Reticulariaceae (Myxomycetes) em fragmentos de floresta atlântica no centro do endemismo pernambucano

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LEMOS, David Barreiro Nunes
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/566
Resumo: As Reticulariaceae constituem um importante grupo dentre os mixomicetos e suas espécies estão bem representadas em florestas úmidas tropicais, como as que compõem o bioma Mata Atlântica. Devido ao estado crítico em que se encontram muitos dos remanescentes pertencentes à Floresta Atlântica, como é o caso dos fragmentos situados no Centro de Endemismo Pernambuco CEPE, diversos microhabitats preferencialmente adotados pelas Reticulariaceae para estabelecerem seus ciclos de vida estão seriamente comprometidos. Com objetivo de ampliar o conhecimento taxonômico e ecológico sobre os representantes da família ocorrentes nos neotrópicos, particularmente em ambientes sob forte fragmentação como o CEPE, foi efetuado um levantamento dos membros de Reticulariaceae presentes em fragmentos de Floresta Atlântica que compõem o CEPE. Verificou-se a influência do efeito de borda sobre as espécies de Reticulariaceae que ocorreram em 10 fragmentos localizados no CEPE, selecionados como modelo de estudo. O inventário das espécies baseou-se em material coletado em campo, na análise de exsicatas depositadas nos herbários UFRN Fungos, JPB, IPA, URM, UFP e na literatura referente à mixobiota do CEPE, correspondendo a um período de 52 anos de coletas (1947-2009). A presença das Reticulariaceae foi registrada em 35 remanescentes de Floresta Atlântica, localizados em 15 municípios pertencentes aos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, que integram o CEPE. Os ambientes de onde provêm os dados incluem 29 Unidades de Conservação de Floresta Atlântica (APA, APP, RPPN, RESEC), nas quais a ocorrência de esporocarpos foi registrada sobre madeira em decomposição e casca de árvores vivas. Para cada espécie inventariada foram fornecidas as seguintes informações, sempre que disponíveis: municípios e estados de ocorrência; local de coleta; tipo de floresta; substratos de esporulação; literatura de referência para o CEPE; registro de herbário. Foram identificadas nove espécies, distribuídas nos quatro gêneros que integram a família, com destaque para Tubulifera Jacq., pelo maior número de espécies, seguido de Lycogala Adans. As espécies de mais ampla distribuição no CEPE foram T. microsperma (Berk. & M.A. Curtis) Lado e L. epidendrum (L.) Fr., a primeira ocorrendo em 17 fragmentos e a segunda em 25 fragmentos. Dictydiaethalium plumbeum (Schumach.) Rostaf., L. conicum Pers. e Reticularia jurana Meyl. apresentaram-se como raras e de distribuição restrita a 7 fragmentos, quando somados todos os registros para essas espécies no período analisado. Aprofundou-se o estudo do gênero Tubulifera descrevendo e ilustrando as quatro espécies registradas para o Nordeste do Brasil, distribuídas desde Sergipe até o Piauí. T. dimorphoteca (Nann.-Bremek. & Loer.) Lado foi identificada pela primeira vez para Pernambuco, constituindo o segundo registro para os neotrópicos. As análises das Reticulariaceae efetuadas em 10 fragmentos de Floresta Atlântica situados no litoral sul de Pernambuco demonstram que as espécies desta família não são afetadas pelo efeito de borda resultante da fragmentação. D. plumbeum, L. conicum, T. arachnoidea Jacq., T. dimorphoteca e R. jurana foram sugeridas para inclusão em lista vermelha como espécies vulneráveis, considerando a condição de raras e de distribuição restrita a ambientes altamente ameaçados pelo desmatamento, classificados como de extrema a elevada importância biológica para conservação
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Com objetivo de ampliar o conhecimento taxonômico e ecológico sobre os representantes da família ocorrentes nos neotrópicos, particularmente em ambientes sob forte fragmentação como o CEPE, foi efetuado um levantamento dos membros de Reticulariaceae presentes em fragmentos de Floresta Atlântica que compõem o CEPE. Verificou-se a influência do efeito de borda sobre as espécies de Reticulariaceae que ocorreram em 10 fragmentos localizados no CEPE, selecionados como modelo de estudo. O inventário das espécies baseou-se em material coletado em campo, na análise de exsicatas depositadas nos herbários UFRN Fungos, JPB, IPA, URM, UFP e na literatura referente à mixobiota do CEPE, correspondendo a um período de 52 anos de coletas (1947-2009). A presença das Reticulariaceae foi registrada em 35 remanescentes de Floresta Atlântica, localizados em 15 municípios pertencentes aos estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, que integram o CEPE. Os ambientes de onde provêm os dados incluem 29 Unidades de Conservação de Floresta Atlântica (APA, APP, RPPN, RESEC), nas quais a ocorrência de esporocarpos foi registrada sobre madeira em decomposição e casca de árvores vivas. Para cada espécie inventariada foram fornecidas as seguintes informações, sempre que disponíveis: municípios e estados de ocorrência; local de coleta; tipo de floresta; substratos de esporulação; literatura de referência para o CEPE; registro de herbário. Foram identificadas nove espécies, distribuídas nos quatro gêneros que integram a família, com destaque para Tubulifera Jacq., pelo maior número de espécies, seguido de Lycogala Adans. As espécies de mais ampla distribuição no CEPE foram T. microsperma (Berk. & M.A. Curtis) Lado e L. epidendrum (L.) Fr., a primeira ocorrendo em 17 fragmentos e a segunda em 25 fragmentos. Dictydiaethalium plumbeum (Schumach.) Rostaf., L. conicum Pers. e Reticularia jurana Meyl. apresentaram-se como raras e de distribuição restrita a 7 fragmentos, quando somados todos os registros para essas espécies no período analisado. Aprofundou-se o estudo do gênero Tubulifera descrevendo e ilustrando as quatro espécies registradas para o Nordeste do Brasil, distribuídas desde Sergipe até o Piauí. T. dimorphoteca (Nann.-Bremek. & Loer.) Lado foi identificada pela primeira vez para Pernambuco, constituindo o segundo registro para os neotrópicos. As análises das Reticulariaceae efetuadas em 10 fragmentos de Floresta Atlântica situados no litoral sul de Pernambuco demonstram que as espécies desta família não são afetadas pelo efeito de borda resultante da fragmentação. D. plumbeum, L. conicum, T. arachnoidea Jacq., T. dimorphoteca e R. jurana foram sugeridas para inclusão em lista vermelha como espécies vulneráveis, considerando a condição de raras e de distribuição restrita a ambientes altamente ameaçados pelo desmatamento, classificados como de extrema a elevada importância biológica para conservaçãoCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBiogeografiaEcologia de mixomicetosEfeito de bordaLicealesReticulariaceae (Myxomycetes) em fragmentos de floresta atlântica no centro do endemismo pernambucanoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo3023_1.pdf.jpgarquivo3023_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1164https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/566/4/arquivo3023_1.pdf.jpg6ecbd570f2ffe891b2e7ca3ab4e02668MD54ORIGINALarquivo3023_1.pdfapplication/pdf2154833https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/566/1/arquivo3023_1.pdf33f2dbdeeda27691e375eb28cebc45e4MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/566/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo3023_1.pdf.txtarquivo3023_1.pdf.txtExtracted texttext/plain173753https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/566/3/arquivo3023_1.pdf.txt7d5a19d54d7e62e8991b4c0202c1dd77MD53123456789/5662019-10-25 15:24:13.141oai:repositorio.ufpe.br:123456789/566Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T18:24:13Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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