Biologia dos Agulhões negro (Makaira nigricans Lacepède, 1802) e branco (Tetrapturus albidus Poey, 1860) capturados no Oceano Atlântico Sul e Equatorial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PINHEIRO, Patrícia Barros
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8390
Resumo: O presente trabalho pretende aportar informações sobre a biologia dos agulhões negro (Makaira nigricans) e branco (Tetrapturus albidus) capturados no oceano atlântico sul e equatorial. Os exemplares examinados foram adquirido por observadores de bordo do Programa de Observadores de Bordo da Frota Atuneira Arrendada no Brasil. Todos os espécimens foram identificados a bordo, mensurando-se, imediatamente após o embarque, o comprimento da mandíbula inferior até a forquilha (MIF). Em seguida, os mesmos foram, então, eviscerados, coletando-se as gônadas, a nadadeira anal e os estômagos. Para o estudo da biologia reprodutiva e determinação dos estádios de maturação sexual, para as duas espécies, as gônadas foram analisadas macroscopicamente e histologicamente através de microscopia óptica. Para o cálculo do Índice Gonadal (IG), foi utilizada a seguinte equação: IG = PG x 105/MIFb. Para a estimativa do L50, utilizaou-se a freqüência relativa (%) de indivíduos adultos em cada classe de MIF, a partir de uma curva logística, utilizando a seguinte fórmula: Mf = 1/(1+e(a-b)*MIF). Para o estudo da idade e crescimento apenas do Makaira nigricans (agulhão negro), foi utilizado o segundo espinho da nadadeira anal, do qual mensurou-se a largura máxima do côndilo, cortando-se os mesmos, em seguida com um arco de serra, a uma distância de 5 cm medidos a partir da mesma. Em seguida foram realizadas três secções transversais de 0,45mm de espessura, utilizando-se uma Serra Metalográfica ISOMET, as quais foram analisadas através de imagem capturada por uma lupa com câmera CCD (Charge Coupled Device). Os anéis de crescimento foram analisados, utilizando-se o programa computacional SigmaScan Pro 5, tendo sido mensurados as distâncias entre o centro dos espinhos e a extremidade da borda de cada secção, definida como o raio do espinho (R), a distância do centro do espinho à borda da vascularização, definida como raio da vascularização (V), e a distância entre o centro do mesmo e os anéis de crescimento, definido como o raio dos anéis (ri). Os estômagos foram analisados em laboratório, identificando-se os itens alimentares até o menor táxon possível. Em seguida, o peso (g) e o comprimento total (cm) (quando possível) de cada presa foram aferidos, observando-se, também, as porcentagens em número (%N), peso úmido em grama (%P) e freqüência de ocorrência (%F.O.), utilizados para o cálculo do Índice de Importância Relativa (IIR), como segue: IIR= (%P + %N) x %F.O. Para o estudo da biologia reprodutiva do agulhão negro foi amostrado um total de 418 gônadas, sendo 260 machos e 158 fêmeas, com uma proporção sexual entre machos e fêmeas de 1,6:1,0. O comprimento (MIF) das fêmeas variou de 104 cm a 345 cm, com uma moda na classe de 205 cm a 220 cm. Para os machos, o comprimento variou de 100 cm a 267 cm, com uma moda na classe de 175 cm a 190 cm. A escala microscópica elaborada para o agulhão negro foi composta por 6 estágios maturacionais (imatura, em matruação, em maturação avançada, madura, esvaziada e em repouso) para as fêmeas e 4 para os machos (imaturo, em maturação, em maturação avançada e maduro). O tamanho médio de primeira maturação sexual para as fêmeas foi estimado em 183,5 cm e em 150,1 cm para os machos. A média mensal do índice gonadal (IG) para as fêmeas, foi mais elevado no mês de abril e nos meses de setembro e outubro. Para os machos, os maiores valores foram observados em abril e maio, no 1º semestre, e nos meses de agosto, setembro e outubro, no 2º semestre, em época similar às fêmeas. O tipo de desova observado foi parcelada, com a costa nordeste brasileira podendo ser caracterizada como uma área de maturação e repouso, e não de desova. A fecundidade em fêmeas com 272 cm a 290 cm (MIF) variou de 2.151.000 a 6.769.060 ovócitos hidratados. Para o estudo da biologia reprodutiva do agulhão branco foram analisados 924 indivíduos, sendo 656 fêmeas e 268 machos. O comprimento das fêmeas variou de 83 a 236 cm, enquanto nos machos o comprimento variou de 90 a 220 cm. As fêmeas foram mais abundantes do que os machos, apresentando diferença estatisticamente significativa (p=2,2-16). As fêmeas foram classificadas em cinco estágios de maturação sexual diferentes (imaturas, em maturação, maduras, desovadas e em repouso). Os machos, por sua vez, foram classificados em quatro estágios de desenvolvimento maturacional diferentes (imaturos, em maturação, maduros e gasto). Os machos apresentaram sua maior atividade reprodutiva durante o período de abril a agosto, quando foi observada a maior freqüência de indivíduos em maturação e maduro (80%). A média mensal do IG das fêmeas variou de 0,35 a 0,87, apresentando seus maiores valores no período de abril a junho. Nos machos, a média mensal do IG variou de 0,94 a 5,92. O tamanho de L50 para as fêmeas foi estimado em 144,9 cm e para os machos em 138,5 cm. Para o estudo da idade e crescimento foram amostrados 599 indivíduos de agulhão negro,dos quais foram observados os anéis de crescimento em 429 (71,6%) machos e 170 (28,4%) fêmeas, numa proporção sexual de 2,5:1,0. As médias mensais da taxa de incremento marginal (IM), para as idades agrupadas, apresentaram os menores valores no mês de junho, tanto para os machos (0,57) como para as fêmeas (0,51). As médias mensais não diferiram significativamente entre machos e fêmeas (ANOVA, p > 0,05). Os resultados do IM indicam que um anel de crescimento é formado a cada ano, provavelmente entre maio e junho para ambos os sexos. As médias do retrocálculo do MIF por idade, ajustadas pelo modelo de von Bertalanffy, indicam que apesar dos machos e das fêmeas apresentarem a mesma idade (16 anos), as fêmeas (394,7 cm) atingiram tamanhos maiores do que os machos(299,7cm). Um total de 257 estômagos do agulhão branco (Tetrapturus albidus), sendo 60 (23,3%) machos e 197 (76,7%) fêmeas, foram examinados. A estabilização de itens alimentares ocorreu com 54 itens e 150 estômagos, demonstrando que o número de estômagos amostrados foi suficiente para a análise do hábito alimentar da espécie. Do total de estômagos analisadas 220 (85,6%) apresentavam conteúdo e apenas 37 (14,4%) estavam vazios. Foram identificados 58 itens alimentares, incluindo 35 teleósteos, 20 cefalópodes e 2 crustáceos. De acordo com o IIR, com exceção dos ítens teleósteos e cefalópodes, o Dactylopterus volitans, foi o item de maior importância. O segundo mais importante foi o Ornithoteuthis antillarum, com 21,2% de ocorrência. Em 226 estômagos de agulhão negro analisados, foram identificados 44 itens, sendo 31 de peixes e 13 de cefalópodes. Em setenta exemplares os estômagos estavam vazios (23,6%), A estabilização de itens alimentares ocorreu com 45 itens em 110 estômagos. De acordo com o IIR a espécie tem preferência alimentar por teleósteos, principalmente o Katsuwonus pelamis e cefalópodes
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Em seguida, os mesmos foram, então, eviscerados, coletando-se as gônadas, a nadadeira anal e os estômagos. Para o estudo da biologia reprodutiva e determinação dos estádios de maturação sexual, para as duas espécies, as gônadas foram analisadas macroscopicamente e histologicamente através de microscopia óptica. Para o cálculo do Índice Gonadal (IG), foi utilizada a seguinte equação: IG = PG x 105/MIFb. Para a estimativa do L50, utilizaou-se a freqüência relativa (%) de indivíduos adultos em cada classe de MIF, a partir de uma curva logística, utilizando a seguinte fórmula: Mf = 1/(1+e(a-b)*MIF). Para o estudo da idade e crescimento apenas do Makaira nigricans (agulhão negro), foi utilizado o segundo espinho da nadadeira anal, do qual mensurou-se a largura máxima do côndilo, cortando-se os mesmos, em seguida com um arco de serra, a uma distância de 5 cm medidos a partir da mesma. Em seguida foram realizadas três secções transversais de 0,45mm de espessura, utilizando-se uma Serra Metalográfica ISOMET, as quais foram analisadas através de imagem capturada por uma lupa com câmera CCD (Charge Coupled Device). Os anéis de crescimento foram analisados, utilizando-se o programa computacional SigmaScan Pro 5, tendo sido mensurados as distâncias entre o centro dos espinhos e a extremidade da borda de cada secção, definida como o raio do espinho (R), a distância do centro do espinho à borda da vascularização, definida como raio da vascularização (V), e a distância entre o centro do mesmo e os anéis de crescimento, definido como o raio dos anéis (ri). Os estômagos foram analisados em laboratório, identificando-se os itens alimentares até o menor táxon possível. Em seguida, o peso (g) e o comprimento total (cm) (quando possível) de cada presa foram aferidos, observando-se, também, as porcentagens em número (%N), peso úmido em grama (%P) e freqüência de ocorrência (%F.O.), utilizados para o cálculo do Índice de Importância Relativa (IIR), como segue: IIR= (%P + %N) x %F.O. Para o estudo da biologia reprodutiva do agulhão negro foi amostrado um total de 418 gônadas, sendo 260 machos e 158 fêmeas, com uma proporção sexual entre machos e fêmeas de 1,6:1,0. O comprimento (MIF) das fêmeas variou de 104 cm a 345 cm, com uma moda na classe de 205 cm a 220 cm. Para os machos, o comprimento variou de 100 cm a 267 cm, com uma moda na classe de 175 cm a 190 cm. A escala microscópica elaborada para o agulhão negro foi composta por 6 estágios maturacionais (imatura, em matruação, em maturação avançada, madura, esvaziada e em repouso) para as fêmeas e 4 para os machos (imaturo, em maturação, em maturação avançada e maduro). O tamanho médio de primeira maturação sexual para as fêmeas foi estimado em 183,5 cm e em 150,1 cm para os machos. A média mensal do índice gonadal (IG) para as fêmeas, foi mais elevado no mês de abril e nos meses de setembro e outubro. Para os machos, os maiores valores foram observados em abril e maio, no 1º semestre, e nos meses de agosto, setembro e outubro, no 2º semestre, em época similar às fêmeas. O tipo de desova observado foi parcelada, com a costa nordeste brasileira podendo ser caracterizada como uma área de maturação e repouso, e não de desova. A fecundidade em fêmeas com 272 cm a 290 cm (MIF) variou de 2.151.000 a 6.769.060 ovócitos hidratados. Para o estudo da biologia reprodutiva do agulhão branco foram analisados 924 indivíduos, sendo 656 fêmeas e 268 machos. O comprimento das fêmeas variou de 83 a 236 cm, enquanto nos machos o comprimento variou de 90 a 220 cm. As fêmeas foram mais abundantes do que os machos, apresentando diferença estatisticamente significativa (p=2,2-16). As fêmeas foram classificadas em cinco estágios de maturação sexual diferentes (imaturas, em maturação, maduras, desovadas e em repouso). Os machos, por sua vez, foram classificados em quatro estágios de desenvolvimento maturacional diferentes (imaturos, em maturação, maduros e gasto). Os machos apresentaram sua maior atividade reprodutiva durante o período de abril a agosto, quando foi observada a maior freqüência de indivíduos em maturação e maduro (80%). A média mensal do IG das fêmeas variou de 0,35 a 0,87, apresentando seus maiores valores no período de abril a junho. Nos machos, a média mensal do IG variou de 0,94 a 5,92. O tamanho de L50 para as fêmeas foi estimado em 144,9 cm e para os machos em 138,5 cm. Para o estudo da idade e crescimento foram amostrados 599 indivíduos de agulhão negro,dos quais foram observados os anéis de crescimento em 429 (71,6%) machos e 170 (28,4%) fêmeas, numa proporção sexual de 2,5:1,0. As médias mensais da taxa de incremento marginal (IM), para as idades agrupadas, apresentaram os menores valores no mês de junho, tanto para os machos (0,57) como para as fêmeas (0,51). As médias mensais não diferiram significativamente entre machos e fêmeas (ANOVA, p > 0,05). Os resultados do IM indicam que um anel de crescimento é formado a cada ano, provavelmente entre maio e junho para ambos os sexos. As médias do retrocálculo do MIF por idade, ajustadas pelo modelo de von Bertalanffy, indicam que apesar dos machos e das fêmeas apresentarem a mesma idade (16 anos), as fêmeas (394,7 cm) atingiram tamanhos maiores do que os machos(299,7cm). Um total de 257 estômagos do agulhão branco (Tetrapturus albidus), sendo 60 (23,3%) machos e 197 (76,7%) fêmeas, foram examinados. 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Para a estimativa do L50, utilizaou-se a freqüência relativa (%) de indivíduos adultos em cada classe de MIF, a partir de uma curva logística, utilizando a seguinte fórmula: Mf = 1/(1+e(a-b)*MIF). Para o estudo da idade e crescimento apenas do Makaira nigricans (agulhão negro), foi utilizado o segundo espinho da nadadeira anal, do qual mensurou-se a largura máxima do côndilo, cortando-se os mesmos, em seguida com um arco de serra, a uma distância de 5 cm medidos a partir da mesma. Em seguida foram realizadas três secções transversais de 0,45mm de espessura, utilizando-se uma Serra Metalográfica ISOMET, as quais foram analisadas através de imagem capturada por uma lupa com câmera CCD (Charge Coupled Device). Os anéis de crescimento foram analisados, utilizando-se o programa computacional SigmaScan Pro 5, tendo sido mensurados as distâncias entre o centro dos espinhos e a extremidade da borda de cada secção, definida como o raio do espinho (R), a distância do centro do espinho à borda da vascularização, definida como raio da vascularização (V), e a distância entre o centro do mesmo e os anéis de crescimento, definido como o raio dos anéis (ri). Os estômagos foram analisados em laboratório, identificando-se os itens alimentares até o menor táxon possível. Em seguida, o peso (g) e o comprimento total (cm) (quando possível) de cada presa foram aferidos, observando-se, também, as porcentagens em número (%N), peso úmido em grama (%P) e freqüência de ocorrência (%F.O.), utilizados para o cálculo do Índice de Importância Relativa (IIR), como segue: IIR= (%P + %N) x %F.O. Para o estudo da biologia reprodutiva do agulhão negro foi amostrado um total de 418 gônadas, sendo 260 machos e 158 fêmeas, com uma proporção sexual entre machos e fêmeas de 1,6:1,0. O comprimento (MIF) das fêmeas variou de 104 cm a 345 cm, com uma moda na classe de 205 cm a 220 cm. Para os machos, o comprimento variou de 100 cm a 267 cm, com uma moda na classe de 175 cm a 190 cm. A escala microscópica elaborada para o agulhão negro foi composta por 6 estágios maturacionais (imatura, em matruação, em maturação avançada, madura, esvaziada e em repouso) para as fêmeas e 4 para os machos (imaturo, em maturação, em maturação avançada e maduro). O tamanho médio de primeira maturação sexual para as fêmeas foi estimado em 183,5 cm e em 150,1 cm para os machos. A média mensal do índice gonadal (IG) para as fêmeas, foi mais elevado no mês de abril e nos meses de setembro e outubro. Para os machos, os maiores valores foram observados em abril e maio, no 1º semestre, e nos meses de agosto, setembro e outubro, no 2º semestre, em época similar às fêmeas. O tipo de desova observado foi parcelada, com a costa nordeste brasileira podendo ser caracterizada como uma área de maturação e repouso, e não de desova. A fecundidade em fêmeas com 272 cm a 290 cm (MIF) variou de 2.151.000 a 6.769.060 ovócitos hidratados. Para o estudo da biologia reprodutiva do agulhão branco foram analisados 924 indivíduos, sendo 656 fêmeas e 268 machos. O comprimento das fêmeas variou de 83 a 236 cm, enquanto nos machos o comprimento variou de 90 a 220 cm. As fêmeas foram mais abundantes do que os machos, apresentando diferença estatisticamente significativa (p=2,2-16). As fêmeas foram classificadas em cinco estágios de maturação sexual diferentes (imaturas, em maturação, maduras, desovadas e em repouso). Os machos, por sua vez, foram classificados em quatro estágios de desenvolvimento maturacional diferentes (imaturos, em maturação, maduros e gasto). Os machos apresentaram sua maior atividade reprodutiva durante o período de abril a agosto, quando foi observada a maior freqüência de indivíduos em maturação e maduro (80%). A média mensal do IG das fêmeas variou de 0,35 a 0,87, apresentando seus maiores valores no período de abril a junho. Nos machos, a média mensal do IG variou de 0,94 a 5,92. O tamanho de L50 para as fêmeas foi estimado em 144,9 cm e para os machos em 138,5 cm. Para o estudo da idade e crescimento foram amostrados 599 indivíduos de agulhão negro,dos quais foram observados os anéis de crescimento em 429 (71,6%) machos e 170 (28,4%) fêmeas, numa proporção sexual de 2,5:1,0. As médias mensais da taxa de incremento marginal (IM), para as idades agrupadas, apresentaram os menores valores no mês de junho, tanto para os machos (0,57) como para as fêmeas (0,51). As médias mensais não diferiram significativamente entre machos e fêmeas (ANOVA, p > 0,05). Os resultados do IM indicam que um anel de crescimento é formado a cada ano, provavelmente entre maio e junho para ambos os sexos. As médias do retrocálculo do MIF por idade, ajustadas pelo modelo de von Bertalanffy, indicam que apesar dos machos e das fêmeas apresentarem a mesma idade (16 anos), as fêmeas (394,7 cm) atingiram tamanhos maiores do que os machos(299,7cm). Um total de 257 estômagos do agulhão branco (Tetrapturus albidus), sendo 60 (23,3%) machos e 197 (76,7%) fêmeas, foram examinados. A estabilização de itens alimentares ocorreu com 54 itens e 150 estômagos, demonstrando que o número de estômagos amostrados foi suficiente para a análise do hábito alimentar da espécie. Do total de estômagos analisadas 220 (85,6%) apresentavam conteúdo e apenas 37 (14,4%) estavam vazios. Foram identificados 58 itens alimentares, incluindo 35 teleósteos, 20 cefalópodes e 2 crustáceos. De acordo com o IIR, com exceção dos ítens teleósteos e cefalópodes, o Dactylopterus volitans, foi o item de maior importância. O segundo mais importante foi o Ornithoteuthis antillarum, com 21,2% de ocorrência. Em 226 estômagos de agulhão negro analisados, foram identificados 44 itens, sendo 31 de peixes e 13 de cefalópodes. Em setenta exemplares os estômagos estavam vazios (23,6%), A estabilização de itens alimentares ocorreu com 45 itens em 110 estômagos. De acordo com o IIR a espécie tem preferência alimentar por teleósteos, principalmente o Katsuwonus pelamis e cefalópodes
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