Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Rafaela Miranda da
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/00130000122h0
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29496
Resumo: A dissertação discute a relação entre trabalho e saúde na perspectiva de analisar o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização. A pesquisa foi realizada no Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste pernambucano, especialmente nos municípios de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. O APL de confecções de Pernambuco é constituído por micro e pequenas indústrias, lavanderias, facções, fabricos e feiras locais que atuam desde o processo de produção à comercialização de mercadorias. O cenário na região é de intensa precarização do trabalho, marcado pela ausência ou insuficiência de serviços e equipamentos de proteção social, sobretudo os voltados à saúde do trabalhador, que avaliamos relacionar-se com a desresponsabilização do Estado frente às expressões da questão social e no atendimento das necessidades da classe trabalhadora da cadeia têxtil, além da inexistência de organização político/sindical combativa de defesa dos interesses dos trabalhadores. Nesse contexto, o trabalho formalizado vem sendo substituído pelos mais diversificados modos de informalidade, sendo marcante o discurso do empreendedorismo. Estas modalidades de trabalho vêm ampliando as formas geradoras do valor, onde se utilizam novos e velhos mecanismos de intensificação, de exploração do trabalho e expropriação dos trabalhadores. As consequências desse processo têm implicações nas condições de saúde, causando diversas doenças ocupacionais nos trabalhadores ali alocados, que são expostos a um intenso desgaste físico e mental. Constatamos que, nessa dinâmica produtiva, o trabalhador é submetido constantemente a desgastes – sob as mais variadas condições ergonômicas, ambientais e psíquicas – o ruído excessivo, a posição inadequada, iluminação insuficiente, intensificação do ritmo de trabalho, movimentos repetitivos, pressão constante do contratante para entregar a produção no período determinado. A isso, conjugam-se as exigências abusivas de qualidade, extensão da jornada de trabalho, cansaço, pressão psicológica, sem que direitos e garantias trabalhistas sejam asseguradas. Também chama atenção a auto cobrança dos trabalhadores para dar conta da produção e alcançar uma remuneração que permita a sua reprodução social. A fundamentação para apreender nosso objeto foi baseada no aporte teórico-metodológico da teoria social crítica, cujo percurso para alcançar esse propósito compreendeu a necessidade de empreender uma revisão da literatura com autores que tratam do universo temático. Estes fundamentos nos acompanharam na aplicação de questionários e na realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores das unidades produtivas desregulamentadas em domicílios, denominadas de facções ou fabricos, a fim de apreender a relação do desgaste dos trabalhadores com as precárias condições de vida e trabalho a que estão submetidos. Ademais, sustentamos que a lógica produtiva vigente no APL é expressão da atual dinâmica capitalista, na medida em que a precariedade das condições de vida e de trabalho é constitutiva dessa fase de acumulação e os agravos à saúde são escamoteados diante da intensificação do trabalho.
id UFPE_044ceda69e27f0e9fc9fbd903789cddc
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29496
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SILVA, Rafaela Miranda dahttp://lattes.cnpq.br/5438782545291863http://lattes.cnpq.br/6546778737282608AMARAL, Angela Santana do2019-02-26T21:45:22Z2019-02-26T21:45:22Z2017-09-27https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29496ark:/64986/00130000122h0A dissertação discute a relação entre trabalho e saúde na perspectiva de analisar o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização. A pesquisa foi realizada no Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste pernambucano, especialmente nos municípios de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. O APL de confecções de Pernambuco é constituído por micro e pequenas indústrias, lavanderias, facções, fabricos e feiras locais que atuam desde o processo de produção à comercialização de mercadorias. O cenário na região é de intensa precarização do trabalho, marcado pela ausência ou insuficiência de serviços e equipamentos de proteção social, sobretudo os voltados à saúde do trabalhador, que avaliamos relacionar-se com a desresponsabilização do Estado frente às expressões da questão social e no atendimento das necessidades da classe trabalhadora da cadeia têxtil, além da inexistência de organização político/sindical combativa de defesa dos interesses dos trabalhadores. Nesse contexto, o trabalho formalizado vem sendo substituído pelos mais diversificados modos de informalidade, sendo marcante o discurso do empreendedorismo. Estas modalidades de trabalho vêm ampliando as formas geradoras do valor, onde se utilizam novos e velhos mecanismos de intensificação, de exploração do trabalho e expropriação dos trabalhadores. As consequências desse processo têm implicações nas condições de saúde, causando diversas doenças ocupacionais nos trabalhadores ali alocados, que são expostos a um intenso desgaste físico e mental. Constatamos que, nessa dinâmica produtiva, o trabalhador é submetido constantemente a desgastes – sob as mais variadas condições ergonômicas, ambientais e psíquicas – o ruído excessivo, a posição inadequada, iluminação insuficiente, intensificação do ritmo de trabalho, movimentos repetitivos, pressão constante do contratante para entregar a produção no período determinado. A isso, conjugam-se as exigências abusivas de qualidade, extensão da jornada de trabalho, cansaço, pressão psicológica, sem que direitos e garantias trabalhistas sejam asseguradas. Também chama atenção a auto cobrança dos trabalhadores para dar conta da produção e alcançar uma remuneração que permita a sua reprodução social. A fundamentação para apreender nosso objeto foi baseada no aporte teórico-metodológico da teoria social crítica, cujo percurso para alcançar esse propósito compreendeu a necessidade de empreender uma revisão da literatura com autores que tratam do universo temático. Estes fundamentos nos acompanharam na aplicação de questionários e na realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores das unidades produtivas desregulamentadas em domicílios, denominadas de facções ou fabricos, a fim de apreender a relação do desgaste dos trabalhadores com as precárias condições de vida e trabalho a que estão submetidos. Ademais, sustentamos que a lógica produtiva vigente no APL é expressão da atual dinâmica capitalista, na medida em que a precariedade das condições de vida e de trabalho é constitutiva dessa fase de acumulação e os agravos à saúde são escamoteados diante da intensificação do trabalho.FACEPEThe dissertation discusses the relationship between work and health in order to analyze the erosion of the workforce as an expression of precariousness. The research was carried out in the Local Productive Arrangement of Confecções do Agreste in Pernambuco, especially in the municipalities of Toritama and Santa Cruz do Capibaribe. The APL of confections of Pernambuco consists of micro and small industries, laundries, factions, factories, and local fairs that operate from the production process to the commercialization of merchandise. The scenario in the region is an intense precariousness of work, marked by the absence or insufficiency of social protection services and equipment, especially those focused on worker's health, which we consider to be related to the State's lack of responsibility in relation to the expressions of the social question and in the meeting the needs of the working class of the textile chain, as well as the lack of a combative political / union organization to defend workers' interests. In this context, formalized work has been replaced by more diversified modes of informality, and the discourse of entrepreneurship is remarkable. These modalities of work have been increasing the ways of generating value, using new and old mechanisms of intensification, exploitation of labor and expropriation of workers. The consequences of this process have implications in the health conditions, causing diverse occupational diseases in the workers located there, who are exposed to intense physical and mental exhaustion. We find that in this productive dynamics the worker is constantly subjected to wear and tear - under the most varied ergonomic, environmental and psychological conditions - excessive noise, inadequate position, insufficient lighting, labor intensification, repetitive movements, constant pressure of the contractor to deliver the production in the given period. This is compounded by the abusive demands of quality, extension of the work day, fatigue, psychological pressure, without rights and guarantees of labor. Also calls attention to the self-collection of workers to account for production and achieve remuneration that allows their social reproduction. The rationale for apprehending our object was based on the theoretical-methodological contribution of critical social theory, whose course to achieve this purpose included the need to undertake a literature review with authors that deal with the thematic universe. These foundations accompanied us in the application of questionnaires and semi-structured interviews with workers of the deregulated production units in households, denominated factions or factories, in order to apprehend the relation of workers' wear and tear to the precarious conditions of life and work to which they are exposed. submitted. Moreover, we argue that the current productive logic in the APL is an expression of the current capitalist dynamics, since the precariousness of living and working conditions is constitutive of this accumulation phase and the health problems are concealed by the intensification of work.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessTrabalhoArranjo produtivo localSaúdeSaúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalhoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1281https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rafaela%20Miranda%20da%20Silva.pdf.jpgd76d7136b62073d27a67b8f37a9e7185MD56ORIGINALDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdfDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdfapplication/pdf2068023https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rafaela%20Miranda%20da%20Silva.pdf246a119741db5d3649d41014b86ffd07MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/4/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD54TEXTDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdf.txtDISSERTAÇÃO Rafaela Miranda da Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain354095https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rafaela%20Miranda%20da%20Silva.pdf.txtb3d99f4c5747a10de55ced4d670e39e5MD55123456789/294962019-10-25 08:03:43.549oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29496TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T11:03:43Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho
title Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho
spellingShingle Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho
SILVA, Rafaela Miranda da
Trabalho
Arranjo produtivo local
Saúde
title_short Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho
title_full Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho
title_fullStr Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho
title_full_unstemmed Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho
title_sort Saúde do trabalhador no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização do trabalho
author SILVA, Rafaela Miranda da
author_facet SILVA, Rafaela Miranda da
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5438782545291863
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6546778737282608
dc.contributor.author.fl_str_mv SILVA, Rafaela Miranda da
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv AMARAL, Angela Santana do
contributor_str_mv AMARAL, Angela Santana do
dc.subject.por.fl_str_mv Trabalho
Arranjo produtivo local
Saúde
topic Trabalho
Arranjo produtivo local
Saúde
description A dissertação discute a relação entre trabalho e saúde na perspectiva de analisar o desgaste da força de trabalho como expressão da precarização. A pesquisa foi realizada no Arranjo Produtivo Local de Confecções do Agreste pernambucano, especialmente nos municípios de Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. O APL de confecções de Pernambuco é constituído por micro e pequenas indústrias, lavanderias, facções, fabricos e feiras locais que atuam desde o processo de produção à comercialização de mercadorias. O cenário na região é de intensa precarização do trabalho, marcado pela ausência ou insuficiência de serviços e equipamentos de proteção social, sobretudo os voltados à saúde do trabalhador, que avaliamos relacionar-se com a desresponsabilização do Estado frente às expressões da questão social e no atendimento das necessidades da classe trabalhadora da cadeia têxtil, além da inexistência de organização político/sindical combativa de defesa dos interesses dos trabalhadores. Nesse contexto, o trabalho formalizado vem sendo substituído pelos mais diversificados modos de informalidade, sendo marcante o discurso do empreendedorismo. Estas modalidades de trabalho vêm ampliando as formas geradoras do valor, onde se utilizam novos e velhos mecanismos de intensificação, de exploração do trabalho e expropriação dos trabalhadores. As consequências desse processo têm implicações nas condições de saúde, causando diversas doenças ocupacionais nos trabalhadores ali alocados, que são expostos a um intenso desgaste físico e mental. Constatamos que, nessa dinâmica produtiva, o trabalhador é submetido constantemente a desgastes – sob as mais variadas condições ergonômicas, ambientais e psíquicas – o ruído excessivo, a posição inadequada, iluminação insuficiente, intensificação do ritmo de trabalho, movimentos repetitivos, pressão constante do contratante para entregar a produção no período determinado. A isso, conjugam-se as exigências abusivas de qualidade, extensão da jornada de trabalho, cansaço, pressão psicológica, sem que direitos e garantias trabalhistas sejam asseguradas. Também chama atenção a auto cobrança dos trabalhadores para dar conta da produção e alcançar uma remuneração que permita a sua reprodução social. A fundamentação para apreender nosso objeto foi baseada no aporte teórico-metodológico da teoria social crítica, cujo percurso para alcançar esse propósito compreendeu a necessidade de empreender uma revisão da literatura com autores que tratam do universo temático. Estes fundamentos nos acompanharam na aplicação de questionários e na realização de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores das unidades produtivas desregulamentadas em domicílios, denominadas de facções ou fabricos, a fim de apreender a relação do desgaste dos trabalhadores com as precárias condições de vida e trabalho a que estão submetidos. Ademais, sustentamos que a lógica produtiva vigente no APL é expressão da atual dinâmica capitalista, na medida em que a precariedade das condições de vida e de trabalho é constitutiva dessa fase de acumulação e os agravos à saúde são escamoteados diante da intensificação do trabalho.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-09-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-02-26T21:45:22Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-02-26T21:45:22Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29496
dc.identifier.dark.fl_str_mv ark:/64986/00130000122h0
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29496
identifier_str_mv ark:/64986/00130000122h0
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Servico Social
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/6/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rafaela%20Miranda%20da%20Silva.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rafaela%20Miranda%20da%20Silva.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/4/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/29496/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Rafaela%20Miranda%20da%20Silva.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv d76d7136b62073d27a67b8f37a9e7185
246a119741db5d3649d41014b86ffd07
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
b3d99f4c5747a10de55ced4d670e39e5
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1815172977850843136