Educação do campo e educação matemática: relações estabelecidas por camponeses e professores do agreste e sertão de Pernambuco
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11272 |
Resumo: | Esta pesquisa, desenvolvida nos domínios da Educação do Campo e da Educação Matemática, tem como objetivo investigar as relações estabelecidas por camponeses(as) e professores(as) de Matemática, de escolas do campo do Agreste e Sertão de Pernambuco, entre os conteúdos matemáticos escolares e as atividades produtivas dos(as) camponeses(as). Para fundamentar a investigação apoiamo-nos nos referenciais teórico e metodológico da Educação do Campo e da Educação Matemática Crítica. Realizamos um estudo documental das orientações oficiais da educação básica brasileira e das orientações curriculares de Matemática do Estado de Pernambuco. Mapeamos as atividades produtivas desenvolvidas no campo de investigação, por meio da aplicação de questionários com 116 camponeses(as) nos dois municípios, contendo perguntas abertas e fechadas sobre as principais atividades do campesinato. Estabelecemos, parte a priori e parte a posteriori, relações suscetíveis de serem constituídas entre os conteúdos matemáticos e as principais atividades mapeadas, a saber, a criação de animais e produção de confecção em fabricos no município do Agreste e criação de animais e plantação de milho e feijão no município do Sertão. Realizamos entrevistas semiestruturadas com 4 professores(as) de Matemática e 6 camponeses(as) das duas mesorregiões, além da análise do planejamento dos(as) professores(as) e das atividades registradas pelos(as) alunos(as) em seus cadernos. Os(as) camponeses(as) ressaltaram a importância do ensino de Matemática, sugerindo um ensino articulado ao modo de vida das famílias camponesas, embora considerassem os conteúdos matemáticos complexos. Eles entendem que a escola deve ensinar os conteúdos matemáticos escolares e os saberes sobre o campesinato simultaneamente. Os resultados da análise dos planejamentos e das entrevistas com os(as) professores(as), bem como dos enunciados das atividades propostas, que tivemos acesso através dos cadernos dos(as) alunos(as), indicam que há um fracionamento entre o ensino dos conteúdos matemáticos e as atividades produtivas dos(as) camponeses(as). Na análise de 4 cadernos dos 2 municípios identificamos 539 atividades, porém, apenas 7 deste total contemplam temas referentes às atividades produtivas dos(as) camponeses(as). De modo geral, os(as) professores(as) priorizam exercícios mecânicos e a memorização, associados à Referência à Matemática Pura. O ensino de conteúdos matemáticos nesta perspectiva acontece, quase sempre, isolado das dimensões, social, política e cultural. Mesmo nas atividades que abordam temas sobre as atividades produtivas dos(as) camponeses(as), não identificamos características relacionadas às categorias analíticas investigação, problematização e criticidade. Portanto, o ensino de Matemática nas escolas do campo, pelos professores(as) investigados(as), pouco favorecem a articulação entre a Educação Matemática e a Educação do Campo. |
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