Enterocolite necrosante em recém-nascidos de muito baixo peso: a influência da nutrição enteral
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13340 |
Resumo: | A enterocolite necrosante é uma importante causa de morbimortalidade neonatal em prematuros, principalmente nos recém-nascidos de muito baixo peso. Apesar de a enterocolite necrosante apresentar etiologia multifatorial, a dieta enteral tem sido implicada como um dos principais fatores associados e não há consenso sobre quando deve ser iniciada, como deve progredir, nem a sua relação com a ocorrência da doença. Assim, este estudo teve por objetivo avaliar se o padrão da nutrição enteral influencia a ocorrência da enterocolite necrosante em recém-nascidos de muito baixo peso. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle realizado com uma amostra de 1028 recém-nascidos com peso de 750 a 1500g admitidos em uma unidade neonatal de alto risco, no período de janeiro de 2003 a maio de 2008. “Casos” foram as crianças nascidas de muito baixo peso que tiveram o diagnóstico de enterocolite até 30 dias de vida e “controles” os recém-nascidos que não desenvolveram a doença neste período. Foram excluídas as crianças que foram a óbito nas primeiras 24 horas de vida, com presença de malformações congênitas graves, síndromes genéticas e/ou infecções congênitas diagnosticadas ao nascimento. O desfecho foi a ocorrência de enterocolite confirmada pelo estágio ≥2 do critério de Bell modificado. As variáveis explicativas relacionadas ao padrão nutricional foram: a idade de início da dieta enteral, progressão da dieta, tipo de dieta, atingir dieta enteral plena no primeiro mês de vida e uso da nutrição parenteral. As co-variáveis maternas foram: realização de pré-natal, ocorrência de hipertensão e eclâmpsia, corioamnionite, uso de corticóide antenatal e tipo de parto; e as relacionadas ao recém-nascido: idade gestacional, sexo, peso ao nascer, estado nutricional, índice de Apgar, uso de antibióticos, catéter umbilical, indometacina, fentanil, droga vasoativa, oxigênio, ventilação mecânica, ranitidina e a persistência do canal arterial. Dos 1028 recém-nascidos, 55 (5,4%) evoluíram com enterocolite. As variáveis que influenciaram significantemente a ocorrência de enterocolite necrosante na análise univariada foram: uso do leite materno exclusivo por menos de sete dias (OR 5,09; p=0,004), não atingir a dieta enteral plena em até 30 dias de vida (OR 3,82; p<0,001), o uso da nutrição parenteral (OR 2,56; p=0,007), uso de antibiótico (OR 6,26; p=0,007) e a persistência do canal arterial (OR 1,91; p=0,05). Uso de leite materno por mais de 7 dias e de drogas vasoativas, atingir dieta enteral plena durante o primeiro mês e não usar nutrição parenteral se mostraram como fatores de proteção à doença e mantiveram significantes na análise de regressão logística multivariada. O uso do leite materno deve ser preconizado na nutrição enteral de recém-nascidos. Iniciar a dieta enteral precocemente e progredir mais rápido para atingir a dieta enteral plena antecipadamente podem ajudar a reduzir a ocorrência de enterocolite. |
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KIMAK, Karine SantosLIMA, Marília de CarvalhoBRAGA, Taciana Duque de Almeida2015-04-17T13:54:24Z2015-04-17T13:54:24Z2013-02-28https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13340A enterocolite necrosante é uma importante causa de morbimortalidade neonatal em prematuros, principalmente nos recém-nascidos de muito baixo peso. Apesar de a enterocolite necrosante apresentar etiologia multifatorial, a dieta enteral tem sido implicada como um dos principais fatores associados e não há consenso sobre quando deve ser iniciada, como deve progredir, nem a sua relação com a ocorrência da doença. Assim, este estudo teve por objetivo avaliar se o padrão da nutrição enteral influencia a ocorrência da enterocolite necrosante em recém-nascidos de muito baixo peso. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle realizado com uma amostra de 1028 recém-nascidos com peso de 750 a 1500g admitidos em uma unidade neonatal de alto risco, no período de janeiro de 2003 a maio de 2008. “Casos” foram as crianças nascidas de muito baixo peso que tiveram o diagnóstico de enterocolite até 30 dias de vida e “controles” os recém-nascidos que não desenvolveram a doença neste período. Foram excluídas as crianças que foram a óbito nas primeiras 24 horas de vida, com presença de malformações congênitas graves, síndromes genéticas e/ou infecções congênitas diagnosticadas ao nascimento. O desfecho foi a ocorrência de enterocolite confirmada pelo estágio ≥2 do critério de Bell modificado. As variáveis explicativas relacionadas ao padrão nutricional foram: a idade de início da dieta enteral, progressão da dieta, tipo de dieta, atingir dieta enteral plena no primeiro mês de vida e uso da nutrição parenteral. As co-variáveis maternas foram: realização de pré-natal, ocorrência de hipertensão e eclâmpsia, corioamnionite, uso de corticóide antenatal e tipo de parto; e as relacionadas ao recém-nascido: idade gestacional, sexo, peso ao nascer, estado nutricional, índice de Apgar, uso de antibióticos, catéter umbilical, indometacina, fentanil, droga vasoativa, oxigênio, ventilação mecânica, ranitidina e a persistência do canal arterial. Dos 1028 recém-nascidos, 55 (5,4%) evoluíram com enterocolite. As variáveis que influenciaram significantemente a ocorrência de enterocolite necrosante na análise univariada foram: uso do leite materno exclusivo por menos de sete dias (OR 5,09; p=0,004), não atingir a dieta enteral plena em até 30 dias de vida (OR 3,82; p<0,001), o uso da nutrição parenteral (OR 2,56; p=0,007), uso de antibiótico (OR 6,26; p=0,007) e a persistência do canal arterial (OR 1,91; p=0,05). Uso de leite materno por mais de 7 dias e de drogas vasoativas, atingir dieta enteral plena durante o primeiro mês e não usar nutrição parenteral se mostraram como fatores de proteção à doença e mantiveram significantes na análise de regressão logística multivariada. O uso do leite materno deve ser preconizado na nutrição enteral de recém-nascidos. Iniciar a dieta enteral precocemente e progredir mais rápido para atingir a dieta enteral plena antecipadamente podem ajudar a reduzir a ocorrência de enterocolite.porUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEnterocolite necrosantePrematuroRecém-Nascido de muito baixo pesoNutrição enteralEnterocolite necrosante em recém-nascidos de muito baixo peso: a influência da nutrição enteralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertação Karine Santos Kimak.pdf.jpgDissertação Karine Santos Kimak.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1267https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/13340/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Karine%20Santos%20Kimak.pdf.jpge1077e29bbd14474c23888018f46361cMD55ORIGINALDissertação Karine Santos Kimak.pdfDissertação Karine Santos Kimak.pdfapplication/pdf1629307https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/13340/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Karine%20Santos%20Kimak.pdf2f5725851d6d65aa837393a5759e52cbMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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A enterocolite necrosante é uma importante causa de morbimortalidade neonatal em prematuros, principalmente nos recém-nascidos de muito baixo peso. Apesar de a enterocolite necrosante apresentar etiologia multifatorial, a dieta enteral tem sido implicada como um dos principais fatores associados e não há consenso sobre quando deve ser iniciada, como deve progredir, nem a sua relação com a ocorrência da doença. Assim, este estudo teve por objetivo avaliar se o padrão da nutrição enteral influencia a ocorrência da enterocolite necrosante em recém-nascidos de muito baixo peso. Trata-se de um estudo do tipo caso-controle realizado com uma amostra de 1028 recém-nascidos com peso de 750 a 1500g admitidos em uma unidade neonatal de alto risco, no período de janeiro de 2003 a maio de 2008. “Casos” foram as crianças nascidas de muito baixo peso que tiveram o diagnóstico de enterocolite até 30 dias de vida e “controles” os recém-nascidos que não desenvolveram a doença neste período. Foram excluídas as crianças que foram a óbito nas primeiras 24 horas de vida, com presença de malformações congênitas graves, síndromes genéticas e/ou infecções congênitas diagnosticadas ao nascimento. O desfecho foi a ocorrência de enterocolite confirmada pelo estágio ≥2 do critério de Bell modificado. As variáveis explicativas relacionadas ao padrão nutricional foram: a idade de início da dieta enteral, progressão da dieta, tipo de dieta, atingir dieta enteral plena no primeiro mês de vida e uso da nutrição parenteral. As co-variáveis maternas foram: realização de pré-natal, ocorrência de hipertensão e eclâmpsia, corioamnionite, uso de corticóide antenatal e tipo de parto; e as relacionadas ao recém-nascido: idade gestacional, sexo, peso ao nascer, estado nutricional, índice de Apgar, uso de antibióticos, catéter umbilical, indometacina, fentanil, droga vasoativa, oxigênio, ventilação mecânica, ranitidina e a persistência do canal arterial. Dos 1028 recém-nascidos, 55 (5,4%) evoluíram com enterocolite. As variáveis que influenciaram significantemente a ocorrência de enterocolite necrosante na análise univariada foram: uso do leite materno exclusivo por menos de sete dias (OR 5,09; p=0,004), não atingir a dieta enteral plena em até 30 dias de vida (OR 3,82; p<0,001), o uso da nutrição parenteral (OR 2,56; p=0,007), uso de antibiótico (OR 6,26; p=0,007) e a persistência do canal arterial (OR 1,91; p=0,05). Uso de leite materno por mais de 7 dias e de drogas vasoativas, atingir dieta enteral plena durante o primeiro mês e não usar nutrição parenteral se mostraram como fatores de proteção à doença e mantiveram significantes na análise de regressão logística multivariada. O uso do leite materno deve ser preconizado na nutrição enteral de recém-nascidos. Iniciar a dieta enteral precocemente e progredir mais rápido para atingir a dieta enteral plena antecipadamente podem ajudar a reduzir a ocorrência de enterocolite. |
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