O processo de filtração em margem e um estudo de caso no rio Beberibe
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4948 |
Resumo: | Suprimento de água potável tornou-se um ponto de discussão de grande importância nos últimos séculos, atrelado aos novos meios de vida urbana e a demanda crescente por água precisa ser atendida a baixo custo e de forma permanente com garantia de qualidade. O problema de poluição dos mananciais superficiais vem piorando, principalmente nos casos de cursos d água que atravessam áreas urbanas ou atravessam áreas de agricultura intensiva com uso de agroquímicos. Vários países buscam tecnologias para um melhor gerenciamento do problema de água, tanto para um melhor aproveitamento das fontes hídricas e formas de armazenamento, como também tecnologias de tratamento para garantir a qualidade mínima necessária para cada uso. A técnica denominada Filtração em Margem tem uso crescente em todo o mundo, e vem recentemente sendo discutida no Brasil. Na filtração em margem, cria-se uma diferença na carga hidráulica entre o rio e o aquífero, induzida pelo bombeamento de poços locados próximos às margens do rio. A água superficial fluirá através do meio poroso para os poços de bombeamento. A água captada é na verdade uma mistura de água subterrânea e de água superficial. No mínimo a técnica serve como pré-tratamento na produção de água potável. Nesta tecnologia, patogênicos microbianos, organismos fecais, e outras substâncias são removidas pelos processos físico, químico e biológicos existentes na percolação da água superficial através do aqüífero, sendo um processo de atenuação natural. O presente trabalho abordou a aplicação dessa tecnologia, incipiente no Brasil, incluindo a implantação de um projeto piloto nas margens do rio Beberibe, o monitoramento e a avaliação do processo. A área de estudo situa-se no terreno da Estação Elevatória de Caixa d Água, pertencente a Compesa, em Olinda. No local foram instalados um poço de produção e cinco poços de observações. O trabalho de campo durou um pouco mais de dois anos, incluindo o levantamento de campo para escolha da área, as sondagens geológicas do local escolhido, o projeto e a construção do poço de produção, a instalação da bomba e o monitoramento. A última fase do experimento com poço de produção realizou-se bombeando ininterruptamente uma vazão de cerca de 12.500 L/hora, os níveis estabilizaram o que indica uma boa recarga induzida no aquífero. Para caracterização hidrogeológica do aquífero foram realizados os testes Slug e Bail- Down nos cinco poços de observação encontrando-se o valor médio de 1,5e-05 m/s, para a condutividade hidráulica. Já para o teste de aquífero foi obtido um valor aproximado de 3,0e-04 m/s. O teste de aquífero realizado indicou que a partir de certo instante, aproximadamente 80 minutos, surge um novo aporte de água demonstrando que o cone de rebaixamento atingiu uma nova fonte hídrica. Dois mapas potenciométricos foram traçados com informações antes e após o início do bombeamento. Entre os valores observados para os parâmetros de qualidade da água do rio Beberibe apresentaram-se fora dos padrões os de coliformes totais, Escherichia Coli, turbidez, sólidos totais dissolvidos, e amônia. No entanto, os parâmetros analisados da água do poço de produção estiveram todos dentro dos padrões de potabilidade, comprovando a eficácia dos processos físicos e bioquímicos das margens. Para os metais, os valores observados de ferro, manganês, zinco, níquel, cobre e cromo obtidos no poço também foram reduzidos em relação aos do rio Beberibe |
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Luiz Ribeiro de Paiva, AndersonJoaquim da Silva Pereira Cabral, Jaime 2014-06-12T17:35:06Z2014-06-12T17:35:06Z2009-01-31Luiz Ribeiro de Paiva, Anderson; Joaquim da Silva Pereira Cabral, Jaime. O processo de filtração em margem e um estudo de caso no rio Beberibe. 2009. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4948Suprimento de água potável tornou-se um ponto de discussão de grande importância nos últimos séculos, atrelado aos novos meios de vida urbana e a demanda crescente por água precisa ser atendida a baixo custo e de forma permanente com garantia de qualidade. O problema de poluição dos mananciais superficiais vem piorando, principalmente nos casos de cursos d água que atravessam áreas urbanas ou atravessam áreas de agricultura intensiva com uso de agroquímicos. Vários países buscam tecnologias para um melhor gerenciamento do problema de água, tanto para um melhor aproveitamento das fontes hídricas e formas de armazenamento, como também tecnologias de tratamento para garantir a qualidade mínima necessária para cada uso. A técnica denominada Filtração em Margem tem uso crescente em todo o mundo, e vem recentemente sendo discutida no Brasil. Na filtração em margem, cria-se uma diferença na carga hidráulica entre o rio e o aquífero, induzida pelo bombeamento de poços locados próximos às margens do rio. A água superficial fluirá através do meio poroso para os poços de bombeamento. A água captada é na verdade uma mistura de água subterrânea e de água superficial. No mínimo a técnica serve como pré-tratamento na produção de água potável. Nesta tecnologia, patogênicos microbianos, organismos fecais, e outras substâncias são removidas pelos processos físico, químico e biológicos existentes na percolação da água superficial através do aqüífero, sendo um processo de atenuação natural. O presente trabalho abordou a aplicação dessa tecnologia, incipiente no Brasil, incluindo a implantação de um projeto piloto nas margens do rio Beberibe, o monitoramento e a avaliação do processo. A área de estudo situa-se no terreno da Estação Elevatória de Caixa d Água, pertencente a Compesa, em Olinda. No local foram instalados um poço de produção e cinco poços de observações. O trabalho de campo durou um pouco mais de dois anos, incluindo o levantamento de campo para escolha da área, as sondagens geológicas do local escolhido, o projeto e a construção do poço de produção, a instalação da bomba e o monitoramento. A última fase do experimento com poço de produção realizou-se bombeando ininterruptamente uma vazão de cerca de 12.500 L/hora, os níveis estabilizaram o que indica uma boa recarga induzida no aquífero. Para caracterização hidrogeológica do aquífero foram realizados os testes Slug e Bail- Down nos cinco poços de observação encontrando-se o valor médio de 1,5e-05 m/s, para a condutividade hidráulica. Já para o teste de aquífero foi obtido um valor aproximado de 3,0e-04 m/s. O teste de aquífero realizado indicou que a partir de certo instante, aproximadamente 80 minutos, surge um novo aporte de água demonstrando que o cone de rebaixamento atingiu uma nova fonte hídrica. Dois mapas potenciométricos foram traçados com informações antes e após o início do bombeamento. Entre os valores observados para os parâmetros de qualidade da água do rio Beberibe apresentaram-se fora dos padrões os de coliformes totais, Escherichia Coli, turbidez, sólidos totais dissolvidos, e amônia. 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Para os metais, os valores observados de ferro, manganês, zinco, níquel, cobre e cromo obtidos no poço também foram reduzidos em relação aos do rio BeberibeConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFiltração em margemRio BeberibeTratamento de águaO processo de filtração em margem e um estudo de caso no rio Beberibeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo2211_1.pdf.jpgarquivo2211_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1447https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4948/4/arquivo2211_1.pdf.jpg1fb4ef5c3fbae5ef62592e6bb46692ceMD54ORIGINALarquivo2211_1.pdfapplication/pdf8876970https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4948/1/arquivo2211_1.pdf4577f947db35b1bc2f7fc359ba9d5f1fMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4948/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo2211_1.pdf.txtarquivo2211_1.pdf.txtExtracted texttext/plain262780https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/4948/3/arquivo2211_1.pdf.txtf2aa6d6d357ee63992de2ac877e35fcbMD53123456789/49482019-10-25 03:25:04.816oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4948Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T06:25:04Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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