Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23657 |
Resumo: | O presente trabalho é uma investigação sobre a dimensão trágica da beleza, ou a relação entre o belo e o inquietante (unheimlich), que permeia o fascínio da experiência estética ou da ordem do sensível. Como o próprio título sugere, a pesquisa parte da composição dos impulsos artísticos apolíneo e dionisíaco, para então reivindicar a face inquietante e trágica da beleza, ou o lado obscuro e perturbador na aparência resplandecente de Apolo. Ao retomar o conceito do belo através de uma harmonia dos contrários ou de uma poética do encontro entre o bestial e o rigor da forma, entre a graça e a crueldade humana, entre a razão e a vontade, a intenção é restabelecer e ressignificar as concepções estéticas que viam no belo e no inquietante não campos de atuação opostos que se excluem, mas componentes de uma beleza insondável que inquieta e perturba em seu caráter inapreensível. Uma beleza capaz de trazer à tona aquilo que era pra ser mantido oculto ou em segredo. Num segundo momento, a concepção do unheimlich como algo da ordem do estranho-familiar é retomada a partir das narrativas de retorno à casa, especialmente A parábola do filho pródigo. A casa enquanto abrigo é aqui tomada como refúgio e lugar do repouso contra a ameaça da noite que inquieta e perturba. A casa em sua dimensão estética, no confronto entre o que é heimlich e doméstico, e o unheimlich ou estranho. A construção do lar enquanto elemento reconfortante sofre aqui a ameaça da dimensão trágica. É dentro dessa prerrogativa da fruição estética como uma experiência da ordem do estranho-familiar que o trabalho consolida sua tese. Uma forma retórica de reafirmar que mesmo dentro de estruturas estabilizadoras, como o conceito apolíneo de beleza na estética, ou a volta ao "lar doce lar", há sempre uma dimensão trágica e perturbadora a se manifestar e provocar fascínio. |
id |
UFPE_335ad360dc56de63a20cfe1781a2f03c |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/23657 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
COSTA, Marcelo Monteirohttp://lattes.cnpq.br/0859580104430692http://lattes.cnpq.br/9124646423472615SILVA, Eduardo Duarte Gomes da2018-02-16T18:47:58Z2018-02-16T18:47:58Z2017-02-10https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23657O presente trabalho é uma investigação sobre a dimensão trágica da beleza, ou a relação entre o belo e o inquietante (unheimlich), que permeia o fascínio da experiência estética ou da ordem do sensível. Como o próprio título sugere, a pesquisa parte da composição dos impulsos artísticos apolíneo e dionisíaco, para então reivindicar a face inquietante e trágica da beleza, ou o lado obscuro e perturbador na aparência resplandecente de Apolo. Ao retomar o conceito do belo através de uma harmonia dos contrários ou de uma poética do encontro entre o bestial e o rigor da forma, entre a graça e a crueldade humana, entre a razão e a vontade, a intenção é restabelecer e ressignificar as concepções estéticas que viam no belo e no inquietante não campos de atuação opostos que se excluem, mas componentes de uma beleza insondável que inquieta e perturba em seu caráter inapreensível. Uma beleza capaz de trazer à tona aquilo que era pra ser mantido oculto ou em segredo. Num segundo momento, a concepção do unheimlich como algo da ordem do estranho-familiar é retomada a partir das narrativas de retorno à casa, especialmente A parábola do filho pródigo. A casa enquanto abrigo é aqui tomada como refúgio e lugar do repouso contra a ameaça da noite que inquieta e perturba. A casa em sua dimensão estética, no confronto entre o que é heimlich e doméstico, e o unheimlich ou estranho. A construção do lar enquanto elemento reconfortante sofre aqui a ameaça da dimensão trágica. É dentro dessa prerrogativa da fruição estética como uma experiência da ordem do estranho-familiar que o trabalho consolida sua tese. Uma forma retórica de reafirmar que mesmo dentro de estruturas estabilizadoras, como o conceito apolíneo de beleza na estética, ou a volta ao "lar doce lar", há sempre uma dimensão trágica e perturbadora a se manifestar e provocar fascínio.CAPESThe present study is an investigation about the tragic dimension of beauty, or the relationship between the beauty and the uncanny (unheimlich), which permeates the fascination of aesthetic experience or of a sensitive percept. As the title suggests, the research stems from the composition of Apollonian and Dionysian artistic impetus, in order to reclaim the disturbing and tragic face of beauty, or the obscure and disruptive side of the bright appearance of Apollo. By resuming the concept of beauty throughout a harmony of opposites or a poetic of the encounter of the bestial and the logical form, of human grace and cruelty, of rationality and will, the intention is to recover and reframe the aesthetic notion that used to perceive the beauty and the uncanny not as opposite scopes of work that exclude each other, but as components of an inconceivable beauty which disquiets and disturbs within its unreachable nature. A beauty that is capable of eliciting what should be kept occult or in secret. In a second moment, the notion of unheimlich as something in the strange-familiar category is took up from narratives of returning home, specially the parable of the prodigal son. The house as a shelter is here taken as a refuge and resting place against the threat of the night that troubles and terrifying. The house in its aesthetic dimension, in the confrontation between what is heimlich and domestic, and the unheimlich or stranger. The framing of home as a warming element is here threatened by the tragic dimension. Within this prerogative of aesthetic fruition as an experience in the strangefamiliar category, the work consolidates its theory. A rhetorical way of reassuring that even within the stabiliser structures, as the Apollonian concept of beauty in aesthetics, or the returning to “home sweet home”, there is always a tragic and disturbing dimension to arise and cause fascination.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em ComunicacaoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBestiárioBeloInquietanteEstranho-familiarTrágicoApoloArtes visuaisImaginárioAleksandr SokurovBestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da belezainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILBestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf.jpgBestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1200https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/5/Bestiario%20de%20Apolo%20%28tese%29%20Marcelo%20Monteiro%20Costa.pdf.jpgab2f64e4a283fcf31f10bb0439898a39MD55ORIGINALBestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdfBestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdfapplication/pdf13116392https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/1/Bestiario%20de%20Apolo%20%28tese%29%20Marcelo%20Monteiro%20Costa.pdf1d69d90ccd4ee1895811f13b8af7e823MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTBestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf.txtBestiario de Apolo (tese) Marcelo Monteiro Costa.pdf.txtExtracted texttext/plain379412https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/4/Bestiario%20de%20Apolo%20%28tese%29%20Marcelo%20Monteiro%20Costa.pdf.txt7131c85129d2f0fcac5b2a479673829dMD54123456789/236572019-10-25 07:49:31.161oai:repositorio.ufpe.br:123456789/23657TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T10:49:31Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza |
title |
Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza |
spellingShingle |
Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza COSTA, Marcelo Monteiro Bestiário Belo Inquietante Estranho-familiar Trágico Apolo Artes visuais Imaginário Aleksandr Sokurov |
title_short |
Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza |
title_full |
Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza |
title_fullStr |
Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza |
title_full_unstemmed |
Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza |
title_sort |
Bestiário do Apolo: a dimensão trágica e inquietante da beleza |
author |
COSTA, Marcelo Monteiro |
author_facet |
COSTA, Marcelo Monteiro |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0859580104430692 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9124646423472615 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
COSTA, Marcelo Monteiro |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
SILVA, Eduardo Duarte Gomes da |
contributor_str_mv |
SILVA, Eduardo Duarte Gomes da |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Bestiário Belo Inquietante Estranho-familiar Trágico Apolo Artes visuais Imaginário Aleksandr Sokurov |
topic |
Bestiário Belo Inquietante Estranho-familiar Trágico Apolo Artes visuais Imaginário Aleksandr Sokurov |
description |
O presente trabalho é uma investigação sobre a dimensão trágica da beleza, ou a relação entre o belo e o inquietante (unheimlich), que permeia o fascínio da experiência estética ou da ordem do sensível. Como o próprio título sugere, a pesquisa parte da composição dos impulsos artísticos apolíneo e dionisíaco, para então reivindicar a face inquietante e trágica da beleza, ou o lado obscuro e perturbador na aparência resplandecente de Apolo. Ao retomar o conceito do belo através de uma harmonia dos contrários ou de uma poética do encontro entre o bestial e o rigor da forma, entre a graça e a crueldade humana, entre a razão e a vontade, a intenção é restabelecer e ressignificar as concepções estéticas que viam no belo e no inquietante não campos de atuação opostos que se excluem, mas componentes de uma beleza insondável que inquieta e perturba em seu caráter inapreensível. Uma beleza capaz de trazer à tona aquilo que era pra ser mantido oculto ou em segredo. Num segundo momento, a concepção do unheimlich como algo da ordem do estranho-familiar é retomada a partir das narrativas de retorno à casa, especialmente A parábola do filho pródigo. A casa enquanto abrigo é aqui tomada como refúgio e lugar do repouso contra a ameaça da noite que inquieta e perturba. A casa em sua dimensão estética, no confronto entre o que é heimlich e doméstico, e o unheimlich ou estranho. A construção do lar enquanto elemento reconfortante sofre aqui a ameaça da dimensão trágica. É dentro dessa prerrogativa da fruição estética como uma experiência da ordem do estranho-familiar que o trabalho consolida sua tese. Uma forma retórica de reafirmar que mesmo dentro de estruturas estabilizadoras, como o conceito apolíneo de beleza na estética, ou a volta ao "lar doce lar", há sempre uma dimensão trágica e perturbadora a se manifestar e provocar fascínio. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-02-10 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-02-16T18:47:58Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-02-16T18:47:58Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23657 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/23657 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/5/Bestiario%20de%20Apolo%20%28tese%29%20Marcelo%20Monteiro%20Costa.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/1/Bestiario%20de%20Apolo%20%28tese%29%20Marcelo%20Monteiro%20Costa.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/23657/4/Bestiario%20de%20Apolo%20%28tese%29%20Marcelo%20Monteiro%20Costa.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
ab2f64e4a283fcf31f10bb0439898a39 1d69d90ccd4ee1895811f13b8af7e823 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 7131c85129d2f0fcac5b2a479673829d |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310806664118272 |