Um método para ensino de braille utilizando display tátil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ROCHA, Victor Hazin da
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/00130000039vb
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40072
Resumo: O número de deficientes visuais vem aumentando nos últimos anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, pode haver mais de 115 milhões de pessoas cegas no mundo. A alfabetização em Braille para pessoas com deficiência visual, principalmente as com cegueira total, possui o mesmo papel que os métodos educacionais tradicionais para pessoas sem problemas de visão. Apesar da importância do domínio da leitura e escrita em Braille para os deficientes visuais, o processo de ensino de Braille continua a ser negligenciado e pouco evoluiu desde a invenção desse sistema. Deve-se ainda ressaltar que a taxa de alfabetização desta parte da população vem caindo consideravelmente ao longo dos anos. No Brasil, a taxa de alfabetização dos deficientes visuais é menor que 10%. Segundo pesquisas recentes, a falta de instrutores aptos a alfabetizar em Braille é um dos principais fatores para esse problema (AWANG DAMIT et al., 2014; NATIONAL FEDERATION OF THE BLIND, 2015; PUTNAM; TIGER; FICHTNER, 2015; WAGH et al., 2016). Assim, este trabalho tem como objetivo criar um dispositivo e método de uso, visando aumentar a capacidade de reconhecimento e mapeamento de caracteres Braille para o alfabeto romano, de modo a serem utilizados para o treinamento de professores, instrutores e colegas de classe de alunos deficientes visuais, sem a necessidade de intervenção humana neste processo. Este trabalho, portanto, apresenta o Braille Reader Tutor (BRT), uma aplicação para smartphones, e o DISBRA, um display Braille open source, capazes de ensinar a identificação e mapeamento das letras do alfabeto romano para o seu equivalente no sistema Braille. Nos experimentos realizados com o BRT e DISBRA, após em média 90 minutos de treinamento, os participantes foram capazes de reconhecer 69,23% das letras do alfabeto em Braille com a inspeção tátil e olhos vendados, e 86,82% quando a leitura foi realizada sem os olhos vendados, o que indicou que o BRT é uma alternativa válida e eficaz para o ensino de Braille a distância. A usabilidade dos artefatos e do processos de treinamento também foi mensurada com a aplicação do questionário System Usability Scale, obtendo a nota média de 86,5 pontos, pontuação a qual, segundo Bangor, Kortum e Miller (2009), representa que o objeto estudado possui uma excelente usabilidade.
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Apesar da importância do domínio da leitura e escrita em Braille para os deficientes visuais, o processo de ensino de Braille continua a ser negligenciado e pouco evoluiu desde a invenção desse sistema. Deve-se ainda ressaltar que a taxa de alfabetização desta parte da população vem caindo consideravelmente ao longo dos anos. No Brasil, a taxa de alfabetização dos deficientes visuais é menor que 10%. Segundo pesquisas recentes, a falta de instrutores aptos a alfabetizar em Braille é um dos principais fatores para esse problema (AWANG DAMIT et al., 2014; NATIONAL FEDERATION OF THE BLIND, 2015; PUTNAM; TIGER; FICHTNER, 2015; WAGH et al., 2016). Assim, este trabalho tem como objetivo criar um dispositivo e método de uso, visando aumentar a capacidade de reconhecimento e mapeamento de caracteres Braille para o alfabeto romano, de modo a serem utilizados para o treinamento de professores, instrutores e colegas de classe de alunos deficientes visuais, sem a necessidade de intervenção humana neste processo. Este trabalho, portanto, apresenta o Braille Reader Tutor (BRT), uma aplicação para smartphones, e o DISBRA, um display Braille open source, capazes de ensinar a identificação e mapeamento das letras do alfabeto romano para o seu equivalente no sistema Braille. Nos experimentos realizados com o BRT e DISBRA, após em média 90 minutos de treinamento, os participantes foram capazes de reconhecer 69,23% das letras do alfabeto em Braille com a inspeção tátil e olhos vendados, e 86,82% quando a leitura foi realizada sem os olhos vendados, o que indicou que o BRT é uma alternativa válida e eficaz para o ensino de Braille a distância. A usabilidade dos artefatos e do processos de treinamento também foi mensurada com a aplicação do questionário System Usability Scale, obtendo a nota média de 86,5 pontos, pontuação a qual, segundo Bangor, Kortum e Miller (2009), representa que o objeto estudado possui uma excelente usabilidade.The number of visually impaired people has increased in recent years. The World Health Organization (WHO) estimates 115 million people might be visually impaired by 2050 around the world. Alphabetization using Braille for visually impaired people, especially people who are completely blind, has the same purpose as the traditional educational methods for people who are not visually impaired. Despite the importance of mastering the ability to read and write in Braille for visually impaired people, the Braille teaching process continues to be neglected and has poorly evolved since its first development. It is important to emphasize that the rate of alphabetization of this part of the population has declined considerably over the years. The alphabetization rate of visually impaired people in Brazil is less than 10%. New research shows that one of the most important factors contributing to this problem is the absence of instructors able to teach the Braille system. (AWANG DAMIT et al., 2014; NATIONAL FEDERATION OF THE BLIND, 2015; PUTNAM; TIGER; FICHTNER, 2015; WAGH et al., 2016). Thus, the objective of this thesis is to develop a device and method of use, to increase the capacity of recognition and mapping of Braille characters to the Roman alphabet, in order to be used to train teachers, instructors and classmates of visually impaired students without the need of human intervention in the process. This work introduces the Braille Reader Tutor (BRT), an application for smartphones, and DISBRA, a Braille open-source display that are able to teach how to identify and map the letters of Roman alphabet to their Braille equivalent. The result of experiments using BRT and DISBRA for an average of 90 minutes of training showed that blindfolded participants were able to recognize 69.23% of the alphabet letters in Braille by tactile inspection and 86.82% when participants were not blindfolded, which indicates that BRT is a valid alternative for teaching Braille remotely. The usability of the artifacts and the training process were also measured by the questionnaire System Usability Scale, achieving an average score of 86.5, which indicates that the object of study has excellent usability, according to Bangor, Kortum e Miller (2009)porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Ciencia da ComputacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMídia e InteraçãoSoftware EducacionalEnsino de brailleDisplay brailleUm método para ensino de braille utilizando display tátilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETEXTTESE Victor Hazin da Rocha.pdf.txtTESE Victor Hazin da Rocha.pdf.txtExtracted texttext/plain213609https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40072/4/TESE%20Victor%20Hazin%20da%20Rocha.pdf.txt19ca75b2d8a47dcbe4a465fbdbd05e98MD54THUMBNAILTESE Victor Hazin da Rocha.pdf.jpgTESE Victor Hazin da Rocha.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1200https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40072/5/TESE%20Victor%20Hazin%20da%20Rocha.pdf.jpg645b52b338a1f836cea46b375e0775c4MD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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