Escola das Águas – Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPPBA) : demarcando experiências geo-gráficas e formativas sobre os territórios pesqueiros da Baía de Todos os Santos (BTS) – Bahia – Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALVES, Taíse dos Santos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/43516
Resumo: A Escola das Águas (EA) é uma Escola que tem origem nos sonhos e desejos de Dona Maria do Paraguaçu, uma mulher negra, quilombola, militante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP), que tinha dificuldades na escrita, mas possuía um amplo saber e “leitura de mundo”. Dona Maria via a necessidade das comunidades tradicionais pesqueiras e quilombolas em adotar uma escola que se adequasse aos modos de vida, aos horários das marés e da ida para as roças, uma escola que tem como princípio a articulação dos conhecimentos científicos e saberes tradicionais, cujo jovens, adultos e idosos, a partir das suas comunidades, possam se apropriar do conhecimento científico sem se distanciar das raízes e da base de conhecimento empírico vivenciado, de modo ancestral, nas comunidades pesqueiras. Em acréscimo, essa escola fomente o princípio da educação militante do MPP, propondo diferentes espaços de discussão e fortalecimento da luta dessas comunidades, a partir dos inúmeros conflitos e contradições existentes nos territórios pesqueiros da Bahia, sobretudo, na Baía de Todos os Santos (BTS). Revelar a pedagogia das águas feita e praticada pela EA é o desejo e desafio da escrita desta Tese, cujos objetivos consistem desde explicitar o contexto de sua criação, suas perspectivas, metodologias, princípios pedagógicos e desafios, para, diante disso, pontuar os resultados alcançados no decorrer de sua existência. O transcorrer deste trabalho visa pontuar como essa pedagogia das águas compõe uma articulação entre as nuances geo- filosóficas, as quais reverberam nos corpos das pescadoras e pescadores artesanais, próprias de sua condição de sujeito. Com isso, essa dimensão ajuda a compreender como elas e eles compõem lugares e territórios carregados de subjetividades e especificidades, e envolvem inúmeras relações entre terra, água, mangue, ar, mares, rios, validando um conteúdo que justifica seu saber-fazer-ser e, por isso, torna-se componente intrínseco para praticar a “pedagogia das águas” pautada, conjuntamente, nos conflitos e resistências em defesa dos territórios pesqueiros, sendo essa a práxis e a base curricular da EA. No entanto, para traduzir a EA nesta tese, recorro a diálogos e aproximações, métodos e teorias, que ora se aproximam das abordagens do materialismo histórico e dialético, ora fenomenológico, além das aproximações da abordagem decolonial. Essas escolhas foram essenciais na compreensão dos processos que envolvem a produção do espaço que materializam os territórios pesqueiros feitos por esses sujeitos, ajudando a explicitar como essa produção revela seu caráter intersubjetivo, intencional e contraditório. Nesse sentido, esses métodos ajudam nestas compreensões, pontuando essas análises e articulações como a base das pautas educativas que são colocadas no currículo e na prática educativa feita na EA. Ao passo que, também, pretende, conjuntamente, discorrer sobre ancestralidade, racismo estrutural, questões de gênero, conflitos, conflituosidade, questões agrárias e demais componentes e pautas no interior das ações que provocam/tensionam essa Escola. Para tanto, foram realizadas pesquisa bibliográfica, documental, pesquisa de campo, com depoimentos da coordenação, estudantes e integrantes das comunidades e lideranças do MPP. Por fim, a caminhada desta Tese me permite afirmar que tanto a pedagogia das águas, quanto a geografia dos territórios pesqueiros, a partir da práxis pedagógica da EA, fortalecem a identidade de pescador(a) artesanal atuante e comprometido(a) com seu lugar e seu território.
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Dona Maria via a necessidade das comunidades tradicionais pesqueiras e quilombolas em adotar uma escola que se adequasse aos modos de vida, aos horários das marés e da ida para as roças, uma escola que tem como princípio a articulação dos conhecimentos científicos e saberes tradicionais, cujo jovens, adultos e idosos, a partir das suas comunidades, possam se apropriar do conhecimento científico sem se distanciar das raízes e da base de conhecimento empírico vivenciado, de modo ancestral, nas comunidades pesqueiras. Em acréscimo, essa escola fomente o princípio da educação militante do MPP, propondo diferentes espaços de discussão e fortalecimento da luta dessas comunidades, a partir dos inúmeros conflitos e contradições existentes nos territórios pesqueiros da Bahia, sobretudo, na Baía de Todos os Santos (BTS). Revelar a pedagogia das águas feita e praticada pela EA é o desejo e desafio da escrita desta Tese, cujos objetivos consistem desde explicitar o contexto de sua criação, suas perspectivas, metodologias, princípios pedagógicos e desafios, para, diante disso, pontuar os resultados alcançados no decorrer de sua existência. O transcorrer deste trabalho visa pontuar como essa pedagogia das águas compõe uma articulação entre as nuances geo- filosóficas, as quais reverberam nos corpos das pescadoras e pescadores artesanais, próprias de sua condição de sujeito. Com isso, essa dimensão ajuda a compreender como elas e eles compõem lugares e territórios carregados de subjetividades e especificidades, e envolvem inúmeras relações entre terra, água, mangue, ar, mares, rios, validando um conteúdo que justifica seu saber-fazer-ser e, por isso, torna-se componente intrínseco para praticar a “pedagogia das águas” pautada, conjuntamente, nos conflitos e resistências em defesa dos territórios pesqueiros, sendo essa a práxis e a base curricular da EA. No entanto, para traduzir a EA nesta tese, recorro a diálogos e aproximações, métodos e teorias, que ora se aproximam das abordagens do materialismo histórico e dialético, ora fenomenológico, além das aproximações da abordagem decolonial. Essas escolhas foram essenciais na compreensão dos processos que envolvem a produção do espaço que materializam os territórios pesqueiros feitos por esses sujeitos, ajudando a explicitar como essa produção revela seu caráter intersubjetivo, intencional e contraditório. Nesse sentido, esses métodos ajudam nestas compreensões, pontuando essas análises e articulações como a base das pautas educativas que são colocadas no currículo e na prática educativa feita na EA. Ao passo que, também, pretende, conjuntamente, discorrer sobre ancestralidade, racismo estrutural, questões de gênero, conflitos, conflituosidade, questões agrárias e demais componentes e pautas no interior das ações que provocam/tensionam essa Escola. Para tanto, foram realizadas pesquisa bibliográfica, documental, pesquisa de campo, com depoimentos da coordenação, estudantes e integrantes das comunidades e lideranças do MPP. Por fim, a caminhada desta Tese me permite afirmar que tanto a pedagogia das águas, quanto a geografia dos territórios pesqueiros, a partir da práxis pedagógica da EA, fortalecem a identidade de pescador(a) artesanal atuante e comprometido(a) com seu lugar e seu território.FACEPEEscola das Águas (EA) is a project that originates in the dreams and desires of Dona Maria do Paraguaçu, a black woman, quilombola, activist of the Movement of Fishermen and Fisherwomen Artisanal (MPP), who had writing difficulties, but had a broad knowledge and “reading of the world”. Dona Maria recognized the need for traditional fishing and quilombola communities to adopt a school that was molded to the ways of life of fishermen and related scientific knowledge to traditional ones, from which adults and the elderly can appropriate scientific knowledge without distancing themselves from their roots and the empirical knowledge experienced, in an ancestral way, in their communities. In addition, this school promote the principle of MPP militant education, proposing different spaces for discussion and strengthening the struggle of these communities, based on the conflicts and contradictions existing in the fishing territories of Bahia, especially in the Baía de Todos os Santos (BTS). Describing the water pedagogy made and practiced by EA is the objective of this Thesis, whose purposes consist of explaining the context of its creation, its perspectives, methodologies, pedagogical principles, and challenges, in order to present the results obtained along its experience. It seeks to show how this water pedagogy composes an articulation between geo- philosophical particularities, which reverberate in the bodies of artisanal fishermen and fisherwomen, typical of their condition as a subject. This dimension helps to understand how these people compose places and territories loaded with their own subjectivities and involve countless relationships between land, water, mangrove, air, seas, and rivers, confirming a content that justifies their know-how-be and, therefore, becomes an intrinsic component to practice the “water pedagogy”, based on conflicts and resistance in defense of fishing territories, which is the praxis and the curricular basis of EA. However, to describe AE in this thesis, I resort to dialogues and approaches, methods, and theories, which are both related to the approaches of historical and dialectical materialism, as well as phenomenological and decolonial. These choices were essential in understanding the processes of production of space that materialize the fishing territories composed by these subjects, helping to explain how this production reveals its intersubjective, intentional, and contradictory character. In this sense, these methods help in these understandings, while these analyzes, and articulations form the basis of the guidelines that are placed in the curriculum and in the educational practice developed in the EA. While, also, it intends to discuss ancestry, structural racism, gender issues, conflicts, agrarian issues and other aspects and guidelines within the actions that provoke/ tension them. For this purpose, bibliographic, documentary and field research were carried out, with testimonies from the coordination, students, and members of the MPP communities and leaders. Finally, the journey of this Thesis allows me to affirm that both the water pedagogy, as well as the geography of fishing territories, based on the pedagogical praxis of EA, strengthen the identity of an artisanal fisherman who is active and committed to his place and his territory.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em GeografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografiaEducaçãoEscolaPedagogiaPescadoresEscola das Águas – Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPPBA) : demarcando experiências geo-gráficas e formativas sobre os territórios pesqueiros da Baía de Todos os Santos (BTS) – Bahia – Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Taíse dos Santos Alves.pdfTESE Taíse dos Santos Alves.pdfapplication/pdf10235540https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/43516/1/TESE%20Ta%c3%adse%20dos%20Santos%20Alves.pdf73bf2c766e9561fe3cc271cf3e1cf5f1MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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