Prostituição Feminina Negra: Uma análise da violência racial e de gênero na trajetória de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Alyne Isabelle Ferreira
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000jxtf
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/16514
Resumo: O debate sobre a violência racial e de gênero tem produzido inúmeras reflexões acerca da manutenção das desigualdades que atingem as mulheres negras. Os meios de comunicação de massa, o sistema educacional e as representações que são produzidas das mulheres negras acabam por essencializar os espaços que elas devem ocupar. Nessa perspectiva as representações da prostituição acabam por ser um espaço essencialmente feminino, e principalmente negro. É através do mito da democracia racial freyreano que o Brasil vai negar o reconhecimento positivo da população negra. Nesse discurso falacioso os índices de exclusão, de acesso e permanência na escola, a baixa remuneração, as estruturas familiares e afetivas contradizem com o modelo harmônico defendido pelo mito. As mulheres negras a partir de um discurso racista e sexista são reduzidas aos seus corpos e a sua sexualidade. Partindo dessa realidade, problematizamos as experiências de vida dessas mulheres buscando compreender a construção da subjetividade das mesmas e como a escolha pela prostituição se torna uma possibilidade real de escolha. Através da trajetória de vida nos foi possível apreender como opera a violência racial e de gênero para as mulheres negras, considerando que apesar de reconhecer a agência das mesmas às limitações do próprio sistema de opressão em que elas estão inseridas acabam por reduzir as possibilidades, tanto de reconhecimento como de sobrevivência.
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As mulheres negras a partir de um discurso racista e sexista são reduzidas aos seus corpos e a sua sexualidade. Partindo dessa realidade, problematizamos as experiências de vida dessas mulheres buscando compreender a construção da subjetividade das mesmas e como a escolha pela prostituição se torna uma possibilidade real de escolha. Através da trajetória de vida nos foi possível apreender como opera a violência racial e de gênero para as mulheres negras, considerando que apesar de reconhecer a agência das mesmas às limitações do próprio sistema de opressão em que elas estão inseridas acabam por reduzir as possibilidades, tanto de reconhecimento como de sobrevivência.FacepeThe discussion concerning racial violence and gender has produced countless reflections over the maintenance of inequality that afflicts black women. The mass media, Educational System and the produced depiction of women lead to the sealing of places they should achieve. Within that perspective, the depiction of prostitution tends to be a mainly female space, specially for the black ones. Through the myth of racial democracy brought by Freyre, the positive recognition of the black population is denied in Brazil. According to this fallacious myth, the exclusion, access and permanence at school indexes, low income and the family and emotional structures go against the well balanced model proposed by the myth. Due to the sexist and racist discourses, black women are relegated to their bodies and sexuality only. Given this scenario and the life of those women, some questions were risen in order to understand the construction of their subjectivity and how prostitution has become a real choice possibility. According to their life experience, we managed to understand the way racial and gender violence happens to black women, despite of recognizing the limits of the system of oppression in which those women are inserted. The possibilities of being recognized and surviving are reduced.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em SociologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessProstituição. Mulher negra. Racismo. Trajetória de vidaProstitution. Black Woman. Racism. Life storyProstituição Feminina Negra: Uma análise da violência racial e de gênero na trajetória de vidainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDissertação Alyne Isabelle Ferreira Nunes.pdf.jpgDissertação Alyne Isabelle Ferreira Nunes.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1192https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16514/5/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Alyne%20Isabelle%20Ferreira%20Nunes.pdf.jpgc19dfa7bb318bd14b4878c01a0d93eeaMD55ORIGINALDissertação Alyne Isabelle Ferreira Nunes.pdfDissertação Alyne Isabelle Ferreira Nunes.pdfapplication/pdf1462169https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16514/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Alyne%20Isabelle%20Ferreira%20Nunes.pdf8e2852393a6bdc6c76c8104e42c1913fMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-81232https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16514/2/license_rdf66e71c371cc565284e70f40736c94386MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16514/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDissertação Alyne Isabelle Ferreira Nunes.pdf.txtDissertação Alyne Isabelle Ferreira Nunes.pdf.txtExtracted texttext/plain293634https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/16514/4/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Alyne%20Isabelle%20Ferreira%20Nunes.pdf.txt7e47c8792354835602c07ea48bf0f315MD54123456789/165142019-10-25 20:06:02.023oai:repositorio.ufpe.br:123456789/16514TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T23:06:02Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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