Investigando a ecolalia no autismo: há possibilidade de um novo olhar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: REGO, Fabiana Lins Browne
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000rqqc
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18489
Resumo: Embora a aquisição da linguagem tenha sido um campo de elaboração teórica e investigação empírica bastante profícuo, sobretudo a partir dos meados do século passado, ainda são reduzidas as investigações acerca da singularidade e vicissitudes da linguagem de crianças que apresentam um obstáculo no seu percurso linguístico. Atualmente, pesquisas empíricas realizadas em torno da questão da linguagem do autista, em sua maioria, priorizam em seus resultados a perpetuação de um fechamento da mesma num registro não significativo, não simbólico e não comunicativo. Os estudos que exploram especificamente a ecolalia têm enfatizado os aspectos descritivos, conceituais ou nosográficos. Entretanto, a atividade clínica com crianças autistas nos mostra que essas apresentam uma relação singular com a linguagem a qual é ainda pouco destacada pelos modelos teóricos vigentes. A partir destas considerações, baseando-se nos marcos teóricos da Psicanálise e do estruturalismo linguístico ressignificados por Cláudia Lemos, no campo da aquisição da linguagem, o presente trabalho teve o objetivo de investigar as produções ecolálicas de dois pré-adolescentes com o diagnóstico de autismo. Tentou-se, portanto, buscar explicações que não se restringissem às polaridades normal versus patológico / correto versus incorreto, mas, a partir de uma análise aprofundada procurou-se apreender singularidades ou mudanças na verbalização ecolálica que pudessem indicar a posição subjetiva desses sujeitos frente à língua. Para atingir o objetivo proposto foram analisadas as produções verbais ecolálicas de dois sujeitos com idades de 12 e 11 anos respectivamente, participantes de grupos de terapia em instituições especializadas no atendimento aos portadores de autismo. Os resultados obtidos a partir da análise longitudinal das transcrições das sessões de terapia revelaram não só singularidades nas produções ecolálicas dos participantes do estudo como permitiram a identificação de mudanças qualitativas do ponto de vista estrutural, na sua relação com a linguagem, abrindo-se um espaço para o estabelecimento de um diálogo entre os campos da aquisição da linguagem e da patologia da linguagem.
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spelling REGO, Fabiana Lins Brownehttp://lattes.cnpq.br/8217527114721613http://lattes.cnpq.br/2092610956805007CARVALHO, Glória Maria Monteiro2017-04-05T15:14:19Z2017-04-05T15:14:19Z2006-02-21https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18489ark:/64986/001300000rqqcEmbora a aquisição da linguagem tenha sido um campo de elaboração teórica e investigação empírica bastante profícuo, sobretudo a partir dos meados do século passado, ainda são reduzidas as investigações acerca da singularidade e vicissitudes da linguagem de crianças que apresentam um obstáculo no seu percurso linguístico. Atualmente, pesquisas empíricas realizadas em torno da questão da linguagem do autista, em sua maioria, priorizam em seus resultados a perpetuação de um fechamento da mesma num registro não significativo, não simbólico e não comunicativo. Os estudos que exploram especificamente a ecolalia têm enfatizado os aspectos descritivos, conceituais ou nosográficos. Entretanto, a atividade clínica com crianças autistas nos mostra que essas apresentam uma relação singular com a linguagem a qual é ainda pouco destacada pelos modelos teóricos vigentes. A partir destas considerações, baseando-se nos marcos teóricos da Psicanálise e do estruturalismo linguístico ressignificados por Cláudia Lemos, no campo da aquisição da linguagem, o presente trabalho teve o objetivo de investigar as produções ecolálicas de dois pré-adolescentes com o diagnóstico de autismo. Tentou-se, portanto, buscar explicações que não se restringissem às polaridades normal versus patológico / correto versus incorreto, mas, a partir de uma análise aprofundada procurou-se apreender singularidades ou mudanças na verbalização ecolálica que pudessem indicar a posição subjetiva desses sujeitos frente à língua. Para atingir o objetivo proposto foram analisadas as produções verbais ecolálicas de dois sujeitos com idades de 12 e 11 anos respectivamente, participantes de grupos de terapia em instituições especializadas no atendimento aos portadores de autismo. Os resultados obtidos a partir da análise longitudinal das transcrições das sessões de terapia revelaram não só singularidades nas produções ecolálicas dos participantes do estudo como permitiram a identificação de mudanças qualitativas do ponto de vista estrutural, na sua relação com a linguagem, abrindo-se um espaço para o estabelecimento de um diálogo entre os campos da aquisição da linguagem e da patologia da linguagem.Regardless of the considerable ammount of theories and empirical research on language acquisition since the second half of the past century, studies focusing on individual differences in language acquisition of learning disable children are still reduced. Empirical research on the linguitics skills of autistic children usually point out the meaningless and noncommunicative character of the autistic language. Studies, which focused on echolalia emphasize its descriptive and conceptual aspects. Nevertheless, clinical activities with autistic children have shown that these children may demonstrate particular relationships with language which are not yet explained by the existing theoretical models. Based on the psychoanalytical approach and on the linguistic structuralism implicit on the Claudia Lemos conception of language acquisition the present study aimed to investigate the echolalia production of two pre-adolescent with a diagnosis of autism. It was attempted to search for explanation beyond the dichotomies of normal versus pathological, correct versus incorrect and by means of a deeper analysis capture the individual changes in echolalia which could indicate the subjects genuine position in regard to language. To attain this objective, the verbal echolalia production of two subjects with age of 11 and 12 respectively, participating of therapy sessions, was analyzed. The results obtained from the longitudinal analysis of the therapy sessions transcription revealed not only individual differences in echolalia productions of the participants of this study but also allowed the identification of structural qualitative changes in their language, opening the possibility of a dialogue between the field of language acquisition and of language pathology.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Psicologia CognitivaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAutismoEcolaliaLinguagemAutismEcholaliaLanguageInvestigando a ecolalia no autismo: há possibilidade de um novo olhar?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILFABIANA LINS BROWNE REGO - Dissertação Final 2016.pdf.jpgFABIANA LINS BROWNE REGO - Dissertação Final 2016.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1228https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18489/5/FABIANA%20LINS%20BROWNE%20REGO%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final%20%202016.pdf.jpgcd2523c54fb99ecaf95f2ce1761800b4MD55ORIGINALFABIANA LINS BROWNE REGO - Dissertação Final 2016.pdfFABIANA LINS BROWNE REGO - Dissertação Final 2016.pdfapplication/pdf1776986https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/18489/1/FABIANA%20LINS%20BROWNE%20REGO%20-%20Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final%20%202016.pdfabe011eb2ec44d3713fd91c147dd0a00MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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