Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Rafaela Miranda da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29496
Resumo: A dissertação discute a relação entre trabalho e saúde na perspectiva de analisar o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização. A pesquisa foi realizada no Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste pernambucano, especialmente nos municípios de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. O APL de confecções de Pernambuco é constituído por micro e pequenas indústrias, lavanderias, facções, fabricos e feiras locais que atuam desde o processo de produção à comercialização de mercadorias. O cenário na região é de intensa precarização do trabalho, marcado pela ausência ou insuficiência de serviços e equipamentos de proteção social, sobretudo os voltados à saúde do trabalhador, que avaliamos relacionar-se com a desresponsabilização do Estado frente às expressões da questão social e no atendimento das necessidades da classe trabalhadora da cadeia têxtil, além da inexistência de organização político/sindical combativa de defesa dos interesses dos trabalhadores. Nesse contexto, o trabalho formalizado vem sendo substituído pelos mais diversificados modos de informalidade, sendo marcante o discurso do empreendedorismo. Estas modalidades de trabalho vêm ampliando as formas geradoras do valor, onde se utilizam novos e velhos mecanismos de intensificação, de exploração do trabalho e expropriação dos trabalhadores. As consequências desse processo têm implicações nas condições de saúde, causando diversas doenças ocupacionais nos trabalhadores ali alocados, que são expostos a um intenso desgaste físico e mental. Constatamos que, nessa dinâmica produtiva, o trabalhador é submetido constantemente a desgastes – sob as mais variadas condições ergonômicas, ambientais e psíquicas – o ruído excessivo, a posição inadequada, iluminação insuficiente, intensificação do ritmo de trabalho, movimentos repetitivos, pressão constante do contratante para entregar a produção no período determinado. A isso, conjugam-se as exigências abusivas de qualidade, extensão da jornada de trabalho, cansaço, pressão psicológica, sem que direitos e garantias trabalhistas sejam asseguradas. Também chama atenção a auto cobrança dos trabalhadores para dar conta da produção e alcançar uma remuneração que permita a sua reprodução social. A fundamentação para apreender nosso objeto foi baseada no aporte teórico-metodológico da teoria social crítica, cujo percurso para alcançar esse propósito compreendeu a necessidade de empreender uma revisão da literatura com autores que tratam do universo temático. Estes fundamentos nos acompanharam na aplicação de questionários e na realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores das unidades produtivas desregulamentadas em domicílios, denominadas de facções ou fabricos, a fim de apreender a relação do desgaste dos trabalhadores com as precárias condições de vida e trabalho a que estão submetidos. Ademais, sustentamos que a lógica produtiva vigente no APL é expressão da atual dinâmica capitalista, na medida em que a precariedade das condições de vida e de trabalho é constitutiva dessa fase de acumulação e os agravos à saúde são escamoteados diante da intensificação do trabalho.
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O cenário na região é de intensa precarização do trabalho, marcado pela ausência ou insuficiência de serviços e equipamentos de proteção social, sobretudo os voltados à saúde do trabalhador, que avaliamos relacionar-se com a desresponsabilização do Estado frente às expressões da questão social e no atendimento das necessidades da classe trabalhadora da cadeia têxtil, além da inexistência de organização político/sindical combativa de defesa dos interesses dos trabalhadores. Nesse contexto, o trabalho formalizado vem sendo substituído pelos mais diversificados modos de informalidade, sendo marcante o discurso do empreendedorismo. Estas modalidades de trabalho vêm ampliando as formas geradoras do valor, onde se utilizam novos e velhos mecanismos de intensificação, de exploração do trabalho e expropriação dos trabalhadores. As consequências desse processo têm implicações nas condições de saúde, causando diversas doenças ocupacionais nos trabalhadores ali alocados, que são expostos a um intenso desgaste físico e mental. Constatamos que, nessa dinâmica produtiva, o trabalhador é submetido constantemente a desgastes – sob as mais variadas condições ergonômicas, ambientais e psíquicas – o ruído excessivo, a posição inadequada, iluminação insuficiente, intensificação do ritmo de trabalho, movimentos repetitivos, pressão constante do contratante para entregar a produção no período determinado. A isso, conjugam-se as exigências abusivas de qualidade, extensão da jornada de trabalho, cansaço, pressão psicológica, sem que direitos e garantias trabalhistas sejam asseguradas. Também chama atenção a auto cobrança dos trabalhadores para dar conta da produção e alcançar uma remuneração que permita a sua reprodução social. A fundamentação para apreender nosso objeto foi baseada no aporte teórico-metodológico da teoria social crítica, cujo percurso para alcançar esse propósito compreendeu a necessidade de empreender uma revisão da literatura com autores que tratam do universo temático. Estes fundamentos nos acompanharam na aplicação de questionários e na realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores das unidades produtivas desregulamentadas em domicílios, denominadas de facções ou fabricos, a fim de apreender a relação do desgaste dos trabalhadores com as precárias condições de vida e trabalho a que estão submetidos. Ademais, sustentamos que a lógica produtiva vigente no APL é expressão da atual dinâmica capitalista, na medida em que a precariedade das condições de vida e de trabalho é constitutiva dessa fase de acumulação e os agravos à saúde são escamoteados diante da intensificação do trabalho.FACEPEThe dissertation discusses the relationship between work and health in order to analyze the erosion of the workforce as an expression of precariousness. The research was carried out in the Local Productive Arrangement of Confecções do Agreste in Pernambuco, especially in the municipalities of Toritama and Santa Cruz do Capibaribe. The APL of confections of Pernambuco consists of micro and small industries, laundries, factions, factories, and local fairs that operate from the production process to the commercialization of merchandise. The scenario in the region is an intense precariousness of work, marked by the absence or insufficiency of social protection services and equipment, especially those focused on worker's health, which we consider to be related to the State's lack of responsibility in relation to the expressions of the social question and in the meeting the needs of the working class of the textile chain, as well as the lack of a combative political / union organization to defend workers' interests. In this context, formalized work has been replaced by more diversified modes of informality, and the discourse of entrepreneurship is remarkable. These modalities of work have been increasing the ways of generating value, using new and old mechanisms of intensification, exploitation of labor and expropriation of workers. The consequences of this process have implications in the health conditions, causing diverse occupational diseases in the workers located there, who are exposed to intense physical and mental exhaustion. We find that in this productive dynamics the worker is constantly subjected to wear and tear - under the most varied ergonomic, environmental and psychological conditions - excessive noise, inadequate position, insufficient lighting, labor intensification, repetitive movements, constant pressure of the contractor to deliver the production in the given period. This is compounded by the abusive demands of quality, extension of the work day, fatigue, psychological pressure, without rights and guarantees of labor. Also calls attention to the self-collection of workers to account for production and achieve remuneration that allows their social reproduction. The rationale for apprehending our object was based on the theoretical-methodological contribution of critical social theory, whose course to achieve this purpose included the need to undertake a literature review with authors that deal with the thematic universe. These foundations accompanied us in the application of questionnaires and semi-structured interviews with workers of the deregulated production units in households, denominated factions or factories, in order to apprehend the relation of workers' wear and tear to the precarious conditions of life and work to which they are exposed. submitted. Moreover, we argue that the current productive logic in the APL is an expression of the current capitalist dynamics, since the precariousness of living and working conditions is constitutive of this accumulation phase and the health problems are concealed by the intensification of work.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTrabalhoArranjo produtivo localSaúdeSaúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1281https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rafaela%20Miranda%20da%20Silva.pdf.jpgd76d7136b62073d27a67b8f37a9e7185MD56ORIGINALDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdfDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdfapplication/pdf2068023https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rafaela%20Miranda%20da%20Silva.pdf246a119741db5d3649d41014b86ffd07MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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