Os determinantes da atuação dos intelectuais do trabalho no capitalismo contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Eliana Andrade da
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9261
Resumo: Este estudo discute os determinantes da atuação dos intelectuais do trabalho no capitalismo contemporaneo, a partir da realidade dos projetos de assentamento de reforma grária do Rio Grande do Norte. O desvendamento deste objeto teve como caminho metodológico a análise das principais transformações que ocorrem no âmbito do Mercado, do Estado e da Sociedade Civil na atualidade. Dessa forma, partimos do pressuposto que as transformações do capital tem forjado determinações para a atuação dos intelectuais do trabalho, de forma que a ordem burguesa madura, tem construído novas formas de assimilação destes intelectuais, através de uma estratégia transformista. Foi-nos evidenciado na pesquisa, que o fenômeno do transformismo se situa no interior dos embates de projetos hegemônicos na sociedade brasileira, e ocorre de forma molecular sobre os intelectuais do trabalho, no conteúdo dos programas de reforma agrária, na precarização do trabalho experimentada pelos intelectuais e na fetichização da parceria Estado/sociedade civil, presente na visão de mundo dos entrevistados. O transformismo como assimilação dos intelectuais do trabalho ganha relevo diante do processo de identificamos na pesquisa como reatualização da modernização conservadora, a qual aponta continuidades e rupturas em relação ao processo que ocorre no meio rural brasileiro a partir de 1964. A ofensiva transformista expressa-se também na tentativa de substituição da função histórica do intelectual do trabalho pela figura do mediador , movimento que reivindica novas formas de atuação para intelectuais do trabalho no contexto contemporâneo. A análise da ampliação do fenômeno da mediação e dos mediadores nos indica em verdade uma forma de assimilação dos intelectuais do trabalho, forjada pelos setores burgueses filiados em uma tradição liberal conservadora, que, desintegrando a idéia de classes sociais e de suas contradições imanentes, objetiva destituir o intelectual do trabalho e capturá-lo para fortalecer a hegemonia dominante
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Dessa forma, partimos do pressuposto que as transformações do capital tem forjado determinações para a atuação dos intelectuais do trabalho, de forma que a ordem burguesa madura, tem construído novas formas de assimilação destes intelectuais, através de uma estratégia transformista. Foi-nos evidenciado na pesquisa, que o fenômeno do transformismo se situa no interior dos embates de projetos hegemônicos na sociedade brasileira, e ocorre de forma molecular sobre os intelectuais do trabalho, no conteúdo dos programas de reforma agrária, na precarização do trabalho experimentada pelos intelectuais e na fetichização da parceria Estado/sociedade civil, presente na visão de mundo dos entrevistados. O transformismo como assimilação dos intelectuais do trabalho ganha relevo diante do processo de identificamos na pesquisa como reatualização da modernização conservadora, a qual aponta continuidades e rupturas em relação ao processo que ocorre no meio rural brasileiro a partir de 1964. A ofensiva transformista expressa-se também na tentativa de substituição da função histórica do intelectual do trabalho pela figura do mediador , movimento que reivindica novas formas de atuação para intelectuais do trabalho no contexto contemporâneo. A análise da ampliação do fenômeno da mediação e dos mediadores nos indica em verdade uma forma de assimilação dos intelectuais do trabalho, forjada pelos setores burgueses filiados em uma tradição liberal conservadora, que, desintegrando a idéia de classes sociais e de suas contradições imanentes, objetiva destituir o intelectual do trabalho e capturá-lo para fortalecer a hegemonia dominanteUniversidade Federal do Rio Grande do NorteporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessIntelectuaisCapitalismo contemporâneoTransformismoOs determinantes da atuação dos intelectuais do trabalho no capitalismo contemporâneoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo294_1.pdf.jpgarquivo294_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1140https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9261/4/arquivo294_1.pdf.jpg51b67345928b75ff790bcfddd7456bdfMD54ORIGINALarquivo294_1.pdfapplication/pdf1801064https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9261/1/arquivo294_1.pdf075a6547884d4eb294c971bb979d2316MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9261/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo294_1.pdf.txtarquivo294_1.pdf.txtExtracted texttext/plain680324https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9261/3/arquivo294_1.pdf.txt6f0b26ad490d13166ea2a181ad472634MD53123456789/92612019-10-25 06:33:45.6oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9261Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T09:33:45Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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