Representações sociais de avaliação em matemática por alunos com baixo desempenho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Teixera, Maria Joseane Santos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13052
Resumo: O estudo objetivou compreender os sentidos das representações sociais de avaliação em matemática expressas por alunos do 9º ano do Ensino Fundamental com baixo desempenho em Matemática. O aporte norteador da pesquisa foi a Teoria das Representações Sociais concebida por Serge Moscovici (1961), a Teoria do Núcleo Central (1976), de Jean Claude Abric e a abordagem Culturalista, de Denise Jodelet. Entende-se por representações sociais as teorias coletivas ou as modalidades de saber socialmente constituídas, partilhadas e voltadas para a compreensão do mundo, a comunicação e a orientação das práticas. Na pesquisa, a escolha por uma abordagem plurimetodológica, possibilitou integrar os aspectos quantitativos aos qualitativos, tendo em vista o caráter multidimensional do objeto investigado. O campo empírico compreendeu quatro escolas da rede estadual de ensino. Os participantes foram alunos do 9º ano do Ensino Fundamental, compondo dois grupos: alunos com bom desempenho e alunos com baixo desempenho em matemática. Análise documental, questionário de associação livre/hierarquização de palavras e técnica de grupo focal foram utilizados como procedimentos de coleta. As palavras que emergiram no questionário de associação livre foram listadas, de acordo com a ordem de importância atribuída por cada participante, e tratadas estatisticamente pelo Software EVOC. As produções discursivas dos alunos foram examinadas e discutidas à luz da análise categorial temática (BARDIN, 1977). O estudo revelou que as representações de avaliação construídas e socializadas entre os participantes da pesquisa trazem a ação de estudar como elemento nuclear exclusivo, denotando a ideia de que cabe ao aluno a aplicação dos esforços do sentido de aprender. Já representações sociais de avaliação em matemática compartilhadas por estes estudantes, evidenciaram as ações de estudar e aprender matemática mediadas pela dificuldade e associadas aos elementos nota, prova, números, contas e cálculos, ancorados na dimensão pedagógica. Sinalizou também a presença dos sentimentos de medo, nervosismo, chatice e nada (ausência de sentido), pertencentes à dimensão sócio-afetiva, e a atenção como proficiência cognitiva mais exigida dos estudantes. A pesquisa indicou que contextos escolares diferentes interferem nas representações sociais de avaliação em matemática, pois os alunos com baixo desempenho, das escolas com bons resultados, trazem o vocábulo estudar como elemento nuclear destas representações, já os alunos com baixo desempenho, das escolas com resultados insuficientes, trazem como núcleo de tais representações os termos prova e dificuldade, o que é indício dos efeitos negativos das situações avaliativas que desconsideram as reais potencialidades dos alunos e que abordam o erro como um não-saber. A análise dos resultados mostrou que a responsabilização do estudante é foco das ideias compartilhas na coletividade sobre o insucesso escolar em matemática; que as práticas avaliativas baseiam-se, grande parte, nos exames (provas) e na notificação - heranças docimológicas -, no constrangimento e na opressão, que servem de processo de seletividade social, sendo ausentes situações ou espaços plurais de interação que permitam aos estudantes sinalizar as falhas ou os percalços na avaliação em matemática, processo pedagógico ainda muito distante de ser formativo e emancipatório em sua totalidade.
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