Construção e validação de definições constitutivas e operacionais dos indicadores do resultado de enfermagem vínculo pais-bebê: estudo com mães de bebês com até 12 meses

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ALBUQUERQUE, Jaqueline Galdino
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000010qxg
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12608
Resumo: O estudo teve o objetivo de construir e validar definições constitutivas e operacionais dos indicadores do resultado de enfermagem Vínculo Pais-bebê aplicado às mães de crianças com até 12 meses. Trata-se de uma pesquisa metodológica desenvolvida com base no modelo da Psicometria e em uma proposta de validação de diagnósticos de enfermagem. O estudo foi executado em três etapas: construção das definições constitutivas e operacionais; análise de conteúdo por especialistas; e validação clínica das definições junto a uma amostra de mães e bebês com até 12 meses de idade atendidos em Unidades de Saúde da Família (USF) do município da Vitória de Santo Antão - PE. As definições constitutivas e operacionais foram analisadas por 14 e 12 especialistas, respectivamente. Calcularam-se os percentuais de concordância entre os peritos e aplicou-se o teste binomial para verificar se a proporção de especialistas que consideraram os itens adequados era igual ou superior a 0,85. O nível de confiança adotado foi de 5%. Após essa etapa, realizou-se a validação clínica das definições junto à população alvo. O teste dos postos assinalados de Wilcoxon foi aplicado para confirmar a hipótese de existência de diferenças entre utilizar definições operacionais e não aplicar essas definições para avaliação da relação afetiva entre mãe e filho. Ademais, para averiguar a estabilidade dos indicadores operacionalizados da escala de resultado, realizou-se o teste e o reteste com uma amostra de 101 e 41 mães, respectivamente. Para o exame da validade concorrente, o Inventário de Percepção Vincular Materna (IPVM) foi o padrãoouro. A consistência interna do instrumento foi medida por meio do coeficiente alfa de Cronbach. Para mensurar a homogeneidade das medidas calculou-se o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa e obedeceu às normas regulamentadores de pesquisas com seres humanos de acordo com a resolução 466/2012. As definições constitutivas e operacionais foram desenvolvidas por meio de uma revisão integrativa. A análise por especialistas demonstrou que essas definições mostraram-se adequadas de acordo com o teste binomial, exceto o item Realização de Visitas ao berçário. Os enfermeiros de USF’s consideraram as definições claras e pertinentes ao contexto do cuidado de enfermagem. Sobre a validação clínica, somente quatro indicadores não mostraram diferenças na avaliação do vínculo entre mãe e bebê ao se utilizarem ou não as definições operacionais: Ato de tocar, fazer movimentos delicados de toque no bebê; Vocalização para o bebê; Ato de confortar o bebê; e Ato de segurar o bebê para alimentá-lo. A maior parte das medidas teste-reteste realizadas com as definições apresentaram elevado CCI. A consistência interna da escala com as definições operacionais foi considerada aceitável (α=0,716). O coeficiente de correlação de Spearman mostrou validade concorrente entre a escala NOC e o IPVM (p=0,357; p=0,004). O estudo mostrou que as definições constitutivas e operacionais são válidas para mensurar o resultado Vínculo Pais-bebê. Houve diferenças entre utilizar ou não essas definições para se verificar a relação afetiva entre mãe e filho. Ademais, o instrumento apresentou consistência interna satisfatória e validade concorrente com o IPVM.
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