Análise de composição e proveniência das unidades clásticas (Aptiano-Albiano) da bacia de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FRANÇA, Patrícia Pereira de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/0013000012zpb
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25083
Resumo: A Bacia sedimentar de Pernambuco está localizada na Província da Borborema, no nordeste do Brasil. Dentre as formações de interesse são descritas as formações Cabo, Suape, Paraíso. Posteriormente, dois afloramentos da Formação Barreiras foram incorporados a esse trabalho para melhor compreensão da evolução dos depósitos sedimentares na Bacia de Pernambuco. O trabalho desenvolveu uma investigação das frações de minerais pesados e idades radiométricas de zircões detríticos de amostras representativas. Os minerais pesados, foram identificados opticamente e por microscópio eletrônico de varredura, com espectrômetro de comprimento de onda e energia (WDS e EDS). As análises morfológicas e a zonação interna dos grãos de zircão foram avaliadas por microscopia eletrônica de varredura com detector catodoluminescência (MEV-CL). Além disso, as idades dos zircões foram obtidas através das análises de U e Pb, utilizando a espectrometria de massa por plasma acoplado e indução de ablação a laser (U-Pb, LA-ICP-MS). Os minerais foram separados de acordo com a freqüência média, e de acordo com as fontes (ígnea e metamórfica), além de estabelecidos cálculos dos índices para os minerais altamente estáveis (ZRT), rutilo + zircão (RZ), e minerais estáveis (MET). Os minerais considerados abundantes são: magnetita (30-60%), ilmenita (15-40%), muscovita (10-26%), zircão (5-20%) e turmalina (5-15%). Comuns: Biotita (2-5%) e granada (2-5%); e raros: monazita (2-3%), rutilo (4%), espodumênio (2%) e cianita. A Formação Cabo contém altos níveis de minerais estáveis, com grande influência das rochas do embasamento. Os zircões apresentam idades nos intervalos de 3,0 Ga. e, portanto, é derivado de rochas metaígneas arqueanas, e menor idade de 578 Ma., proveniente de rochas ígneas plutônicas do Ciclo Brasiliano. Na Formação Suape, os índices RZ indicam mudanças de áreas fontes. Os minerais pesados encontrados estão provavelmente relacionados a granitos e pegmatitos do Neoproterozoico. A idade máxima dos zircões chegou a 2,5 Ga. indicando também fontes relacionadas às rochas metamórficas gnaisses e xistos (Complexo Belém do São Francisco); e idade mínima de 503 Ma. A Formação Paraíso é notável por sua diversidade mineralógica, com alto índice de ZRT. Seus zircões apresentaram idades no intervalo 1,8 Ga. com contribuições de rochas mesoproterozoicas e de 480 Ma., este último referente ao ciclo pós-orogênico brasiliano, com transição para um novo regime extensional. Na Formação Barreiras, o índice ZRT também apresenta valores elevados. Os minerais foram provavelmente derivados de rochas graníticas neoproterozoicas e gnaisses paleoproteozoicas. Os grãos de zircão possuem idades no intervalo de 1,9 Ga. a 600 Ma., este último atribuído aos estágios finais do granitóides plutônicos.
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spelling FRANÇA, Patrícia Pereira dehttp://lattes.cnpq.br/4569687589847187http://lattes.cnpq.br/5449538458660335VALENÇA, Lúcia Maria MafraSOUZA NETO, João Adauto de2018-07-18T17:12:57Z2018-07-18T17:12:57Z2017-03-24https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25083ark:/64986/0013000012zpbA Bacia sedimentar de Pernambuco está localizada na Província da Borborema, no nordeste do Brasil. Dentre as formações de interesse são descritas as formações Cabo, Suape, Paraíso. Posteriormente, dois afloramentos da Formação Barreiras foram incorporados a esse trabalho para melhor compreensão da evolução dos depósitos sedimentares na Bacia de Pernambuco. O trabalho desenvolveu uma investigação das frações de minerais pesados e idades radiométricas de zircões detríticos de amostras representativas. Os minerais pesados, foram identificados opticamente e por microscópio eletrônico de varredura, com espectrômetro de comprimento de onda e energia (WDS e EDS). As análises morfológicas e a zonação interna dos grãos de zircão foram avaliadas por microscopia eletrônica de varredura com detector catodoluminescência (MEV-CL). Além disso, as idades dos zircões foram obtidas através das análises de U e Pb, utilizando a espectrometria de massa por plasma acoplado e indução de ablação a laser (U-Pb, LA-ICP-MS). Os minerais foram separados de acordo com a freqüência média, e de acordo com as fontes (ígnea e metamórfica), além de estabelecidos cálculos dos índices para os minerais altamente estáveis (ZRT), rutilo + zircão (RZ), e minerais estáveis (MET). Os minerais considerados abundantes são: magnetita (30-60%), ilmenita (15-40%), muscovita (10-26%), zircão (5-20%) e turmalina (5-15%). Comuns: Biotita (2-5%) e granada (2-5%); e raros: monazita (2-3%), rutilo (4%), espodumênio (2%) e cianita. A Formação Cabo contém altos níveis de minerais estáveis, com grande influência das rochas do embasamento. Os zircões apresentam idades nos intervalos de 3,0 Ga. e, portanto, é derivado de rochas metaígneas arqueanas, e menor idade de 578 Ma., proveniente de rochas ígneas plutônicas do Ciclo Brasiliano. Na Formação Suape, os índices RZ indicam mudanças de áreas fontes. Os minerais pesados encontrados estão provavelmente relacionados a granitos e pegmatitos do Neoproterozoico. A idade máxima dos zircões chegou a 2,5 Ga. indicando também fontes relacionadas às rochas metamórficas gnaisses e xistos (Complexo Belém do São Francisco); e idade mínima de 503 Ma. A Formação Paraíso é notável por sua diversidade mineralógica, com alto índice de ZRT. Seus zircões apresentaram idades no intervalo 1,8 Ga. com contribuições de rochas mesoproterozoicas e de 480 Ma., este último referente ao ciclo pós-orogênico brasiliano, com transição para um novo regime extensional. Na Formação Barreiras, o índice ZRT também apresenta valores elevados. Os minerais foram provavelmente derivados de rochas graníticas neoproterozoicas e gnaisses paleoproteozoicas. Os grãos de zircão possuem idades no intervalo de 1,9 Ga. a 600 Ma., este último atribuído aos estágios finais do granitóides plutônicos.ANPThe Pernambuco sedimentary basin is located within the Borborema Province, in northeastern Brazil. The formations of interest for this work are the Cabo, Suape and Paraíso. The Barreiras Formation was later incorporated into this work to better understand the evolution of sedimentary deposits in the Pernambuco Basin. The project focused on an investigation of the fractions of heavy minerals and radiometric ages of detrital zircon in representative samples of these formations. The heavy minerals were identified optically and with a scanning electron microscope with wavelength and energy dispersion spectrometry (WDS and EDS). Morphological analyses and the internal zonation of the zircon grains were assessed using scanning electron microscopy with a cathodoluminescence detector (SEM–CL). In addition, the age of the zircon was obtained by analyzing for U and Pb using laser-ablation inductively coupled plasma – mass spectrometry (U–Pb, LA–ICP–MS). The minerals were separated according to mean frequency and mode of occurrence at the source (igneous and metamorphic), were established for the highly stable minerals (ZRT), rutile + zircon (RZ), and stable minerals (SM). The following are the major minerals found: magnetite (30–60%), ilmenite (15–40%), muscovite (10–26%), zircon (5–20%) and tourmaline (5–15%). Biotite (2–5%) and garnet (2–5%) are less plentiful, and the following are scarcer: monazite (2–3%), rutile (4%), spodumene (2%) and kyanite (2%). The Cabo Formation contains high levels of stable minerals, with a major influence of rocks of the basement. The zircon has ages close to 3,0 Ga, and thus is derived from Archean metaigneous rocks, and less than 578 Ma, derived from the plutonic igneous rocks of the Brasilian cycle. In the Suape Formation, values of the RZ index indicate changes in the source areas; the heavy minerals are probably related the Neoproterozoic granitc rocks. The zircon ages, up to 2,5 Ga, indicate a source related the metamorphic basement rocks (Belém São Francisco complex); the minimum age is 503 Ma. The Paraíso Formation is notably different in its mineralogical diversity, with a high ZRT index. Its zircon fraction gives ages in the interval 1,8 Ga with contributions of mesoproterozoic rocks, and 480 Ma the latter referring to the Brasilian post-orogenic cycle, with transition to a new extensional regime. In the Barreiras Formation, the ZRT index also shows high values. The minerals were probably derived from the Neoproterozoic granitic sources and Paleoproteozoic gneiss. The zircon grains have a range in age from 1,9 Ga to 600 Ma, the latter attributed to end-stage granitic plutons.porUNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOPrograma de Pos Graduacao em GeocienciasUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeociênciasMinerais pesadosProveniênciaBacia sedimentar de PernambucoAnálise de composição e proveniência das unidades clásticas (Aptiano-Albiano) da bacia de Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Patricia Pereira de França.pdf.jpgTESE Patricia Pereira de França.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1159https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25083/5/TESE%20Patricia%20Pereira%20de%20Fran%c3%a7a.pdf.jpge4c29f47417339ca99b7a391adead7efMD55ORIGINALTESE Patricia Pereira de França.pdfTESE Patricia Pereira de França.pdfapplication/pdf10279007https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/25083/1/TESE%20Patricia%20Pereira%20de%20Fran%c3%a7a.pdfec40f1a32bbd368a614efe267db682b9MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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