Descrição do pronome clítico 'me' em cartas pessoais de duas regiões nordestinas : o uso no recôncavo da Bahia e no Sertão do Pajeú
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Data de Publicação: | 2022 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49276 |
Resumo: | Esta pesquisa tem como objetivo a descrição do comportamento sintático-discursivo do pronome clítico me em cartas pessoais do nordeste do Brasil, mais especificamente no Recôncavo da Bahia e no Sertão de Pernambuco. O corpus da localidade de Pernambuco é composto por 120 cartas, datadas entre 1956 e 1977, já o material da Bahia possui 99 missivas, escritas entre 1911 e 1958. Com o intuito de repensar as propriedades semânticas e sintáticas já descritas da utilização do me, empregamos um estudo que abarca as descrições das funções desempenhadas por este pronome em gramáticas tradicionais, descritivas e estudos linguísticos, juntamente, com a análise das múltiplas funcionalidades do pronome me. O trabalho toma como base as pesquisas funcionalistas e teoria de valências e foi realizado partindo do pressuposto de que o clítico me, comumente classificado como objeto direto e indireto pela GT, possui funções para além daquelas descritas em algumas gramáticas, que o categorizam de maneira insuficiente. Para isso, utilizamos Halliday e Matthiessen (2014), Fuzer e Cabral (2014), Neves (2012) e Hopper e Thompson (1980), e, da Teoria da Gramática de Valência, abordada em Welker (2005), Rodrigues (2007), Perini (2007) e Neves (2000). Dessa maneira, temos a finalidade de ampliar os estudos dessa partícula e tentar entender o seu funcionamento, a partir dos usos nas cartas mencionadas. Como metodologia da análise, analisamos os usos do pronome me, descrevendo suas classificações e descrições dadas ao clítico me, assim como analisamos de que maneira as funções exercidas pelo me interferem na colocação pronominal nos dados das duas regiões. A partir das análises, observamos que o clítico me cumpre com outras funções sintático-discursivas, como partículas discursivas, que não são contempladas nas gramáticas tradicionais e descritivas analisadas nesse trabalho, como Bechara (2009), Cegalla (2008), Azeredo (2000) e Cunha e Cintra (2017). E nas descritivas: Neves (2000) e Perini (2017). Como resultado, encontramos em ambos os corpora as funções: dativo de interesse, acusativa e reflexiva. No material da Bahia encontramos as funções: dativo de posse e dativo ético, esse último com a singularidade de ser uma partícula discursiva e em 47,1% dos contextos tínhamos dativo de interesse. Já no material do Sertão, grande parte dos resultados, 44,4%, apresentavam a função reflexiva. Em relação à colocação pronominal, em ambos os materiais analisamos que, independentemente da função desempenhada, temos a crescente da próclise, de maneira generalizada, que representa em média 67,7% das colocações do me nos corpora. |
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NASCIMENTO, Tais Siqueira dohttp://lattes.cnpq.br/8882888345839873http://lattes.cnpq.br/9266986050884432SIBALDO, Marcelo Amorim2023-03-07T15:16:56Z2023-03-07T15:16:56Z2022-08-31NASCIMENTO, Tais Siqueira do. Descrição do pronome clítico 'me' em cartas pessoais de duas regiões nordestinas: o uso no recôncavo da Bahia e no Sertão do Pajeú. 2022. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49276ark:/64986/001300000br9wEsta pesquisa tem como objetivo a descrição do comportamento sintático-discursivo do pronome clítico me em cartas pessoais do nordeste do Brasil, mais especificamente no Recôncavo da Bahia e no Sertão de Pernambuco. O corpus da localidade de Pernambuco é composto por 120 cartas, datadas entre 1956 e 1977, já o material da Bahia possui 99 missivas, escritas entre 1911 e 1958. Com o intuito de repensar as propriedades semânticas e sintáticas já descritas da utilização do me, empregamos um estudo que abarca as descrições das funções desempenhadas por este pronome em gramáticas tradicionais, descritivas e estudos linguísticos, juntamente, com a análise das múltiplas funcionalidades do pronome me. O trabalho toma como base as pesquisas funcionalistas e teoria de valências e foi realizado partindo do pressuposto de que o clítico me, comumente classificado como objeto direto e indireto pela GT, possui funções para além daquelas descritas em algumas gramáticas, que o categorizam de maneira insuficiente. Para isso, utilizamos Halliday e Matthiessen (2014), Fuzer e Cabral (2014), Neves (2012) e Hopper e Thompson (1980), e, da Teoria da Gramática de Valência, abordada em Welker (2005), Rodrigues (2007), Perini (2007) e Neves (2000). Dessa maneira, temos a finalidade de ampliar os estudos dessa partícula e tentar entender o seu funcionamento, a partir dos usos nas cartas mencionadas. Como metodologia da análise, analisamos os usos do pronome me, descrevendo suas classificações e descrições dadas ao clítico me, assim como analisamos de que maneira as funções exercidas pelo me interferem na colocação pronominal nos dados das duas regiões. A partir das análises, observamos que o clítico me cumpre com outras funções sintático-discursivas, como partículas discursivas, que não são contempladas nas gramáticas tradicionais e descritivas analisadas nesse trabalho, como Bechara (2009), Cegalla (2008), Azeredo (2000) e Cunha e Cintra (2017). E nas descritivas: Neves (2000) e Perini (2017). Como resultado, encontramos em ambos os corpora as funções: dativo de interesse, acusativa e reflexiva. No material da Bahia encontramos as funções: dativo de posse e dativo ético, esse último com a singularidade de ser uma partícula discursiva e em 47,1% dos contextos tínhamos dativo de interesse. Já no material do Sertão, grande parte dos resultados, 44,4%, apresentavam a função reflexiva. Em relação à colocação pronominal, em ambos os materiais analisamos que, independentemente da função desempenhada, temos a crescente da próclise, de maneira generalizada, que representa em média 67,7% das colocações do me nos corpora.CNPqThis research aims to describe the syntactic-discourse behavior of the clitic pronoun me in personal letters from northeastern Brazil, more specifically from Recôncavo da Bahia and Sertão de Pernambuco. The corpus from Pernambuco consists of 120 letters, dated between 1956 and 1977, while the material from Bahia has 99 letters, written between 1911 and 1958. In order to rethink the semantic and syntactic properties already described of the use of me, we employed a study that encompasses the descriptions of the functions performed by this pronoun in traditional grammars, descriptive and linguistic studies, along with the analysis of the multiple functionalities of the pronoun me. The work is based on functionalist research and valence theory and was conducted under the assumption that the clitic me, commonly classified as direct and indirect object by GT, has functions beyond those described in some grammars, which categorize it insufficiently. For this, we used Halliday and Matthiessen (2014), Fuzer and Cabral (2014), Neves (2012) and Hopper and Thompson (1980), and, from Valency Grammar Theory, addressed in Welker (2005), Rodrigues (2007), Perini (2007) and Neves (2000). In this way, we aim to expand the studies of this particle and try to understand its functioning, based on the uses in the letters mentioned. As methodology of analysis, we analyze the uses of the pronoun me, describing its classifications and descriptions given to the clitic me, as well as analyze how the functions performed by me interfere in the pronominal placement in the data of the two regions. From the analyses, we observed that the clitic me fulfills other syntactic-discourse functions, as discourse particles, which are not contemplated in the traditional and descriptive grammars analyzed in this work, such as Bechara (2009), Cegalla (2008), Azeredo (2000) and Cunha and Cintra (2017). And in the descriptive ones: Neves (2000) and Perini (2017). As a result, we found in both corpora the functions: dative of interest, accusative and reflexive. In the material from Bahia we found the functions: dative of possession and ethical dative, the latter with the singularity of being a discourse particle and in 47.1% of the contexts we had dative of interest. In the material from Sertão, a large part of the results, 44.4%, presented the reflexive function. In relation to pronominal placement, in both materials we analyzed that, regardless of the function performed, we have the increasing of proclisis, in a generalized way, which represents an average of 67.7% of the me collocations in the corpora.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessLinguísticaPronome clítico meFuncionalidade - pronomePropriedade semântica - pronome meDescrição do pronome clítico 'me' em cartas pessoais de duas regiões nordestinas : o uso no recôncavo da Bahia e no Sertão do Pajeúinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Tais Siqueira do Nascimento.pdfDISSERTAÇÃO Tais Siqueira do Nascimento.pdfapplication/pdf638780https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49276/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Tais%20Siqueira%20do%20Nascimento.pdfe764f7c68bc312345aa172f35b6d5601MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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