Fronteiras do (não-)plágio publicitário: um estudo discursivo de casos julgados no/pelo Conar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: PIRES, Carolina Leal de Lacerda
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000015vp7
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14973
Resumo: Esta tese trata da questão do plágio na publicidade, tema polêmico e bastante debatido, porém ainda carente de estudos acadêmico-científicos. Elegendo como aporte teórico-metodológico a Análise de Discurso francesa, sobretudo os trabalhos de Michel Pêcheux e Eni Orlandi, buscamos, mais especificamente, analisar o discurso sobre o plágio publicitário que é (re)produzido no/pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), organização não-governamental que regulamenta a publicidade no Brasil. Para isso, restringimos o escopo de nossa pesquisa a um corpus composto pelos autos processuais dos 10 casos suspeitos de plágio julgados pelo Conar durante o ano de 2010 em suas Câmaras do Conselho de Ética. Em linhas gerais, nosso foco de investigação recaiu em, primeiramente, conhecer as condições de produção deste discurso sobre o plágio; também nos interessou observar como as designações de plágio e outras a esta correlatas são (re)significadas nos discursos de acusação, defesa e julgamento dos casos suspeitos selecionados; intentamos ainda identificar quais saberes e dizeres são articulados nesses discursos e como a estes se posicionam os sujeitos aí inscritos; por fim, procuramos tecer algumas reflexões sobre o plágio enquanto fenômeno discursivo. Nossas análises mostraram que o discurso sobre o plágio publicitário é regulado pelo Código de Autorregulamentação Publicitária, sendo a ética a respeito do tema um saber constituído e atravessado por outros saberes, especialmente de ordem jurídica, publicitária e mercadológica. Tem-se, assim, que, no âmbito do Conar, as fronteiras do que pode ou não ser configurado como plágio estão em constante tensão e movimento. Nosso trabalho também nos permitiu pensar que se o plágio, por um lado, silencia o percurso histórico dos sentidos, como propõe Orlandi, por outro, necessita da revelação desse percurso para se configurar enquanto tal.
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spelling PIRES, Carolina Leal de Lacerdahttp://lattes.cnpq.br/2727970471626761http://lattes.cnpq.br/1732335820166339GRIGOLETTO, Evandra2016-01-22T17:56:47Z2016-01-22T17:56:47Z2015-03-02https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14973ark:/64986/0013000015vp7Esta tese trata da questão do plágio na publicidade, tema polêmico e bastante debatido, porém ainda carente de estudos acadêmico-científicos. Elegendo como aporte teórico-metodológico a Análise de Discurso francesa, sobretudo os trabalhos de Michel Pêcheux e Eni Orlandi, buscamos, mais especificamente, analisar o discurso sobre o plágio publicitário que é (re)produzido no/pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), organização não-governamental que regulamenta a publicidade no Brasil. Para isso, restringimos o escopo de nossa pesquisa a um corpus composto pelos autos processuais dos 10 casos suspeitos de plágio julgados pelo Conar durante o ano de 2010 em suas Câmaras do Conselho de Ética. Em linhas gerais, nosso foco de investigação recaiu em, primeiramente, conhecer as condições de produção deste discurso sobre o plágio; também nos interessou observar como as designações de plágio e outras a esta correlatas são (re)significadas nos discursos de acusação, defesa e julgamento dos casos suspeitos selecionados; intentamos ainda identificar quais saberes e dizeres são articulados nesses discursos e como a estes se posicionam os sujeitos aí inscritos; por fim, procuramos tecer algumas reflexões sobre o plágio enquanto fenômeno discursivo. Nossas análises mostraram que o discurso sobre o plágio publicitário é regulado pelo Código de Autorregulamentação Publicitária, sendo a ética a respeito do tema um saber constituído e atravessado por outros saberes, especialmente de ordem jurídica, publicitária e mercadológica. Tem-se, assim, que, no âmbito do Conar, as fronteiras do que pode ou não ser configurado como plágio estão em constante tensão e movimento. Nosso trabalho também nos permitiu pensar que se o plágio, por um lado, silencia o percurso histórico dos sentidos, como propõe Orlandi, por outro, necessita da revelação desse percurso para se configurar enquanto tal.CNPqThis thesis treats the question of plagiarism in publicity, a controversial and well debated subject which still requires scientific academic studies. Choosing the French school of Analysis of Discourse as a theoreticalmethodological support, above all in the works of Michel Pêcheux and Eni Orlandi, we seek, specifically, to analyze the discourse about plagiarism in publicity which is (re)produced in/ by the National Council of Advertising Self-regulation (Conar), a non-government organization which regulates publicity in Brazil. To this end, we restrict the scope of our research to a corpus composed of the procedural documents of the 10 suspected cases of plagiarism judged by Conar during the year of 2010 in its Ethical Council’s Chambers. In a general way, the focus of our investigation relied upon, in the first place, learning about the conditions for producing this discourse on plagiarism. It was also interesting to observe how the designations of plagiarism and other designations related to it are (re)signified in the discourses of accusation, defense and judgment of the selected suspect cases. Furthermore, we tried to identify what knowledge and signals are articulated in these discourses and how these take their positions inside the subjects involved. Finally, we look to weave some reflections on plagiarism as a phenomenon of discourse. Our analyses showed that the discourse about advertising plagiarism is regulated by the Code of Advertising Self- Regulation, being that ethics is a knowledge which is made up of and crossed over other areas of knowledge, especially those of a juridical, advertising and mercantile nature. In this way, within the environment of Conar, we see that the frontiers of what can or cannot be judged as plagiarism are in a constant tension and movement. Our work has also permitted us to consider that if plagiarism, on the one hand, silences the historical path of meanings, as Orlandi puts forth, on the other hand it requires the unveiling of this path in order to take on its form such as it is.porUNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAnálise do discursoAnálise linguísticaPublicidadePlágioAnálise de conteúdo (comunicação)Fronteiras do (não-)plágio publicitário: um estudo discursivo de casos julgados no/pelo Conarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILVERSAO FINAL DIGITAL bc.pdf.jpgVERSAO FINAL DIGITAL bc.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1207https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14973/5/VERSAO%20FINAL%20DIGITAL%20bc.pdf.jpg3401acb1444d527e83ae38ad264464ceMD55ORIGINALVERSAO FINAL DIGITAL bc.pdfVERSAO FINAL DIGITAL bc.pdfapplication/pdf13860688https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/14973/1/VERSAO%20FINAL%20DIGITAL%20bc.pdf5a12feaaf07efdcba48d5b8ba510a016MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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