Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Ana Carolina Bezerra
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000wrhf
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1097
Resumo: A evolução do dimorfismo sexual de forma e tamanho do crânio e mandíbula foi estudada em 31 táxons de marsupiais didelfídeos, a fim de compreender melhor o desenvolvimento desse caráter na família. Para elucidar fatores que poderiam estar condicionando esse dimorfismo nos Didelphidae, foi analisada também a evolução de outros dois elementos: alometrias entre tamanho e forma do crânio e da mandíbula; e bionomia das mesmas 31 espécies. Foi realizado um mapeamento de todos estes caracteres, qualitativos e quantitativos, sobre uma filogenia da família, reconstruindo seus estados ancestrais utilizando métodos de parcimônia. Foram feitas também correlações utilizando contrastes independentes dos dados de dimorfismo sexual para auxiliar a esclarecer os padrões evolutivos do dimorfismo sexual. Tais correlações foram significativas, indicando coevolução entre os tipos de dimorfismo em ambas as estruturas estudadas. Não houve tendência unidirecional de surgimento/desaparecimento e aumento/decréscimo do dimorfismo nos Didelphidae. As reconstruções também indicaram coevolução entre os dimorfismos. Poucas espécies são altamente dimórficas e a maioria apresenta dimorfismo sexual de forma. Os resultados de alometrias entre os sexos foram iguais para crânio e mandíbula, mas elas também não apresentam padrão geral em direção à igualdade ou diferenciação das mesmas entre os sexos. Ambos os estados estão uniformemente distribuídos na filogenia. O comportamento das alometrias no crânio e na mandíbula coevoluiu, mas o padrão de alometrias entre os sexos não é conservado dentro de Didelphidae e não coevoluiu com o dimorfismo sexual, indicando que não explica a evolução deste caráter. Outros fatores, não-alométricos, devem condicionar este caráter nessa família. No entanto, apesar de padrões aparecem dentro de alguns clados, não há também evidência de coevolução entre bionomia e dimorfismo sexual nos Didelphidae. Espécies asazonais são poucas e não dimórficas de tamanho, talvez pelo fato de se reproduzirem continuamente e sofrerem menores pressões seletivas. A semelparidade é rara dentro de Didelphidae, surgindo apenas em Monodelphini e seguindo daí caminhos evolutivos distintos. Espécies semélparas exibem maiores tamanhos de ninhada nos Didelphidae por se reproduzirem uma única vez. Acredita-se que a seleção sexual direcione o padrão de dimorfismo sexual onde os machos são maiores que as fêmeas em espécies semélparas de Didelphidae. Portanto, nem alometrias nem bionomia, a princípio, explicam nem condicionam a evolução do dimorfismo sexual nos didelfídeos. A inclusão de uma maior quantidade de dados reprodutivos de marsupiais didelfídeos seria ideal para testar a veracidade da ausência de coevolução entre estratégias bionômicas e dimorfismo sexual. Associar dados ecológicos ou de padrões de distribuição poderiam ajudar a compreender melhor a evolução das estratégias bionômicas e a sua importância sobre a evolução do dimorfismo sexual nos Didelphidae
id UFPE_340a359ae86018b40ca207da098fe0c8
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1097
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling SILVA, Ana Carolina BezerraMORAES, Diego Astúa de2014-06-12T15:07:35Z2014-06-12T15:07:35Z2012-02-10Carolina Bezerra Silva, Ana; Astúa de Moraes, Diego. Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae). 2012. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1097ark:/64986/001300000wrhfA evolução do dimorfismo sexual de forma e tamanho do crânio e mandíbula foi estudada em 31 táxons de marsupiais didelfídeos, a fim de compreender melhor o desenvolvimento desse caráter na família. Para elucidar fatores que poderiam estar condicionando esse dimorfismo nos Didelphidae, foi analisada também a evolução de outros dois elementos: alometrias entre tamanho e forma do crânio e da mandíbula; e bionomia das mesmas 31 espécies. Foi realizado um mapeamento de todos estes caracteres, qualitativos e quantitativos, sobre uma filogenia da família, reconstruindo seus estados ancestrais utilizando métodos de parcimônia. Foram feitas também correlações utilizando contrastes independentes dos dados de dimorfismo sexual para auxiliar a esclarecer os padrões evolutivos do dimorfismo sexual. Tais correlações foram significativas, indicando coevolução entre os tipos de dimorfismo em ambas as estruturas estudadas. Não houve tendência unidirecional de surgimento/desaparecimento e aumento/decréscimo do dimorfismo nos Didelphidae. As reconstruções também indicaram coevolução entre os dimorfismos. Poucas espécies são altamente dimórficas e a maioria apresenta dimorfismo sexual de forma. Os resultados de alometrias entre os sexos foram iguais para crânio e mandíbula, mas elas também não apresentam padrão geral em direção à igualdade ou diferenciação das mesmas entre os sexos. Ambos os estados estão uniformemente distribuídos na filogenia. O comportamento das alometrias no crânio e na mandíbula coevoluiu, mas o padrão de alometrias entre os sexos não é conservado dentro de Didelphidae e não coevoluiu com o dimorfismo sexual, indicando que não explica a evolução deste caráter. Outros fatores, não-alométricos, devem condicionar este caráter nessa família. No entanto, apesar de padrões aparecem dentro de alguns clados, não há também evidência de coevolução entre bionomia e dimorfismo sexual nos Didelphidae. Espécies asazonais são poucas e não dimórficas de tamanho, talvez pelo fato de se reproduzirem continuamente e sofrerem menores pressões seletivas. A semelparidade é rara dentro de Didelphidae, surgindo apenas em Monodelphini e seguindo daí caminhos evolutivos distintos. Espécies semélparas exibem maiores tamanhos de ninhada nos Didelphidae por se reproduzirem uma única vez. Acredita-se que a seleção sexual direcione o padrão de dimorfismo sexual onde os machos são maiores que as fêmeas em espécies semélparas de Didelphidae. Portanto, nem alometrias nem bionomia, a princípio, explicam nem condicionam a evolução do dimorfismo sexual nos didelfídeos. A inclusão de uma maior quantidade de dados reprodutivos de marsupiais didelfídeos seria ideal para testar a veracidade da ausência de coevolução entre estratégias bionômicas e dimorfismo sexual. Associar dados ecológicos ou de padrões de distribuição poderiam ajudar a compreender melhor a evolução das estratégias bionômicas e a sua importância sobre a evolução do dimorfismo sexual nos DidelphidaeFundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de PernambucoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAlometriasContrastesDidelfídeosFilogeniaFormaMorfologiaReconstrução dos estados ancestraisReproduçãoSemelparidadeTamanhoEvolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo9608_1.pdf.jpgarquivo9608_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1308https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/5/arquivo9608_1.pdf.jpg19d49a3eb360ae73c3a326f683fe531cMD55ORIGINALarquivo9608_1.pdfapplication/pdf6645005https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/1/arquivo9608_1.pdf67237c9dae72c95720a83e2b4a909a4bMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo9608_1.pdf.txtarquivo9608_1.pdf.txtExtracted texttext/plain339789https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/3/arquivo9608_1.pdf.txt2713ead60712e41b0958fbbd63853cb5MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/4/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD54123456789/10972019-10-25 10:20:04.491oai:repositorio.ufpe.br:123456789/1097Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T13:20:04Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)
title Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)
spellingShingle Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)
SILVA, Ana Carolina Bezerra
Alometrias
Contrastes
Didelfídeos
Filogenia
Forma
Morfologia
Reconstrução dos estados ancestrais
Reprodução
Semelparidade
Tamanho
title_short Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)
title_full Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)
title_fullStr Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)
title_full_unstemmed Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)
title_sort Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae)
author SILVA, Ana Carolina Bezerra
author_facet SILVA, Ana Carolina Bezerra
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv SILVA, Ana Carolina Bezerra
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MORAES, Diego Astúa de
contributor_str_mv MORAES, Diego Astúa de
dc.subject.por.fl_str_mv Alometrias
Contrastes
Didelfídeos
Filogenia
Forma
Morfologia
Reconstrução dos estados ancestrais
Reprodução
Semelparidade
Tamanho
topic Alometrias
Contrastes
Didelfídeos
Filogenia
Forma
Morfologia
Reconstrução dos estados ancestrais
Reprodução
Semelparidade
Tamanho
description A evolução do dimorfismo sexual de forma e tamanho do crânio e mandíbula foi estudada em 31 táxons de marsupiais didelfídeos, a fim de compreender melhor o desenvolvimento desse caráter na família. Para elucidar fatores que poderiam estar condicionando esse dimorfismo nos Didelphidae, foi analisada também a evolução de outros dois elementos: alometrias entre tamanho e forma do crânio e da mandíbula; e bionomia das mesmas 31 espécies. Foi realizado um mapeamento de todos estes caracteres, qualitativos e quantitativos, sobre uma filogenia da família, reconstruindo seus estados ancestrais utilizando métodos de parcimônia. Foram feitas também correlações utilizando contrastes independentes dos dados de dimorfismo sexual para auxiliar a esclarecer os padrões evolutivos do dimorfismo sexual. Tais correlações foram significativas, indicando coevolução entre os tipos de dimorfismo em ambas as estruturas estudadas. Não houve tendência unidirecional de surgimento/desaparecimento e aumento/decréscimo do dimorfismo nos Didelphidae. As reconstruções também indicaram coevolução entre os dimorfismos. Poucas espécies são altamente dimórficas e a maioria apresenta dimorfismo sexual de forma. Os resultados de alometrias entre os sexos foram iguais para crânio e mandíbula, mas elas também não apresentam padrão geral em direção à igualdade ou diferenciação das mesmas entre os sexos. Ambos os estados estão uniformemente distribuídos na filogenia. O comportamento das alometrias no crânio e na mandíbula coevoluiu, mas o padrão de alometrias entre os sexos não é conservado dentro de Didelphidae e não coevoluiu com o dimorfismo sexual, indicando que não explica a evolução deste caráter. Outros fatores, não-alométricos, devem condicionar este caráter nessa família. No entanto, apesar de padrões aparecem dentro de alguns clados, não há também evidência de coevolução entre bionomia e dimorfismo sexual nos Didelphidae. Espécies asazonais são poucas e não dimórficas de tamanho, talvez pelo fato de se reproduzirem continuamente e sofrerem menores pressões seletivas. A semelparidade é rara dentro de Didelphidae, surgindo apenas em Monodelphini e seguindo daí caminhos evolutivos distintos. Espécies semélparas exibem maiores tamanhos de ninhada nos Didelphidae por se reproduzirem uma única vez. Acredita-se que a seleção sexual direcione o padrão de dimorfismo sexual onde os machos são maiores que as fêmeas em espécies semélparas de Didelphidae. Portanto, nem alometrias nem bionomia, a princípio, explicam nem condicionam a evolução do dimorfismo sexual nos didelfídeos. A inclusão de uma maior quantidade de dados reprodutivos de marsupiais didelfídeos seria ideal para testar a veracidade da ausência de coevolução entre estratégias bionômicas e dimorfismo sexual. Associar dados ecológicos ou de padrões de distribuição poderiam ajudar a compreender melhor a evolução das estratégias bionômicas e a sua importância sobre a evolução do dimorfismo sexual nos Didelphidae
publishDate 2012
dc.date.issued.fl_str_mv 2012-02-10
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-06-12T15:07:35Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-06-12T15:07:35Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Carolina Bezerra Silva, Ana; Astúa de Moraes, Diego. Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae). 2012. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1097
dc.identifier.dark.fl_str_mv ark:/64986/001300000wrhf
identifier_str_mv Carolina Bezerra Silva, Ana; Astúa de Moraes, Diego. Evolução do dimorfismo sexual e das estratégias bionômicas em marsupiais neotropicais (Didelphimorphia, Didelphidae). 2012. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.
ark:/64986/001300000wrhf
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/1097
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/5/arquivo9608_1.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/1/arquivo9608_1.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/2/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/3/arquivo9608_1.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/1097/4/license_rdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 19d49a3eb360ae73c3a326f683fe531c
67237c9dae72c95720a83e2b4a909a4b
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
2713ead60712e41b0958fbbd63853cb5
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1815172937094791168