Interioridade virada do avesso : um estudo genealógico das imagens-neuro do cinema contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RODRIGUES, Isadora Meneses
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46563
Resumo: A tese investiga certa tendência do cinema contemporâneo de formar paisagens mentais por meio de referências ao cérebro dos personagens, estruturando o regime das imagens-neuro (PISTERS, 2012). Desconfiando do diagnóstico que trata esse fenômeno como um efeito do cruzamento da neurociência com o atual ecossistema de mídias digitais, a pesquisa quer saber quais outras forças tornaram possível a emergência desse modo de subjetivação somática nos filmes recentes. Auxiliados pela pesquisa de Fernando Vidal e Francisco Ortega (2019) sobre o sujeito cerebral, pelos estudo de Jonathan Crary (2012) sobre o nascimento do observador corporificado, e nos valendo do método genealógico de Michel Foucault (1998), partimos do pressuposto de que a ascensão das imagens-neuro dependeu da construção histórica da função ontológica do cérebro, em que o órgão deixa de ser percebido apenas como uma parte do corpo e passa a ser reconhecido como o reduto fisiológico da identidade pessoal. Em nossa análise, mostramos como o próprio cinema foi um instrumento na conformação desse saber cerebral sobre a pessoa humana, tendo feito isso por meio da articulação de três figuras fílmicas ao longo de todo o século XX: o rosto nervoso, que encarna o pensamento dos personagens; a topografia neuroanatômica, em que paisagens mentais são formadas mediante o reconhecimento das habilidades espaciais do órgão; e o cérebro-máquina, em que a intromissão tecnológica na carne cerebral permite a externalização e reprogramação da mente. A tese destaca três obras no exame de cada uma dessas figuras: La Glace à trois face (1927, Jean Epstein), Je t’aime je t’aime (1968, Alain Resnais) e Possessor (2020, Brandon Cronenberg). Ao apontar isso, não pretendemos defender que os filmes articulam, necessariamente, uma visão redutora do sujeito, mas que o cerebralismo está sempre em jogo nas imagens-neuro.
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spelling RODRIGUES, Isadora Meneseshttp://lattes.cnpq.br/7737061468124901http://lattes.cnpq.br/0263456536361820CARREIRO, Rodrigo Octavio D’Azevedo2022-09-19T14:13:49Z2022-09-19T14:13:49Z2022-05-12RODRIGUES, Isadora Meneses. Interioridade virada do avesso: um estudo genealógico das imagens-neuro do cinema contemporâneo. 2022. Tese (Doutorado em Comunicação) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46563A tese investiga certa tendência do cinema contemporâneo de formar paisagens mentais por meio de referências ao cérebro dos personagens, estruturando o regime das imagens-neuro (PISTERS, 2012). Desconfiando do diagnóstico que trata esse fenômeno como um efeito do cruzamento da neurociência com o atual ecossistema de mídias digitais, a pesquisa quer saber quais outras forças tornaram possível a emergência desse modo de subjetivação somática nos filmes recentes. Auxiliados pela pesquisa de Fernando Vidal e Francisco Ortega (2019) sobre o sujeito cerebral, pelos estudo de Jonathan Crary (2012) sobre o nascimento do observador corporificado, e nos valendo do método genealógico de Michel Foucault (1998), partimos do pressuposto de que a ascensão das imagens-neuro dependeu da construção histórica da função ontológica do cérebro, em que o órgão deixa de ser percebido apenas como uma parte do corpo e passa a ser reconhecido como o reduto fisiológico da identidade pessoal. Em nossa análise, mostramos como o próprio cinema foi um instrumento na conformação desse saber cerebral sobre a pessoa humana, tendo feito isso por meio da articulação de três figuras fílmicas ao longo de todo o século XX: o rosto nervoso, que encarna o pensamento dos personagens; a topografia neuroanatômica, em que paisagens mentais são formadas mediante o reconhecimento das habilidades espaciais do órgão; e o cérebro-máquina, em que a intromissão tecnológica na carne cerebral permite a externalização e reprogramação da mente. A tese destaca três obras no exame de cada uma dessas figuras: La Glace à trois face (1927, Jean Epstein), Je t’aime je t’aime (1968, Alain Resnais) e Possessor (2020, Brandon Cronenberg). Ao apontar isso, não pretendemos defender que os filmes articulam, necessariamente, uma visão redutora do sujeito, mas que o cerebralismo está sempre em jogo nas imagens-neuro.FACEPEThis thesis investigates a certain tendency of contemporary cinema to form mindscapes through references to the characters' brain, structuring the regime of neuro-images (PISTERS, 2012). Challenging the diagnosis that sees this phenomenon as an effect of the intersection between neuroscience and the current ecosystem of digital media, we investigate what other forces have made possible the emergence of this somatic mode of subjectivation in recent films. Supported by Vidal and Ortega's (2019) research on the cerebral subject, by Crary's (2012) study on the rise of the embodied viewer, and making use of Foucault's (1998) genealogical method, we assume that the rise of neuro-images has depended on the historical construction of the ontological function of the brain, in which the organ is no longer seen only as a part of the body but is now recognized as the physiological stronghold of personal identity. Our findings show that cinema itself was instrumental in the conformation of this cerebral knowledge about the human being, having done this through the articulation of three filmic figures throughout the 20th century: the nervous face, which embodies the characters' thoughts; the neuroanatomical topography, in which mental landscapes are formed by the recognition of the spatial abilities of the nervous system; and the brain-machine, in which the technological intrusion in the organ allows the externalization and reprogramming of the mind. The thesis highlights three works in examining each of these figures: La Glace à trois face (1927, Jean Epstein), Je t'aime je t'aime (1968, Alain Resnais), and Possessor (2020, Brandon Cronenberg).By pointing this out, we don't mean to say that the films necessarily articulate a reductive vision of the subject, but that cerebralism is always articulated in the neuro-images.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em ComunicacaoUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessImagem-neuroSujeito cerebralCinema e subjetividadeCultura somáticaHistória do cinemaInterioridade virada do avesso : um estudo genealógico das imagens-neuro do cinema contemporâneoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Isadora Meneses Rodrigues.pdf.txtTESE Isadora Meneses Rodrigues.pdf.txtExtracted texttext/plain515550https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46563/4/TESE%20Isadora%20Meneses%20Rodrigues.pdf.txtaaf2a4a1ee62c13ce8492f5598eb55d9MD54THUMBNAILTESE Isadora Meneses Rodrigues.pdf.jpgTESE Isadora Meneses Rodrigues.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1222https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/46563/5/TESE%20Isadora%20Meneses%20Rodrigues.pdf.jpg414afad471ef7dc5f8d7c10e45421c8aMD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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