMOqbWljb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKRGVjbGFybyBwYXJhIG9zIGRldmlkb3MgZmlucyBkZXN0ZSBUZXJtbyBkZSBEZXDDs3NpdG8gTGVnYWwgZSBBdXRvcml6YcOnw6NvIHBhcmEgUHVibGljYcOnw6NvIGRlIFRyYWJhbGhvcyBBY2Fkw6ptaWNvcyBubyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIHF1ZSBlc3RvdSBjaWVudGUgcXVlOgpJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIG1pbmhhIGludGVpcmEgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZTsKSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwpJSUkgLSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIHRyYWJhbGhvIGFww7NzIG8gZGVww7NzaXRvIGUgYW50ZXMgZGUgZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbywgcXVhbmRvIGZvciBlc2NvbGhpZG8gYWNlc3NvIHJlc3RyaXRvLCBzZXLDoSBwZXJtaXRpZGEgbWVkaWFudGUgc29saWNpdGHDp8OjbyBkbyAoYSkgYXV0b3IgKGEpIGFvIFNpc3RlbWEgSW50ZWdyYWRvIGRlIEJpYmxpb3RlY2FzIGRhIFVGUEUgKFNJQi9VRlBFKS4KIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gYWJlcnRvOgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIFRyYWJhbGhvIEFjYWTDqm1pY28sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuMTYwIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgpQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gcmVzdHJpdG86Ck5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS4xNjAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgYXTDqSAwMSBhbm8gZGUgZW1iYXJnbywgY29uZm9ybWUgaW5mb3JtYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212021-11-10T05:13:19Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos
title A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos
spellingShingle A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos
MOURA, Renata Paula dos Santos
Educação – Ensino público – Ocupação
Ensino público – Ensino Médio – Ocupação
Gestão da escola
Participação Política
UFPE - Pós-graduação
title_short A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos
title_full A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos
title_fullStr A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos
title_full_unstemmed A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos
title_sort A quem a escola pertence? : reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos
author MOURA, Renata Paula dos Santos
author_facet MOURA, Renata Paula dos Santos
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3530431746529277
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9284144427264959
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5042948325884329
dc.contributor.author.fl_str_mv MOURA, Renata Paula dos Santos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv BOTLER, Alice Miriam Happ
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv MENEZES, Jaileila de Araújo
contributor_str_mv BOTLER, Alice Miriam Happ
MENEZES, Jaileila de Araújo
dc.subject.por.fl_str_mv Educação – Ensino público – Ocupação
Ensino público – Ensino Médio – Ocupação
Gestão da escola
Participação Política
UFPE - Pós-graduação
topic Educação – Ensino público – Ocupação
Ensino público – Ensino Médio – Ocupação
Gestão da escola
Participação Política
UFPE - Pós-graduação
description A pesquisa aqui apresentada tem como objeto as ocupações secundaristas e suas repercussões na vida escolar e biografia dos/as jovens estudantes. Nosso interesse consistiu em dar visibilidade às ocupações, com o objetivo de compreender o movimento de ocupação da escola pública e suas repercussões no contexto escolar e na vida dos/as estudantes. Para tanto, tomamos como referência o pensamento de Maria da Glória Gohn no que se refere à discussão dos novíssimos movimentos sociais em diálogo com outros autores para desbravar a discussão deste campo e enfatizar as manifestações das ocupações como modo de produção de conhecimentos. Defendemos que o campo-tema juventudes (DAYRELL, 2002) é demarcado por uma vasta discussão que temos o interesse de aprofundar. Corroboramos que “ser jovem” é desafiador, sobretudo, neste contexto desigual, visto que, a depender de que jovem estamos tratando, essas desigualdades serão mais escancaradas e os colocarão em lugares de subalternidade ou fronteiras discursivas que limitam essa a uma categoria etária, biológica, social, legal etc. Buscamos problematizar as distintas percepções de juventudes presentes em momentos históricos significativos e identificamos os diferentes modos de tratamento dessas juventudes em algumas políticas públicas. Analisamos os discursos trazidos em entrevistas junto aos/as Ocupas que participaram desta pesquisa de abordagem qualitativa e inspirada no campo das pesquisas participativas com jovens (PARKER, 2000; PAIVA, 2000). Participaram do nosso estudo cinco jovens moradores de diferentes comunidades da Região Metropolitana de Recife, que foram ativos/as durante as ocupações secundaristas em diferentes escolas públicas da rede estadual enquanto cursavam o ensino médio. O estudo identificou as distintas experiências vivenciadas por estes/as ao longo do ensino médio e as repercussões da ocupação na vida destes/as. Os/as jovens puderam rememorar, refletir e problematizar sobre os temas abordados, tais quais: juventudes, movimentos sociais, a ocupação secundarista, a escola pública e o seu papel na vida destes/as jovens, participação política (no sentido amplo do tema), resistência, práticas educativas e democracia. Estes foram os principais temas enfatizados em nossa pesquisa, porém acessamos outras vias do discurso a partir dos (des)encontros com os/as Ocupas. Através da escuta atenta, os dados permitiram encontrar experiências que estes/as passaram a enxergar após as ocupações e a construção ou reafirmação de identidades como jovem, negro/a, gay, feminista etc. A vida escolar não seria mais a mesma após o encontro com os pares e as manifestações em prol de uma educação libertadora que rompesse com a centralização de poder exercida pela gestão educacional e escolar na maioria das escolas da rede. Foram marcantes as experiências de educação não formal em todas as instituições ocupadas, assim como não podemos deixar de frisar a truculência e a violência presente nas ocupações e a diversidade de ações promovidas a partir de grupos contrários ao movimento na tentativa de deslegitimar a mobilização estudantil. Dentre as conclusões a que chegamos, os/as Ocupas romperam com o modelo de estudantes esperado pelo sistema educacional e que difere da forma hegemônica de “ser jovem”. Eles/as se rebelaram de modo que passaram a gerir as escolas da maneira que decidiam em discussões e com a formação de redes de colaboração e cooperação. Identificava-se aos poucos a construção de elos, um território comandado pelos/as secundaristas que impulsionou um movimento único e histórico para cada estudante e cada escola, denotando que as juventudes geraram novas e criativas formas de produzir conhecimentos por meio da educação não formal na escola.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-11-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-11-09T12:22:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-11-09T12:22:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MOURA, Renata Paula dos Santos. A quem a escola pertence?: reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos. 2020. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41554
identifier_str_mv MOURA, Renata Paula dos Santos. A quem a escola pertence?: reflexões sobre as ocupações como um novo modo de produção de conhecimentos. 2020. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/41554
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Educacao
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/1/TESE%20Renata%20Paula%20dos%20Santos%20Moura.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/4/TESE%20Renata%20Paula%20dos%20Santos%20Moura.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/41554/5/TESE%20Renata%20Paula%20dos%20Santos%20Moura.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv dea0b68f5a9e9b349edc657936c0b201
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
c59d330e2c454f71974f5866a0e8a96a
26b4165a623992210ec7cea74b4e8d8a
ecce5be9e579f300219394a799e9378b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310848586186752