Estudo da cinética de anticorpos IgA e IgG anti SARS-CoV-2 em profissionais de saúde
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50388 |
Resumo: | Desde a primeira infecção ao vírus SARS-CoV-2, a imunidade humoral tornou-se alvo de estudo dos pesquisadores, com o intuito de compreender o tempo de duração da resposta imune protetora, avaliar o risco de reinfecção e estabelecimento de estratégias de vacinação. Estudos envolvendo outros coronavírus auxiliam na avaliação da cinética de anticorpos da Covid-19 e no entendimento quanto ao papel potencial para a imunoterapia, no entanto, os mecanismos imunológicos contra o SARS-CoV-2 ainda não estão bem definidos em humanos. O objetivo deste estudo foi analisar a cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde sintomáticos para COVID-19 do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com delineamento longitudinal, realizado com profissionais de saúde atuantes na linha de frente no combate à COVID-19 e que apresentavam qualquer sintoma associado à síndrome gripal. Para a coleta de dados foi utilizado a Ficha de Registro Individual - Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave Hospitalizado disponibilizada pela Secretaria de Saúde do município e foram coletadas amostras sorológicas nos meses de junho, julho e outubro de 2020. Os resultados dos níveis séricos de IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 foram obtidos pelo teste imunoenzimático ELISA e organizados em ordem crescente a partir do intervalo de dias e semanas entre a data do início dos sintomas e a data da coleta sorológica para a análise laboratorial. O intervalo mínimo e máximo entre o início dos sintomas e a coleta foram de 10 e 212 dias. A amostra foi caracterizada por 21 profissionais de saúde, com idade entre 26 e 50 anos (± 38,1 anos), 12 (57,1%) pertenciam à categoria profissional de enfermagem e a obesidade foi a condição mais prevalente, seguido por hipertensão, diabetes e asma. Sintomas como dor de cabeça, anosmia, astenia, ageusia, febre e mialgia foram comumente relatadas no início da doença. Os anticorpos IgA positivos foram detectados no intervalo mínimo de 10 dias com posterior declínio ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante à dinâmica da resposta imune humoral em infecções virais SARS-CoV. Alguns participantes apresentaram aumento nos níveis séricos de IgA, que poderia ser atribuído a casos de reinfecção ou uma resposta do anticorpo a outros gêneros de coronavírus. Além disso, os níveis de anticorpos IgA positivos foram detectáveis por aproximadamente 07 meses, provavelmente correspondendo a uma nova característica da manifestação da imunidade humoral em resposta à infecção ao SARS-CoV-2. Os anticorpos IgG também foram detectados no início da doença com posterior aumento ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante a resposta imune humoral do vírus SARS-CoV. Os títulos de IgG positivos mantiveram-se detectáveis por aproximadamente 07 meses contribuindo para a memória imunológica. O estudo possibilitou identificar uma heterogeneidade na magnitude das respostas, no entanto, ainda não está claro por quanto tempo os anticorpos promoverão imunidade protetora contra infecção secundária do SARS-CoV-2, sugerindo a continuidade das análises, com diferentes alvos imunológicos e incorporando também as respostas frente as induções artificiais de imunidade, como as vacinas. |
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Estudos envolvendo outros coronavírus auxiliam na avaliação da cinética de anticorpos da Covid-19 e no entendimento quanto ao papel potencial para a imunoterapia, no entanto, os mecanismos imunológicos contra o SARS-CoV-2 ainda não estão bem definidos em humanos. O objetivo deste estudo foi analisar a cinética de anticorpos IgA e IgG anti-SARS-CoV-2 em profissionais de saúde sintomáticos para COVID-19 do município de Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Trata-se de um estudo descritivo e analítico, com delineamento longitudinal, realizado com profissionais de saúde atuantes na linha de frente no combate à COVID-19 e que apresentavam qualquer sintoma associado à síndrome gripal. Para a coleta de dados foi utilizado a Ficha de Registro Individual - Casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave Hospitalizado disponibilizada pela Secretaria de Saúde do município e foram coletadas amostras sorológicas nos meses de junho, julho e outubro de 2020. 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Alguns participantes apresentaram aumento nos níveis séricos de IgA, que poderia ser atribuído a casos de reinfecção ou uma resposta do anticorpo a outros gêneros de coronavírus. Além disso, os níveis de anticorpos IgA positivos foram detectáveis por aproximadamente 07 meses, provavelmente correspondendo a uma nova característica da manifestação da imunidade humoral em resposta à infecção ao SARS-CoV-2. Os anticorpos IgG também foram detectados no início da doença com posterior aumento ao longo da segunda e terceira coletas, semelhante a resposta imune humoral do vírus SARS-CoV. Os títulos de IgG positivos mantiveram-se detectáveis por aproximadamente 07 meses contribuindo para a memória imunológica. O estudo possibilitou identificar uma heterogeneidade na magnitude das respostas, no entanto, ainda não está claro por quanto tempo os anticorpos promoverão imunidade protetora contra infecção secundária do SARS-CoV-2, sugerindo a continuidade das análises, com diferentes alvos imunológicos e incorporando também as respostas frente as induções artificiais de imunidade, como as vacinas.FACEPESince the first SARS-CoV-2 infection, humoral immunity has become the target of study by researchers in order to understand the duration of the protective immune response, assess the risk of reinfection, and establish vaccination strategies. Studies involving other coronaviruses helps to evaluate the antibody kinetics of Covid-19 and to understand the potential role for immunotherapy. However, the immunological mechanisms against SARS-CoV-2 are not well defined in humans. The aim of this study was to analyze the kinetics of IgA and IgG anti-SARS-CoV-2 antibodies in healthcare professionals symptomatic for COVID-19 from the municipality of Vitória de Santo Antão, Pernambuco. This is a descriptive and analytical study, with longitudinal design, carried out with health professionals working in the front line in the fight against COVID-19 and who presented any symptom associated with the flu syndrome. For data collection, the Individual Record Form - Hospitalized Severe Acute Respiratory Syndrome Cases - supplied by the Health Department of the municipality was used, and serological samples were collected in June, July, and October 2020. The results of serum IgA and IgG anti-SARS-CoV-2 levels were obtained by ELISA immunoassay and were organized in ascending order from the interval of days or weeks between the date of symptom onset and the date of serological collection for laboratory analysis. The minimum and maximum interval between symptom onset and collection were 10 and 212 days. The sample was characterized by 21 health professionals, aged between 26 and 50 years (mean of 38.1 years), 12 (57.1%) belonged to the nursing professional category, and obesity was the most prevalent comorbidity, followed by hypertension, diabetes, and asthma. Symptoms such as headache, anosmia, asthenia, ageusia, fever and myalgia were commonly reported at the onset of the disease. Positive IgA antibodies were detected at the minimum 10 days interval with subsequent decline over the second and third collections, similar to the dynamics of the humoral immune response in SARS-CoV viral infections. Some participants showed an increase in serum IgA levels, which could be attributed to cases of reinfection or an antibody response to other coronaviruses. In addition, positive IgA antibody levels were detectable for approximately 07 months, probably corresponding to a new pattern of the manifestation of humoral immunity in response to SARS-CoV-2 infection. IgG antibodies were also detected early in the disease with subsequent increase over the second and third collections, similar to the humoral immune response to SARS-CoV. The positive IgG titers remained detectable for approximately 7 months, contributing to the immunological memory. The study identified a heterogeneity in the magnitude of the responses; however, it is still not clear for how long the antibodies will promote protective immunity against secondary infection of SARS-CoV-2, suggesting the continuity of the analyses, with different immunological targets and also incorporating the responses against artificial inductions of immunity, such as vaccines.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Nutricao, Atividade Fisica e Plasticidade FenotipicaUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessAnticorposCOVID-19Pessoal de SaúdeEstudo da cinética de anticorpos IgA e IgG anti SARS-CoV-2 em profissionais de saúdeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Jéssica Andresa Bezerra da Silva.pdfDISSERTAÇÃO Jéssica Andresa Bezerra da Silva.pdfapplication/pdf3639463https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/50388/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20J%c3%a9ssica%20Andresa%20Bezerra%20da%20Silva.pdfeaf907bec2d95bcdb1065b51ce901ce1MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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