Dispersão do intervalo QT na cardite reumática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7161 |
Resumo: | Apesar da denominação francesa Reumatismo articular agudo enfatizar o envolvimento articular, é no acometimento cardíaco que residem as maiores morbimortalidades da doença reumática. Única manifestação da doença que pode ser fatal na fase aguda e produzir seqüelas permanentes, a cardite reumática permanece bastante prevalente nos países economicamente menos favorecidos. Para o diagnóstico clínico do envolvimento cardíaco na doença reumática aguda permanece de valor o eletrocardiograma. São muitos os achados eletrocardiográficos no decorrer da doença, porém, nem sempre fornecem subsídios para o reconhecimento do componente cardíaco. Compreende-se então, o interesse em buscar novos dados ao Eletrocardiograma mais sensíveis e específicos da doença. A dispersão do intervalo QT, provável medida da pouca homogeneidade da repolarização ventricular, definida como a diferença entre o maior e o menor intervalo QT nas doze derivações, tem sido motivo de pesquisa em vários estudos. O aumento da dispersão do intervalo QT parece ter significado prognóstico importante, mostrando-se preditor independente de mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio e com insuficiência cardíaca. Até a presente data, não parece haver estudos que correlacionem a Dispersão do QT com a presença de cardite reumática. No Brasil, especialmente nas regiões mais carentes, a doença reumática ainda constitui problema de Saúde Pública, de maneira que é válida a pesquisa de novos índices diagnósticos, de gravidade e do prognóstico da doença. Neste estudo, comparou-se características eletrocardiográficas, particularmente a dispersão do QT em pacientes com e sem cardite reumática em pacientes internados em primeiro acometimento cardíaco internados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e no Instituto Materno Infantil de Pernambuco. Foram avaliadas 66 crianças, metade com cardite, no período de Julho a dezembro de 2003. As crianças com cardite preencheram os critérios de inclusão no estudo: afecção aguda da doença reumática, através dos critérios de Jones e em primeiro surto de cardite. O eletrocardiograma foi realizado no primeiro dia de internamento hospitalar. Foram excluídas as crianças com uso de medicações e com distúrbios metabólicos que pudessem alterar a dispersão do intervalo QT. No grupo de comparação, crianças portadoras de quaisquer cardiopatias também foram excluídas. A idade média e a distribuição segundo o sexo foi similar nos dois grupos de estudos. A valvulopatia mais encontrada nas crianças com cardite foi a insuficiência mitral isolada e quase metade se encontrava em insuficiência cardíaca. Quanto à gravidade, como os hospitais participantes da pesquisa são centros de referência, 66,7% foram agrupadas em moderadas ou graves. Mesmo com valores de QTc significativamente maiores do que no grupo de comparação (p<0,01), a normalidade do QTc foi encontrada em 84,8% dos pacientes com cardite. A dispersão do intervalo QT foi significativamente maior no grupo com cardite do que no grupo de comparação (p<0,0001). Quando se tentou correlacionar os valores de dispersão do intervalo QT com as variáveis: índice cardiotorácico, gravidade de cardite, tipo de valvulopatia encontrada e QTc, não houve significância estatística. De acordo com os resultados, a dispersão do intervalo QT parece ter alta especificidade e valor preditivo positivo para predizer a presença de cardite. Estudos prospectivos e controlados, com maior casuística são necessários para confirmar estes achados |
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São muitos os achados eletrocardiográficos no decorrer da doença, porém, nem sempre fornecem subsídios para o reconhecimento do componente cardíaco. Compreende-se então, o interesse em buscar novos dados ao Eletrocardiograma mais sensíveis e específicos da doença. A dispersão do intervalo QT, provável medida da pouca homogeneidade da repolarização ventricular, definida como a diferença entre o maior e o menor intervalo QT nas doze derivações, tem sido motivo de pesquisa em vários estudos. O aumento da dispersão do intervalo QT parece ter significado prognóstico importante, mostrando-se preditor independente de mortalidade em pacientes com infarto agudo do miocárdio e com insuficiência cardíaca. Até a presente data, não parece haver estudos que correlacionem a Dispersão do QT com a presença de cardite reumática. No Brasil, especialmente nas regiões mais carentes, a doença reumática ainda constitui problema de Saúde Pública, de maneira que é válida a pesquisa de novos índices diagnósticos, de gravidade e do prognóstico da doença. Neste estudo, comparou-se características eletrocardiográficas, particularmente a dispersão do QT em pacientes com e sem cardite reumática em pacientes internados em primeiro acometimento cardíaco internados no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco e no Instituto Materno Infantil de Pernambuco. Foram avaliadas 66 crianças, metade com cardite, no período de Julho a dezembro de 2003. As crianças com cardite preencheram os critérios de inclusão no estudo: afecção aguda da doença reumática, através dos critérios de Jones e em primeiro surto de cardite. O eletrocardiograma foi realizado no primeiro dia de internamento hospitalar. Foram excluídas as crianças com uso de medicações e com distúrbios metabólicos que pudessem alterar a dispersão do intervalo QT. No grupo de comparação, crianças portadoras de quaisquer cardiopatias também foram excluídas. A idade média e a distribuição segundo o sexo foi similar nos dois grupos de estudos. A valvulopatia mais encontrada nas crianças com cardite foi a insuficiência mitral isolada e quase metade se encontrava em insuficiência cardíaca. Quanto à gravidade, como os hospitais participantes da pesquisa são centros de referência, 66,7% foram agrupadas em moderadas ou graves. Mesmo com valores de QTc significativamente maiores do que no grupo de comparação (p<0,01), a normalidade do QTc foi encontrada em 84,8% dos pacientes com cardite. A dispersão do intervalo QT foi significativamente maior no grupo com cardite do que no grupo de comparação (p<0,0001). 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Estudos prospectivos e controlados, com maior casuística são necessários para confirmar estes achadosporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessReumatismo Articular AgudoCardite ReumáticaDispersão do intervalo QT na cardite reumáticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo8002_1.pdf.jpgarquivo8002_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1439https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7161/4/arquivo8002_1.pdf.jpge2ed12a2297d16b94577138dd5f58165MD54ORIGINALarquivo8002_1.pdfapplication/pdf655863https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7161/1/arquivo8002_1.pdf5a052230914ceda4016ea7661120c5e3MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7161/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo8002_1.pdf.txtarquivo8002_1.pdf.txtExtracted texttext/plain81469https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/7161/3/arquivo8002_1.pdf.txta5668473a702aa0fa2c2c66f868357bcMD53123456789/71612019-10-25 14:30:32.115oai:repositorio.ufpe.br:123456789/7161Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T17:30:32Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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