Pesca e Historia Natural da Raia-roxa, Pteroplatytrygon violacea (Bonaparte, 1832), No Atlântico Ocidental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12176 |
Resumo: | A raia-roxa, Pteroplatytrygon violacea (Bonaparte, 1832), é a única espécie da família Dasyatidae no ambiente pelágico. O objetivo geral do presente trabalho consistiu em agregar informações sobre a espécie, principalmente no que se refere a sua pesca, seu hábito alimentar, aspectos reprodutivos, distribuição, abundância relativa e preferências de uso do habitat no Oceano Atlântico Ocidental. Para determinar seu hábito alimentar, os estômagos de 106 espécimes foram analisados (69 machos, 26 fêmeas e 11 sem informação de sexo). A importância de cada item alimentar na dieta foi obtida pelo Índice de Importância Relativa (IIR). Foram observados teleósteos, cefalópodes, crustáceos e outras presas que incluíam tunicados, pterópodes e heterópodas. As observações sugerem que a P. violacea altera seus itens alimentares de acordo com sua localização geográfica e também mostra como a espécie, apesar de pertencer à família Dasyatidae, é adaptada ao ambiente pelágico. Os hábitos reprodutivos desta espécie são pouco conhecidos. Estudamos a sua biologia reprodutiva, examinando um total de 480 espécimes, 188 fêmeas (39,2%) e 292 machos (60,8%), e proporção sexual de 1,5 macho: 1 fêmea, capturados na pesca de espinhel comercial entre outubro de 2005 e março de 2010. Tamanhos, medidos pela largura do disco (LD), variaram de 28,0-66,0 cm para fêmeas e de 34,0-59,6cm para os machos. Fêmeas foram classificadas como juvenil (n = 42; 22,7%); em maturação (n = 67; 36,2%); pré-ovulatória (n = 28; 15,1%); prenhe estágio 1 (n = 17; 9,2%); prenhe estágio 2 (n = 13; 7,0%); prenhe estágio 3 (n = 2; 1,1%); pós-parto (n = 6; 3,2%) e repouso (n = 10; 5,4%). Fêmeas grávidas em estágios 1-3 (n =32, 17,3%) variaram entre 48,0-60,0cm LD. O tamanho da primeira maturação sexual foi estimado em 50,0cm LD para fêmeas e 42,0cm CD para os machos. A fecundidade do ovário, considerando-se apenas folículos maiores do que> 0,5 cm de diâmetro, variou de 1-17 folículos/fêmea e a fecundidade uterina de embriões em fêmeas prenhes em estágios 2 e 3 variou 1-5 embriões/fêmea. A proporção sexual entre os embriões foi igual (0,9 machos: 1 fêmea) e o tamanho ao nascer foi próximo de 19,0cm LD. A sua distribuição e abundancia relativa foram determinados analisando os dados de captura e esforço de 6.886 lances de espinhel, distribuídos em uma ampla área do Atlântico Ocidental, variando de 15°N e 40°S de latitude e a partir de 010°E a 050°W de longitude, o esforço de pesca atingiu o máximo de 1.200.000 anzóis e a área com a maior concentração de esforço foi localizado entre 5°N-25°S de latitude e 020°-040°W de longitude. A distribuição espacial do esforço de pesca por trimestre mostrou semelhança no primeiro e segundo trimestres, quando comparado com o terceiro e quarto e mostraram duas áreas distintas, com maior esforço, uma localizada entre 5°N-5°S e 025°-040°W e a segunda entre 10°-25°S e 025°-040°W. A distribuição espacial da CPUE mostrou a ocorrência de duas áreas com altos índices de captura (7,8-18,0 raias/1000 anzóis), um mais ao norte, variando de 10°N-10°S a 030°-045°W e outra mais para o sudeste, variando de 20°-35°S a 040°-045°W. Os valores mais baixos de CPUE foram observados entre 10°-20°S e correspondente a 0,8-1,6 raias/1000 anzóis. A distribuição espacial da CPUE por trimestre mostrou capturas elevadas ocorrendo no primeiro (10°N-00° a 030°-045°W), terceiro (25°-35°S a 040°-045°W) e quarto (05°-10°S a 030°-035°W) trimestres. Na distribuição espacial de machos e fêmeas, nenhuma evidência foi encontrada de uma segregação espacial por sexo, os machos não apresentaram padrão de segregação por estágio de maturidade sexual, as fêmeas apresentaram um leve padrão de segregação dos estádios de maturação sexual. Os dados aqui apresentados mostram que os espécimes de P. violacea capturados no sudoeste do Atlântico equatorial são compostos em sua maioria (98,8% machos e as fêmeas 79,0%) de indivíduos adultos. No presente estudo, para observações do uso do habitat, foi utilizada uma marca eletrônica, Pop-up Archival Tag (PAT). Uma fêmea de raia-roxa, medindo 56,5cm e 48,0cm de largura (LD) e comprimento (CD) de disco respectivamente, capturada em 30 de abril de 2010 foi marcada com uma MiniPAT. O espécime não mostrou nenhum padrão definido de movimento horizontal, movendo-se em muitas direções diferentes em uma área entre 03°-09°N de latitude e 036°-040°W de longitude. Durante os 60 dias com a marca, a raia-roxa moveu-se cerca de 535 km, com um deslocamento diária estimado de 8,92 km. A raia-roxa gastou apenas 9,8% do tempo em águas rasas entre 0- 50m de profundidade, com temperaturas entre 23,4 e 28,7°C. Em águas abaixo de 50m, passou 90,2% do tempo, desses, 70% foram em águas abaixo de 75m de profundidade, em temperaturas variando entre 13,0 e 24,5°C. Além disso, durante a maior parte do monitoramento (53%), o espécime ficou em águas entre 100- 150m de profundidade, com. A temperatura mínima experimentada pela raia-roxa foi de 10,4°C, correspondendo a 387,5 e 428,0m de profundidades, a última coincidindo com a atividade de mergulho mais marcante da raia-roxa. As diferenças entre o dia e a noite e preferências de profundidade pode indicar padrão de movimento circadiano, ou seja, migram diariamente, geralmente até águas rasas durante a noite e águas profundas durante o dia. |
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A importância de cada item alimentar na dieta foi obtida pelo Índice de Importância Relativa (IIR). Foram observados teleósteos, cefalópodes, crustáceos e outras presas que incluíam tunicados, pterópodes e heterópodas. As observações sugerem que a P. violacea altera seus itens alimentares de acordo com sua localização geográfica e também mostra como a espécie, apesar de pertencer à família Dasyatidae, é adaptada ao ambiente pelágico. Os hábitos reprodutivos desta espécie são pouco conhecidos. Estudamos a sua biologia reprodutiva, examinando um total de 480 espécimes, 188 fêmeas (39,2%) e 292 machos (60,8%), e proporção sexual de 1,5 macho: 1 fêmea, capturados na pesca de espinhel comercial entre outubro de 2005 e março de 2010. Tamanhos, medidos pela largura do disco (LD), variaram de 28,0-66,0 cm para fêmeas e de 34,0-59,6cm para os machos. Fêmeas foram classificadas como juvenil (n = 42; 22,7%); em maturação (n = 67; 36,2%); pré-ovulatória (n = 28; 15,1%); prenhe estágio 1 (n = 17; 9,2%); prenhe estágio 2 (n = 13; 7,0%); prenhe estágio 3 (n = 2; 1,1%); pós-parto (n = 6; 3,2%) e repouso (n = 10; 5,4%). Fêmeas grávidas em estágios 1-3 (n =32, 17,3%) variaram entre 48,0-60,0cm LD. O tamanho da primeira maturação sexual foi estimado em 50,0cm LD para fêmeas e 42,0cm CD para os machos. A fecundidade do ovário, considerando-se apenas folículos maiores do que> 0,5 cm de diâmetro, variou de 1-17 folículos/fêmea e a fecundidade uterina de embriões em fêmeas prenhes em estágios 2 e 3 variou 1-5 embriões/fêmea. A proporção sexual entre os embriões foi igual (0,9 machos: 1 fêmea) e o tamanho ao nascer foi próximo de 19,0cm LD. 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Os valores mais baixos de CPUE foram observados entre 10°-20°S e correspondente a 0,8-1,6 raias/1000 anzóis. A distribuição espacial da CPUE por trimestre mostrou capturas elevadas ocorrendo no primeiro (10°N-00° a 030°-045°W), terceiro (25°-35°S a 040°-045°W) e quarto (05°-10°S a 030°-035°W) trimestres. Na distribuição espacial de machos e fêmeas, nenhuma evidência foi encontrada de uma segregação espacial por sexo, os machos não apresentaram padrão de segregação por estágio de maturidade sexual, as fêmeas apresentaram um leve padrão de segregação dos estádios de maturação sexual. Os dados aqui apresentados mostram que os espécimes de P. violacea capturados no sudoeste do Atlântico equatorial são compostos em sua maioria (98,8% machos e as fêmeas 79,0%) de indivíduos adultos. No presente estudo, para observações do uso do habitat, foi utilizada uma marca eletrônica, Pop-up Archival Tag (PAT). Uma fêmea de raia-roxa, medindo 56,5cm e 48,0cm de largura (LD) e comprimento (CD) de disco respectivamente, capturada em 30 de abril de 2010 foi marcada com uma MiniPAT. O espécime não mostrou nenhum padrão definido de movimento horizontal, movendo-se em muitas direções diferentes em uma área entre 03°-09°N de latitude e 036°-040°W de longitude. Durante os 60 dias com a marca, a raia-roxa moveu-se cerca de 535 km, com um deslocamento diária estimado de 8,92 km. A raia-roxa gastou apenas 9,8% do tempo em águas rasas entre 0- 50m de profundidade, com temperaturas entre 23,4 e 28,7°C. Em águas abaixo de 50m, passou 90,2% do tempo, desses, 70% foram em águas abaixo de 75m de profundidade, em temperaturas variando entre 13,0 e 24,5°C. Além disso, durante a maior parte do monitoramento (53%), o espécime ficou em águas entre 100- 150m de profundidade, com. 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A raia-roxa, Pteroplatytrygon violacea (Bonaparte, 1832), é a única espécie da família Dasyatidae no ambiente pelágico. O objetivo geral do presente trabalho consistiu em agregar informações sobre a espécie, principalmente no que se refere a sua pesca, seu hábito alimentar, aspectos reprodutivos, distribuição, abundância relativa e preferências de uso do habitat no Oceano Atlântico Ocidental. Para determinar seu hábito alimentar, os estômagos de 106 espécimes foram analisados (69 machos, 26 fêmeas e 11 sem informação de sexo). A importância de cada item alimentar na dieta foi obtida pelo Índice de Importância Relativa (IIR). Foram observados teleósteos, cefalópodes, crustáceos e outras presas que incluíam tunicados, pterópodes e heterópodas. As observações sugerem que a P. violacea altera seus itens alimentares de acordo com sua localização geográfica e também mostra como a espécie, apesar de pertencer à família Dasyatidae, é adaptada ao ambiente pelágico. Os hábitos reprodutivos desta espécie são pouco conhecidos. Estudamos a sua biologia reprodutiva, examinando um total de 480 espécimes, 188 fêmeas (39,2%) e 292 machos (60,8%), e proporção sexual de 1,5 macho: 1 fêmea, capturados na pesca de espinhel comercial entre outubro de 2005 e março de 2010. Tamanhos, medidos pela largura do disco (LD), variaram de 28,0-66,0 cm para fêmeas e de 34,0-59,6cm para os machos. Fêmeas foram classificadas como juvenil (n = 42; 22,7%); em maturação (n = 67; 36,2%); pré-ovulatória (n = 28; 15,1%); prenhe estágio 1 (n = 17; 9,2%); prenhe estágio 2 (n = 13; 7,0%); prenhe estágio 3 (n = 2; 1,1%); pós-parto (n = 6; 3,2%) e repouso (n = 10; 5,4%). Fêmeas grávidas em estágios 1-3 (n =32, 17,3%) variaram entre 48,0-60,0cm LD. O tamanho da primeira maturação sexual foi estimado em 50,0cm LD para fêmeas e 42,0cm CD para os machos. A fecundidade do ovário, considerando-se apenas folículos maiores do que> 0,5 cm de diâmetro, variou de 1-17 folículos/fêmea e a fecundidade uterina de embriões em fêmeas prenhes em estágios 2 e 3 variou 1-5 embriões/fêmea. A proporção sexual entre os embriões foi igual (0,9 machos: 1 fêmea) e o tamanho ao nascer foi próximo de 19,0cm LD. A sua distribuição e abundancia relativa foram determinados analisando os dados de captura e esforço de 6.886 lances de espinhel, distribuídos em uma ampla área do Atlântico Ocidental, variando de 15°N e 40°S de latitude e a partir de 010°E a 050°W de longitude, o esforço de pesca atingiu o máximo de 1.200.000 anzóis e a área com a maior concentração de esforço foi localizado entre 5°N-25°S de latitude e 020°-040°W de longitude. A distribuição espacial do esforço de pesca por trimestre mostrou semelhança no primeiro e segundo trimestres, quando comparado com o terceiro e quarto e mostraram duas áreas distintas, com maior esforço, uma localizada entre 5°N-5°S e 025°-040°W e a segunda entre 10°-25°S e 025°-040°W. A distribuição espacial da CPUE mostrou a ocorrência de duas áreas com altos índices de captura (7,8-18,0 raias/1000 anzóis), um mais ao norte, variando de 10°N-10°S a 030°-045°W e outra mais para o sudeste, variando de 20°-35°S a 040°-045°W. Os valores mais baixos de CPUE foram observados entre 10°-20°S e correspondente a 0,8-1,6 raias/1000 anzóis. A distribuição espacial da CPUE por trimestre mostrou capturas elevadas ocorrendo no primeiro (10°N-00° a 030°-045°W), terceiro (25°-35°S a 040°-045°W) e quarto (05°-10°S a 030°-035°W) trimestres. Na distribuição espacial de machos e fêmeas, nenhuma evidência foi encontrada de uma segregação espacial por sexo, os machos não apresentaram padrão de segregação por estágio de maturidade sexual, as fêmeas apresentaram um leve padrão de segregação dos estádios de maturação sexual. Os dados aqui apresentados mostram que os espécimes de P. violacea capturados no sudoeste do Atlântico equatorial são compostos em sua maioria (98,8% machos e as fêmeas 79,0%) de indivíduos adultos. No presente estudo, para observações do uso do habitat, foi utilizada uma marca eletrônica, Pop-up Archival Tag (PAT). Uma fêmea de raia-roxa, medindo 56,5cm e 48,0cm de largura (LD) e comprimento (CD) de disco respectivamente, capturada em 30 de abril de 2010 foi marcada com uma MiniPAT. O espécime não mostrou nenhum padrão definido de movimento horizontal, movendo-se em muitas direções diferentes em uma área entre 03°-09°N de latitude e 036°-040°W de longitude. Durante os 60 dias com a marca, a raia-roxa moveu-se cerca de 535 km, com um deslocamento diária estimado de 8,92 km. A raia-roxa gastou apenas 9,8% do tempo em águas rasas entre 0- 50m de profundidade, com temperaturas entre 23,4 e 28,7°C. Em águas abaixo de 50m, passou 90,2% do tempo, desses, 70% foram em águas abaixo de 75m de profundidade, em temperaturas variando entre 13,0 e 24,5°C. Além disso, durante a maior parte do monitoramento (53%), o espécime ficou em águas entre 100- 150m de profundidade, com. A temperatura mínima experimentada pela raia-roxa foi de 10,4°C, correspondendo a 387,5 e 428,0m de profundidades, a última coincidindo com a atividade de mergulho mais marcante da raia-roxa. As diferenças entre o dia e a noite e preferências de profundidade pode indicar padrão de movimento circadiano, ou seja, migram diariamente, geralmente até águas rasas durante a noite e águas profundas durante o dia. |
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VÉRAS, Dráusio Pinheiro. Pesca e história natural da raia-roxa, Pteroplatytrygon violacea (BONAPARTE,1832), no Atlântico ocidental. Recife, 2012. 83 f. : Tese (doutorado) - Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Oceanografia, 2012. |
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