O sindicalismo rural e os caminhos para a autogestão: uma superação ao assistencialismo?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Tarcisio Augusto Alves da
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9910
Resumo: A zona da Mata Sul de Pernambuco se caracterizou historicamente pela concentração de terra através do domínio do latifúndio por meio da monocultura da cana-de-açúcar. Nessa região se estabeleceram formas de dominação sobre a terra e seus habitantes por uma elite denominada de senhores de engenho e posteriormente chamados de usineiros. Neste processo de dominação, a organização de trabalhadores rurais vivenciou diversas fases, como tendo sido, inclusive, espaço que antes de confrontar-se com os interesses antagônicos evidenciados pela relação de classe, tornou-se um amortizador dos conflitos. Esta atuação do sindicalismo rural de caráter assistencialista conseguiu ser superada, em parte, pela atuação da Igreja Católica no processo de formação das lideranças sindicais a partir dos anos 80. Todavia, a marca assistencialista não se tornou um elemento apenas do passado dos sindicatos; ele se mantém através das novas estratégias que estão sendo desenvolvidas pelo movimento sindical a partir da reestruturação produtiva. O presente estudo é uma análise da relação entre a experiência de busca da autogestão dos sindicatos de trabalhadores rurais ligados à administração da Usina Catende, zona da Mata Meridional de Pernambuco, em seu processo de falência por meio do afastamento dos antigos usineiros e a prática assistencialista dos sindicatos. Desta forma, buscamos entender se a experiência de autogestão na usina tem contribuído para a superação do assistencialismo no sindicalismo rural, tendo em vista que o processo que desembocou no afastamento dos antigos proprietários caracterizou-se por uma ação articulada entre estes sindicatos, denotando uma clara ação de confronto entre os interesses antagônicos dos trabalhadores rurais e da classe dominante da região
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Neste processo de dominação, a organização de trabalhadores rurais vivenciou diversas fases, como tendo sido, inclusive, espaço que antes de confrontar-se com os interesses antagônicos evidenciados pela relação de classe, tornou-se um amortizador dos conflitos. Esta atuação do sindicalismo rural de caráter assistencialista conseguiu ser superada, em parte, pela atuação da Igreja Católica no processo de formação das lideranças sindicais a partir dos anos 80. Todavia, a marca assistencialista não se tornou um elemento apenas do passado dos sindicatos; ele se mantém através das novas estratégias que estão sendo desenvolvidas pelo movimento sindical a partir da reestruturação produtiva. O presente estudo é uma análise da relação entre a experiência de busca da autogestão dos sindicatos de trabalhadores rurais ligados à administração da Usina Catende, zona da Mata Meridional de Pernambuco, em seu processo de falência por meio do afastamento dos antigos usineiros e a prática assistencialista dos sindicatos. 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