Alterações na percepção visual de forma e tamanho em pacientes com esquizofrenia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MODESTO, Fernanda Santos Fragoso
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11099
Resumo: Atualmente, a esquizofrenia se destaca por ser uma das doenças mentais mais graves que se tem conhecimento. As alterações na sensopercepção, como as alucinações visuais, estão entre seus sintomas mais característicos. Por exercer um papel fundamental no comportamento humano, a percepção tem sido alvo de diversas pesquisas, incluindo aquelas realizadas com pacientes esquizofrênicos. O presente estudo teve como objetivo avaliar possíveis alterações na percepção visual de forma e tamanho em pacientes portadores de esquizofrenia utilizando como indicadores estímulos visuais complexos. O estudo contou com a participação de 67 voluntários, de ambos os sexos, que foram divididos em três grupos. O primeiro deles foi composto por 29 pacientes esquizofrênicos medicados internos do Hospital Portugal Ramalho, que compuseram o Grupo Experimental do Hospital (GEH). No segundo grupo participaram 16 pacientes esquizofrênicos medicados presentes nos CAPS Casa Verde e Maria Salete da Silva, que fizeram parte do Grupo Experimental dos CAPS (GEC). Já o Grupo Controle (GC) foi composto por 22 participantes que não possuíam histórico de transtornos psiquiátricos. Para o experimento foram utilizados 24 quadros de Salvador Dalí, 15 quadros de Bev Doolittle e 10 pranchas de Rorschach, todos no tamanho 10 x 15 cm. As figuras foram apresentadas uma de cada vez, sem limites de tempo para a observação, a uma distância de 30 cm do olho do observador (medida através de uma régua de 30 cm). Os participantes foram instruídos a circular a primeira figura que ele viu. Na sequência, o próprio participante circulava a figura com um marcador permanente. Após essa primeira fase, o pesquisador mediu as figuras circuladas em cada quadro em centímetros, e posteriormente as transformou em grau de ângulo visual para a análise estatística, utilizando a fórmula matemática a seguir: Tang a = Tamanho da figura (cm) / Distância do observador (30 cm). Ao comparar GEH ao GC, os resultados indicaram diferença estatisticamente significante para todas as categorias de estímulos. Assim, obteve-se: Dalí [(F23, 1288) = 6.199, p < 0.0000]; Bev [(F14, 784) = 3.8769, p < 0.0000]; e Rorschach [(F9, 504) = 4.5471, p < 0.0000]. Da mesma forma, os resultados da análise entre o GC e o GEC também apresentaram diferenças estatísticas significativas para todas as categorias: Dalí (F23, 966) = 3.4074, p < 0.0000; Bev (F14, 588) = 2.8021, p < 0.0004; e Rorschach (F9, 378) = 4.7101, p < 0.0000. Esses resultados sugerem a existência de alterações na percepção visual em pacientes com esquizofrenia na medida em que demonstram que esses pacientes percebem figuras que possuem ângulos visuais maiores quando comparados a participantes saudáveis, o que pode indicar uma disfunção nas vias visuais que processam objetos pequenos.
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O presente estudo teve como objetivo avaliar possíveis alterações na percepção visual de forma e tamanho em pacientes portadores de esquizofrenia utilizando como indicadores estímulos visuais complexos. O estudo contou com a participação de 67 voluntários, de ambos os sexos, que foram divididos em três grupos. O primeiro deles foi composto por 29 pacientes esquizofrênicos medicados internos do Hospital Portugal Ramalho, que compuseram o Grupo Experimental do Hospital (GEH). No segundo grupo participaram 16 pacientes esquizofrênicos medicados presentes nos CAPS Casa Verde e Maria Salete da Silva, que fizeram parte do Grupo Experimental dos CAPS (GEC). Já o Grupo Controle (GC) foi composto por 22 participantes que não possuíam histórico de transtornos psiquiátricos. Para o experimento foram utilizados 24 quadros de Salvador Dalí, 15 quadros de Bev Doolittle e 10 pranchas de Rorschach, todos no tamanho 10 x 15 cm. As figuras foram apresentadas uma de cada vez, sem limites de tempo para a observação, a uma distância de 30 cm do olho do observador (medida através de uma régua de 30 cm). Os participantes foram instruídos a circular a primeira figura que ele viu. Na sequência, o próprio participante circulava a figura com um marcador permanente. Após essa primeira fase, o pesquisador mediu as figuras circuladas em cada quadro em centímetros, e posteriormente as transformou em grau de ângulo visual para a análise estatística, utilizando a fórmula matemática a seguir: Tang a = Tamanho da figura (cm) / Distância do observador (30 cm). Ao comparar GEH ao GC, os resultados indicaram diferença estatisticamente significante para todas as categorias de estímulos. Assim, obteve-se: Dalí [(F23, 1288) = 6.199, p < 0.0000]; Bev [(F14, 784) = 3.8769, p < 0.0000]; e Rorschach [(F9, 504) = 4.5471, p < 0.0000]. Da mesma forma, os resultados da análise entre o GC e o GEC também apresentaram diferenças estatísticas significativas para todas as categorias: Dalí (F23, 966) = 3.4074, p < 0.0000; Bev (F14, 588) = 2.8021, p < 0.0004; e Rorschach (F9, 378) = 4.7101, p < 0.0000. Esses resultados sugerem a existência de alterações na percepção visual em pacientes com esquizofrenia na medida em que demonstram que esses pacientes percebem figuras que possuem ângulos visuais maiores quando comparados a participantes saudáveis, o que pode indicar uma disfunção nas vias visuais que processam objetos pequenos.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEsquizofreniaPercepção visualSalvador DalíBev DoolittleRorschachAlterações na percepção visual de forma e tamanho em pacientes com esquizofreniainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILdissertação fernanda pdf.pdf.jpgdissertação fernanda pdf.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1073https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11099/5/disserta%c3%a7%c3%a3o%20fernanda%20pdf.pdf.jpg41909f0620a0a690519290274ee040f4MD55ORIGINALdissertação fernanda pdf.pdfdissertação fernanda pdf.pdfapplication/pdf4185078https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/11099/1/disserta%c3%a7%c3%a3o%20fernanda%20pdf.pdf51fab7d309f422168160be278eb84544MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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