A questão do erro sintomático na trajetória lingüística da criança: singularidade de um caso
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8902 |
Resumo: | Este trabalho objetivou investigar dificuldades na fala de uma criança sem comprometimentos biológicos e/ou neurológicos, entendendo tais dificuldades como erro sintomático , um erro que aparece nas produções verbais infantis, não se restringindo apenas a uma questão lingüística, mas apontando para um obstáculo nas relações com o outro, no percurso de constituição subjetiva. Adotou-se, como base, a perspectiva de De Lemos, que concebe a trajetória lingüística como um processo de mudança de posição da criança numa estrutura, na qual comparecem três pólos: fala do outro, a língua e a fala da criança. Essa trajetória é compreendida como o próprio processo de subjetivação do indivíduo, considerando a linguagem como constitutiva, uma condição para a significação/nascimento do sujeito. Tendo em vista a concepção psicanalítica de sintoma, o referido erro é abordado como um obstáculo na mudança de posição da criança naquela estrutura e como indicador de uma posição diferenciada/singular que a criança estaria ocupando. Fundamentouse, também, na perspectiva de Kupfer, a qual considera que um erro de ordem sintomática (dentro da cognição infantil) decorreria de uma falha estrutural no processo de constituição do sujeito, que estaria vinculada às relações familiares estabelecidas em sua vida. Assumiu-se, ainda, a abordagem de Lier-De Vitto, a qual produz reflexões originais sobre o sintoma na linguagem, qualificando positivamente a fala sintomática. Para atender ao objetivo, essa pesquisa investigou uma criança, em torno de sete anos de idade, que apresentava dificuldades como trocas de letras e atraso de linguagem e estava realizando tratamento fonoaudiológico e psicológico, numa instituição de saúde do Recife. Foram registradas as falas, em momentos de diálogos com a investigadora, a partir de leituras de histórias infantis e produções de desenhos. Além disso, foram realizadas entrevistas com os profissionais citados e com a mãe da criança, para se ter uma indicação de sua história de vida e da maneira como essas dificuldades na fala eram representadas. Por fim, foram levantadas algumas questões acerca das marcas sintomáticas nas produções orais da criança, levando-se em consideração a própria fala da mãe, bem como o discurso dos profissionais e o modo singular de composição e circulação de elementos significantes na fala do sujeito |
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