O campo magnético natural terrestre como parâmetro da movimentação oceânica de tartarugas marinhas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SILVA, Guilherme Pereira da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10687
Resumo: Neste estudo relaciona-se o campo magnético natural terrestre, a movimentos oceânicos de tartarugas marinhas. Utilizou-se mapas e dados de posição geográfica, referentes a rotas oceânicas de tartarugasverdes (Chelonia mydas) e tartarugas-de-couro (Dermochelys coriacea), publicados em periódicos especializados. Construiu-se tabelas, contendo dados relativos ao campo geomagnético, em softwares dos modelos globais WMM2010 e EMM2010. Além de comparativos, com gráficos e tabelas numéricas, entre as posições ocupadas por animais e a intensidade do campo magnético total (F), da contribuição dada pela crosta. Inicialmente, foi identificada a presença de múltiplas anomalias magnéticas (variações irregulares do campo), próximas às posições ocupadas pelas tartarugas marinhas. Localizadas as posições geográficas e intensidades destas anomalias, constatou-se que as tartarugas-verdes deslocaram-se no sentido de evitarem estas regiões. O estudo aplicou a metodologia, à trilhas oceânicas de onze regiões distintas, verificando ser este comportamento comum a todas elas. Um estudo matemático específico, relativo às intensidades de anomalias magnéticas, nas proximidades das Ilhas de Ascensão (no Oceano Atlântico) e da Ilha Europa (Canal de Moçambique), mostrou que, além de desviarem de anomalias, os animais navegaram por uma faixa cuja intensidade oscilou entre - 50 e +50 nanoTesla (nT). Isto sugere haver uma “faixa de conforto geomagnético”, relativo à contribuição gerada pela crosta terrestre, na qual os animais buscam se posicionar. Cinco tartarugasverdes na Ilha de Ascensão estiveram em regiões a 85% desta faixa, e três animais na Ilha Europa, a 81%. Assim, na maior parte das posições ocupadas pelos animais, o campo de anomalias variou entre - 50 e +50 nT. Foram realizados mais dois estudos comparativos, utilizando o campo magnético da crosta, porém considerando-se as componentes Norte-Sul, Leste-Oeste e Vertical, do campo total. Um primeiro estudo, comparou posições geográficas de sete tartarugas-verdes, que depositaram ovos em Galápagos e migravam para o continente, com a intensidade do campo total da crosta oceânica. Neste caso, os animais também mantiveram o mesmo comportamento, evitando regiões de maior variabilidade geomagnética. Ao analisar-se a região do entorno de cada posição ocupada, verificou-se que os animais optaram por ocupar posições com intensidade relativa próxima à média local. Uma projeção georreferenciada, de regiões do entorno (limites meio por meio grau), mostrou que os animais estavam, na maior parte das vezes, mais próximos das intensidades médias do que das máximas e mínimas. Numéricamente, a diferença entre as médias locais e as intensidades nas posições dos animais variou entre 1,4 e 8,5%. A diferença relativa de intensidade para máximos e mínimos locais estão, em média, entre 44,3 e 55,7%, indicando que os animais optaram por posições intermediárias. Um último estudo, repetiu a metodologia para duas tartarugas-de-couro, um macho e uma fêmea, que navegaram no Oceano Atlântico Sul, próximo à costa brasileira. Além de percorrem rotas que evitavam regiões com maior variabilidade do campo da crosta oceânica, estes animais mantiveram-se em posições cujas intensidades eram relativamente medianas ao entorno. Durante o trajeto, os animais posicionaram-se em locais onde a intensidade é mais próxima das médias locais, do que das máximas e mínimas. O espécime fêmea esteve em pontos que diferiam de intensidade, em média, em 1,75% do valor médio local de campo; enquanto o espécime macho em 0,42%. Assim, através de avaliações realizadas por regiões oceânicas distintas, espécies diferentes e épocas diversas, pode-se apontar a intensidade do campo magnético gerado pela crosta terrestre como um parâmetro componente da orientação e navegabilidade de tartarugas marinhas em mar aberto.
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