Explorando a ecolalia como sintoma no autismo : um estudo de caso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Lira Malta Araújo, Manoela
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
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Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8050
Resumo: O objetivo do presente estudo foi o de propor que as manifestações verbais do autista, mais especificamente a ecolalia, são sintomáticas, isto é, constituem um sintoma na concepção psicanalítica que, enquanto tal, vem falar do sujeito que o produz e da existência de uma certa organização simbólica. Para tanto, fizemos um estudo de caso, no qual foram investigadas as produções verbais de um menino de 12 (doze) anos, diagnosticado como portador de autismo infantil precoce, cuja fala era, predominantemente, ecolálica. Nosso olhar sobre os dados foi norteado pela concepção estruturalista lacaniana de linguagem e pelas discussões psicanalíticas a respeito do autismo. De uma maneira geral, os autores psicanalíticos (Rodriguez, 1999; Jerusalinsky, 1993; Lasnik-Penot, 1997, dentre outros), sob um olhar lacaniano, consideram que a criança autista apresenta, em seu percurso de constituição subjetiva, um obstáculo que lhes impede de alcançar, mais adiante, a instauração de uma organização simbólica. Foi também no campo das reflexões psicanalíticas baseadas em Freud e Lacan, onde buscamos elaborar uma discussão a respeito das quatro principais características que envolvem o sintoma: a. seu aparente efeito de sem sentido; b. a repetição com diferença como seu par inextricável; c. o sentido do sintoma tem a ver com a história de vida de quem o produz; d. o Outro faz parte do sintoma. Tais características constituíram-se nos quatro eixos de análise, os quais, de maneira mais específica, nortearam nosso olhar sobre os dados. Diante dos dados, norteadas pelos quatro eixos acima descritos, pudemos pôr em discussão as diversas negativas que são ofertadas ao autista, na medida em que fomos capazes de apreender, na fala ecolálica do menino, movimentos e transformações muito singulares. Dessa maneira, pudemos, diante de tais transformações, colocar em questão o suposto caráter de solidez da fala da criança autista, apreendendo, ainda, de forma singular e a partir daqueles quatro eixos, uma fala que apontava para um sintoma, tal como a psicanálise o concebe. Dessa maneira, refletindo sobre a ecolalia como um sintoma no sentido psicanalítico, pudemos pensar na possibilidade de uma organização simbólica extremamente singular que ultrapassava aquela criança
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Nosso olhar sobre os dados foi norteado pela concepção estruturalista lacaniana de linguagem e pelas discussões psicanalíticas a respeito do autismo. De uma maneira geral, os autores psicanalíticos (Rodriguez, 1999; Jerusalinsky, 1993; Lasnik-Penot, 1997, dentre outros), sob um olhar lacaniano, consideram que a criança autista apresenta, em seu percurso de constituição subjetiva, um obstáculo que lhes impede de alcançar, mais adiante, a instauração de uma organização simbólica. Foi também no campo das reflexões psicanalíticas baseadas em Freud e Lacan, onde buscamos elaborar uma discussão a respeito das quatro principais características que envolvem o sintoma: a. seu aparente efeito de sem sentido; b. a repetição com diferença como seu par inextricável; c. o sentido do sintoma tem a ver com a história de vida de quem o produz; d. o Outro faz parte do sintoma. Tais características constituíram-se nos quatro eixos de análise, os quais, de maneira mais específica, nortearam nosso olhar sobre os dados. Diante dos dados, norteadas pelos quatro eixos acima descritos, pudemos pôr em discussão as diversas negativas que são ofertadas ao autista, na medida em que fomos capazes de apreender, na fala ecolálica do menino, movimentos e transformações muito singulares. Dessa maneira, pudemos, diante de tais transformações, colocar em questão o suposto caráter de solidez da fala da criança autista, apreendendo, ainda, de forma singular e a partir daqueles quatro eixos, uma fala que apontava para um sintoma, tal como a psicanálise o concebe. Dessa maneira, refletindo sobre a ecolalia como um sintoma no sentido psicanalítico, pudemos pensar na possibilidade de uma organização simbólica extremamente singular que ultrapassava aquela criançaConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAutismoEcolaliaSintomaPsicanáliseExplorando a ecolalia como sintoma no autismo : um estudo de casoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALarquivo1248_1.pdfapplication/pdf1341057https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8050/1/arquivo1248_1.pdfb93848f90dfd5605a47ceded14dd28b8MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8050/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo1248_1.pdf.txtarquivo1248_1.pdf.txtExtracted texttext/plain311274https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8050/3/arquivo1248_1.pdf.txtcc99554090b24dfca3cb645ef2868313MD53THUMBNAILarquivo1248_1.pdf.jpgarquivo1248_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1153https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/8050/4/arquivo1248_1.pdf.jpg1903131bff6817b0ea950b64f4cbf2bbMD54123456789/80502019-10-25 02:33:03.124oai:repositorio.ufpe.br:123456789/8050Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T05:33:03Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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