Potencial antifúngico in vitro e in vivo de metabólitos bioativos de plantas medicinais do Nordeste
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28981 |
Resumo: | O complexo Cryptococcus compreendem leveduras capsuladas que causam a criptococose, fungos estes que já apresentaram relatos de resistência aos antifúngicos disponíveis, tonando-se um problema de saúde pública. Foi avaliado o potencial antifúngico in vitro e in vivo de compostos bioativos presentes em plantas medicinais do Nordeste brasileiro. Trata-se de uma pesquisa experimental e analítica. Os vegetais pesquisados foram Eugenia uniflora L., Libidibia ferrea Mart., Anadenanthera colubrina (Vell.) e Schinus terebinthifolius Raddi. frente a isolados clínicos de Cryptococcus neoformans (n=30) e Cryptococcus gattii (n=05), estocados da Coleção de Culturas URM da UFPE. Os isolados foram confirmados por taxonomia clássica e espectrometria de massas, através da técnica de MALDI-TOF MS. Para o teste de sensibilidade in vitro, as concentrações inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas seguindo o protocolo M27-A3. A avaliação do sinergismo seguiu o método de Checkerboard. Em seguida, a atividade antifúngica in vivo seguiu o modelo de infecção experimental de criptococose sistêmica, em cinco grupos com oito ratos Wistar cada, obtidos no biotério do Departamento de Farmacologia e Fisiologia da UFPE, a seguir: Grupo 1 (G1) = apenas imunossuprimido; G2 = imunossuprimido infectado; G3 = imunossuprimido infectado + tratado com fluconazol; G4 = imunossuprimido infectado + tratado com anfotericina B e G5 = imunossuprimido infectado + tratado com extrato vegetal que apresentou menores valores de CIM’s. Os animais foram imunossuprimidos com ciclofosfamida, infectados via veia caudal com 100μL de uma suspensão de 10⁷ células/mL e acompanhados por 28 dias para determinação da taxa de sobrevivênvia. A Significância estatística foi determinada segundo análise não paramétrica de Kaplan-Meyer com p<0,5. E a toxidade do composto foi determinada por DL₅₀. Todos os testes in vitro e in vivo foram realizados em duplicata. O extrato de Eugenia uniflora não apresentou atividade antifúngica. Os extratos obtidos de Libidibia férrea e Anadenanthera colubrina (Vell.) apresentaram atividade inibitória entre 8-2.048 μg.mL⁻¹. Compostos de Schinus terebinthifoliu apresentaram as menores CIM com valores entre 4 a 512 μg.mL⁻¹. A avaliação combinada entre anfotericina B e o extrato de Schinus terebinthifoliu se apresentou antagônica para dez isolados de C. neoformans, cinco de C. gattii e Candida parapsilosis ATCC 22019, entretanto a combinação com fluconazol se demostrou aditiva para sete isolados de C. neoformans e a ATCC 22019, e indiferente para três isolados de C. neoformans e cinco C. gattii. O acido gálico padrão, em combinação com fluconazol ou anfotericina B, demostrou-se indiferente ou antagônico respectivamente, frente aos isolados de C. neoformans, C. gattii e ATCC 22019. Na criptococose experimental, a imunossupressão foi eficaz, pois os ratos apresentaram leucograma de 0,11 a 0,52.10³/μL. G5 apresentou valores significantivos de Log-rank quando comparados aos G3 e G2 (p=0,0001). Marcadores séricos não evidenciaram comprometimento renal ou hepático após o tratamento com Schinus terebinthifoliu. Schinus terebinthifoliu não apresentou toxidade. Plantas medicinais constituídas por compostos bioativos são promissores para a formulação de novos fármacos, podendo atuar como alternativa terapêutica no tratamento da criptococose. |
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ARAUJO, Crisdiano Santos Ferreira dehttp://lattes.cnpq.br/3741699209950455http://lattes.cnpq.br/9993875563206244LIMA NETO, Reginaldo Gonçalves deSOARES, Luiz Alberto Lira2019-02-06T18:44:54Z2019-02-06T18:44:54Z2016-02-19https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28981ark:/64986/00130000091pvO complexo Cryptococcus compreendem leveduras capsuladas que causam a criptococose, fungos estes que já apresentaram relatos de resistência aos antifúngicos disponíveis, tonando-se um problema de saúde pública. Foi avaliado o potencial antifúngico in vitro e in vivo de compostos bioativos presentes em plantas medicinais do Nordeste brasileiro. Trata-se de uma pesquisa experimental e analítica. Os vegetais pesquisados foram Eugenia uniflora L., Libidibia ferrea Mart., Anadenanthera colubrina (Vell.) e Schinus terebinthifolius Raddi. frente a isolados clínicos de Cryptococcus neoformans (n=30) e Cryptococcus gattii (n=05), estocados da Coleção de Culturas URM da UFPE. Os isolados foram confirmados por taxonomia clássica e espectrometria de massas, através da técnica de MALDI-TOF MS. Para o teste de sensibilidade in vitro, as concentrações inibitórias mínimas (CIM) foram determinadas seguindo o protocolo M27-A3. A avaliação do sinergismo seguiu o método de Checkerboard. Em seguida, a atividade antifúngica in vivo seguiu o modelo de infecção experimental de criptococose sistêmica, em cinco grupos com oito ratos Wistar cada, obtidos no biotério do Departamento de Farmacologia e Fisiologia da UFPE, a seguir: Grupo 1 (G1) = apenas imunossuprimido; G2 = imunossuprimido infectado; G3 = imunossuprimido infectado + tratado com fluconazol; G4 = imunossuprimido infectado + tratado com anfotericina B e G5 = imunossuprimido infectado + tratado com extrato vegetal que apresentou menores valores de CIM’s. 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A avaliação combinada entre anfotericina B e o extrato de Schinus terebinthifoliu se apresentou antagônica para dez isolados de C. neoformans, cinco de C. gattii e Candida parapsilosis ATCC 22019, entretanto a combinação com fluconazol se demostrou aditiva para sete isolados de C. neoformans e a ATCC 22019, e indiferente para três isolados de C. neoformans e cinco C. gattii. O acido gálico padrão, em combinação com fluconazol ou anfotericina B, demostrou-se indiferente ou antagônico respectivamente, frente aos isolados de C. neoformans, C. gattii e ATCC 22019. Na criptococose experimental, a imunossupressão foi eficaz, pois os ratos apresentaram leucograma de 0,11 a 0,52.10³/μL. G5 apresentou valores significantivos de Log-rank quando comparados aos G3 e G2 (p=0,0001). Marcadores séricos não evidenciaram comprometimento renal ou hepático após o tratamento com Schinus terebinthifoliu. Schinus terebinthifoliu não apresentou toxidade. Plantas medicinais constituídas por compostos bioativos são promissores para a formulação de novos fármacos, podendo atuar como alternativa terapêutica no tratamento da criptococose.FACEPEThe Cryptococcus complex comprises encapsulated yeasts that cause cryptococcosis, which have had reports of resistance to the available antifungal agents, becoming a public health problem. The in vitro and in vivo antifungal potential of bioactive compounds from medicinal plants of the Brazilian Northeast were evaluated. This is an experimental and analytical research. The studied plants were Eugenia uniflora L., Libidibia ferrea Mart., Anadenanthera colubrina (Vell.) e Schinus terebinthifolius Raddi. in contrast to clinical isolates of Cryptococcus neoformans (n=30) and Cryptococcus gattii (n=05), stocked at the URM Culture Collection of UFPE. The isolates were identified by classical taxonomy and mass spectrometry by MALDI-TOF MS technique. For the sensitivity test in vitro, the minimum inhibitory concentrations (MIC) were determined following the M27-A3 protocol. Synergism was evaluated following the Checkerboard method. In vivo antifungal activity followed the model of experimental infection of systemic cryptococcosis in groups of eight conventional Wistar rats obtained from the Department of Pharmacology and Physiology CCS/UFPE, in which: Group 1 (G1) = immunosuppressed rats; G2 = infected immunosuppressed rats; G3 = infected immunosuppressed rats treated with fluconazole; G4 = infected immunosuppressed rats treated with amphotericin B and G5 = infected immunosuppressed treated with plant extrat that presented lower values of MIC. The animals were immunosuppressed with cyclophosphamide and infected via the tail vein with 100μL of a suspension of 10⁷ cells/mL. They were accompanied for 28 days to determine the survival rate. Statitical significance was determined by non-parametric analysis of Kaplan-Meier, and its toxicity by LD₅₀. All realized tests were in duplicated. Eugenia uniflora extrats did not present antifungal activity. All compounds obtained from Libidibia ferrea and Anadenanthera colubrina (Vell.) showed inhibitory activity ranging from 8-2.048 μg.mL⁻¹. Schinus terebinthifoliu compounds had the lowest MIC values from 4 to 512 μg.mL⁻¹. When combined with amphotericin B, Schinus terebinthifoliu extracts presented antagonistic activity for ten strains of C. neoformans, five C. gattii and ATCC 22019 Candida parapsilosis, however the combination with fluconazole has demonstrated additive activity to seven isolates of C. neoformans and ATCC 2219 C. parapsilosis, and indifferent activity for three isolates of C. neoformans and five C. gattii. Standard Gallic acid when combined with fluconazole or amphotericin B has demonstrated indifferent or antagonistic activity respectively, to isolates of C. neoformans, C. gattii and ATCC 22019 C. parapsilosis. In the experimental model in vivo, the immunosuppression was effective, as the rats showed white blood cells counting ranging from 0.11 to 0,52x10³/μL. G5 group compared to G3 and G2 groups presented significant values of Log-rank (p=0.0001). Serum values showed that there was no kidney or liver impairment mice after treatment with Schinus terebinthifoliu. Schinus terebinthifoliu has showed no toxicity. Medicinal plants with bioactive compounds are promising for the development of new drugs, which can act as a therapeutic alternative for the treatment of cryptococcosis.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia de FungosUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCryptococusMetabólitosPlantas medicinaisAgentes antifúngicosPotencial antifúngico in vitro e in vivo de metabólitos bioativos de plantas medicinais do Nordesteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Crisdiano Santos Ferreira de Araujo.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Crisdiano Santos Ferreira de Araujo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1131https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28981/9/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Crisdiano%20Santos%20Ferreira%20de%20Araujo.pdf.jpgae04c694dabdb62215361bd6b80c6b82MD59ORIGINALDISSERTAÇÃO Crisdiano Santos Ferreira de Araujo.pdfDISSERTAÇÃO Crisdiano Santos Ferreira de Araujo.pdfapplication/pdf1745901https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28981/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Crisdiano%20Santos%20Ferreira%20de%20Araujo.pdfdb69211056c1f40f2dda04e1aa73bda1MD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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