Estudo do Efeito Neuroprotetor do Eugenol em Modelo Experimental da Doença de Huntington

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nóbrega, Rafaella Farias da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000vzgs
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10730
Resumo: O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um dos grandes desafios. No entanto, o crescimento da expectativa de vida da população tem levado a um aumento na incidência de doenças características do envelhecimento e tem proporcionado um interesse, cada vez maior, em estudos que visam novas estratégias para a prevenção e cura destas patologias. Várias evidências têm demonstrado que alterações mitocondriais e elevados níveis de estresse oxidativo estão fortemente associados ao desenvolvimento de muitas doenças típicas do envelhecimento como a doença de Huntington (DH). Vários modelos animais vêm sendo utilizados para estudar as características neuropatológicas e bioquímicas dessas doenças e determinar novas abordagens terapêuticas. O ácido 3-nitropropiônico (3-NP) é uma neurotoxina que inibe a enzima succinato desidrogenase, que está presente no ciclo de Krebs e no complexo II da cadeia respiratória mitocondrial. Sua inibição leva a um déficit energético, alteração na homeostase do cálcio, estresse oxidativo e morte celular, mimetizando muitos dos sintomas motores, cognitivos e psiquiátricos da doença de Huntington. Atualmente, não há nenhum tratamento que possa impedir, retardar ou inverter a progressão da DH, e compostos naturais com atividade antioxidante têm demonstrado efeito neuroprotetor. O eugenol, dentre suas diversas atividades, apresenta ação antioxidante e diante disso pode ter um efeito neuroprotetor frente a DH. Então, objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade neuroprotetora do eugenol sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos induzidos pela administração intraperitoneal de 3-NP. Avaliações comportamentais foram realizadas utilizando os modelos de campo aberto, rotarod e labirinto em cruz elevado. Foi avaliada também a atividade antioxidante in vitro do eugenol através do método de captura do radical livre DPPH˙; a atividade antioxidante in vivo, por meio da determinação da peroxidação lipídica (TBARS) e sua toxicidade aguda. A administração intraperitoneal de 3-NP (20 mg/kg por 7 dias) causou significativa perda de peso corporal, déficit motor e perda de retenção de memória quando comparado aos animais controle. Análises bioquímicas revelaram significativo aumento na peroxidação lipídica nas regiões cerebrais analisadas (substância negra, estriado e córtex). O tratamento diário com eugenol, por vial oral, durante os 7 dias em que o 3-NP foi administrado, melhorou significativamente o peso corporal, o desempenho motor e cognitivo quando comparado ao grupo 3-NP. Além disso, o tratamento com eugenol atenuou a peroxidação lipídica. Foi observado que o eugenol apresenta boa atividade antioxidante in vitro (IC50 = 33,12 μg/ml) em comparação com o padrão ácido ascórbico (IC50 = 3,676 μg/mL). A dose letal mínima do eugenol foi superior a 2g/kg. Estes resultados sugerem que o eugenol tem efeito neuroprotetor contra degeneração induzida pela neurotoxina 3-NP, provavelmente por ser um composto fenólico e possuir atividade antioxidante, sendo assim, um possível agente terapêutico para a DH.
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Avaliações comportamentais foram realizadas utilizando os modelos de campo aberto, rotarod e labirinto em cruz elevado. Foi avaliada também a atividade antioxidante in vitro do eugenol através do método de captura do radical livre DPPH˙; a atividade antioxidante in vivo, por meio da determinação da peroxidação lipídica (TBARS) e sua toxicidade aguda. A administração intraperitoneal de 3-NP (20 mg/kg por 7 dias) causou significativa perda de peso corporal, déficit motor e perda de retenção de memória quando comparado aos animais controle. Análises bioquímicas revelaram significativo aumento na peroxidação lipídica nas regiões cerebrais analisadas (substância negra, estriado e córtex). O tratamento diário com eugenol, por vial oral, durante os 7 dias em que o 3-NP foi administrado, melhorou significativamente o peso corporal, o desempenho motor e cognitivo quando comparado ao grupo 3-NP. Além disso, o tratamento com eugenol atenuou a peroxidação lipídica. 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Estes resultados sugerem que o eugenol tem efeito neuroprotetor contra degeneração induzida pela neurotoxina 3-NP, provavelmente por ser um composto fenólico e possuir atividade antioxidante, sendo assim, um possível agente terapêutico para a DH.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDoença de HuntingtonÁcido 3-nitropropiônicoEstresse oxidativoEugenolEstudo do Efeito Neuroprotetor do Eugenol em Modelo Experimental da Doença de Huntingtoninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertaçao Rafaella da Nóbrega.pdf.jpgDissertaçao Rafaella da Nóbrega.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1254https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10730/5/Disserta%c3%a7ao%20Rafaella%20da%20N%c3%b3brega.pdf.jpg726bfd00c12a2b9effc344a5cefd6908MD55ORIGINALDissertaçao Rafaella da Nóbrega.pdfDissertaçao Rafaella da Nóbrega.pdfapplication/pdf1018853https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/10730/1/Disserta%c3%a7ao%20Rafaella%20da%20N%c3%b3brega.pdf03c7a8fc62253cea53b1eb9e5b2895efMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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