Fonética e fonologia da Língua Aikanã
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49913 |
Resumo: | Este estudo tem como objetivo apresentar uma descrição e análise da fonética e da fonologia segmental e prosódica da língua Aikanã, tendo como base teorias formalistas em Fonologia. Estima-se que o Aikanã seja falado por cerca de 250 indígenas de uma comunidade de 400 indivíduos, que vive majoritariamente em dois territórios indígenas localizados na região Sudeste do estado brasileiro de Rondônia, onde configuram a maioria étnica. O corpus de análise deste estudo é composto por aproximadamente 180 horas de dados orais coletados in loco, com 10 indivíduos, na Terra Indígena Tubarão-Latundê. Para a investigação sistemática da fonologia Aikanã, este estudo está distribuído em seis capítulos. O Capítulo 1 apresenta as características etno-históricas e sociolinguísticas do povo Aikanã, uma revisão bibliográfica dos trabalhos linguísticos de relevância, questões metodológicas e éticas da pesquisa, além de um esboço de morfologia, que mostra que o Aikanã se comporta morfologicamente como uma língua aglutinante com tendência à polissíntese (VAN DER VOORT, 2011, 2013, 2015; VAN DER VOORT; BIRCHALL, 2020). O Capítulo 2 foca nas propriedades fonético-articulatórias e distribucionais de vogais e consoantes e apresenta a estrutura da sílaba, a silabificação e os processos fonológicos relacionados, com destaque para os casos de coalescência, mutação vocálica, elisão, alongamento e formação de glides e ditongos, identificados como recursos para evitar sequências heterossilábicas de vogais. Esses e outros processos fonológicos são analisados seguindo-se a Geometria de Traços (CLEMENTS; HUME, 1995). No Capítulo 3, um estudo fonético-articulatório com base nos métodos de palatografia estática e linguograma, com o intuito de discutir o estatuto fonético-fonológico das coronais anteriores, dá suporte à proposta de que os traços [distribuído] e [anterior] são importantes para a especificação dessa classe na língua. No Capítulo 4, uma análise fonético-fonológica da nasalidade, com o objetivo de mostrar a extensão e a direção do processo de harmonia nasal, dando ênfase aos segmentos transparentes e opacos à nasalidade, mostrou que o traço [+nasal] se espalha somente para segmentos especificados para [+vozeado], aspecto que permite reconhecer uma intrínseca relação entre nasalidade e vozeamento nessa língua. No que diz respeito ao acento, um estudo fonético-acústico realizado no Capítulo 5 revelou apenas F0 como relevante na comparação entre vogais acentuadas e não acentuadas, o que indica que o Aikanã constitui uma língua que segue o padrão acentual do tipo pitch-accent (BECKMAN, 1986; VAN DER HULST, 2011). O Capítulo 6 discute a fonologia do acento para a classe de verbos e de não verbos, mostrando que o acento é livre, contrastivo, insensível ao peso da sílaba e não limitado. Em termos distribucionais, o acento lexical tende a ser marcado em morfemas acentuados mais à esquerda da palavra, e, a depender de relações de dominância (cf. HALLE; VERGNAUD, 1987a,b), também pode ser atribuído ao morfema acentuado à direita da palavra. |
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O corpus de análise deste estudo é composto por aproximadamente 180 horas de dados orais coletados in loco, com 10 indivíduos, na Terra Indígena Tubarão-Latundê. Para a investigação sistemática da fonologia Aikanã, este estudo está distribuído em seis capítulos. O Capítulo 1 apresenta as características etno-históricas e sociolinguísticas do povo Aikanã, uma revisão bibliográfica dos trabalhos linguísticos de relevância, questões metodológicas e éticas da pesquisa, além de um esboço de morfologia, que mostra que o Aikanã se comporta morfologicamente como uma língua aglutinante com tendência à polissíntese (VAN DER VOORT, 2011, 2013, 2015; VAN DER VOORT; BIRCHALL, 2020). O Capítulo 2 foca nas propriedades fonético-articulatórias e distribucionais de vogais e consoantes e apresenta a estrutura da sílaba, a silabificação e os processos fonológicos relacionados, com destaque para os casos de coalescência, mutação vocálica, elisão, alongamento e formação de glides e ditongos, identificados como recursos para evitar sequências heterossilábicas de vogais. Esses e outros processos fonológicos são analisados seguindo-se a Geometria de Traços (CLEMENTS; HUME, 1995). No Capítulo 3, um estudo fonético-articulatório com base nos métodos de palatografia estática e linguograma, com o intuito de discutir o estatuto fonético-fonológico das coronais anteriores, dá suporte à proposta de que os traços [distribuído] e [anterior] são importantes para a especificação dessa classe na língua. No Capítulo 4, uma análise fonético-fonológica da nasalidade, com o objetivo de mostrar a extensão e a direção do processo de harmonia nasal, dando ênfase aos segmentos transparentes e opacos à nasalidade, mostrou que o traço [+nasal] se espalha somente para segmentos especificados para [+vozeado], aspecto que permite reconhecer uma intrínseca relação entre nasalidade e vozeamento nessa língua. No que diz respeito ao acento, um estudo fonético-acústico realizado no Capítulo 5 revelou apenas F0 como relevante na comparação entre vogais acentuadas e não acentuadas, o que indica que o Aikanã constitui uma língua que segue o padrão acentual do tipo pitch-accent (BECKMAN, 1986; VAN DER HULST, 2011). O Capítulo 6 discute a fonologia do acento para a classe de verbos e de não verbos, mostrando que o acento é livre, contrastivo, insensível ao peso da sílaba e não limitado. Em termos distribucionais, o acento lexical tende a ser marcado em morfemas acentuados mais à esquerda da palavra, e, a depender de relações de dominância (cf. HALLE; VERGNAUD, 1987a,b), também pode ser atribuído ao morfema acentuado à direita da palavra.CNPqThis study aims to describe and analyze the segmental and prosodic phonology and phonetics of the Aikanã language based on formalist theories of Phonology. It is estimated that Aikanã is spoken by about 250 individuals from a community of 400 people, who live mostly in two indigenous territories located in the Southeastern region of the Brazilian state of Rondônia, where they form the ethnic majority. The corpus analyzed for this study is comprised of roughly 180 hours of oral data collected in loco, with ten individuals, in the Tubarão-Latundê indigenous land. For a systematic investigation of Aikanã phonology, this study is divided into six chapters. Chapter 1 presents the ethnohistorical and sociolinguistic characteristics of the Aikanã people, a literature review of relevant linguistic studies, methodological and ethical issues of fieldwork, as well as a morphology sketch, which shows that Aikanã behaves morphologically as an agglutinating language with a tendency to polysynthesis (VAN DER VOORT, 2011, 2013, 2015; VAN DER VOORT; BIRCHALL, 2020). Chapter 2 focuses on the phonetic-articulatory and distributional properties of vowels and consonants. This chapter also provides an analysis of syllable structure, syllabification, and related phonological processes, with emphasis on cases of coalescence, vowel mutation, elision, vowel lengthening, and glides and diphthongs formation, identified as language-specific resources to avoid heterosyllabic vowel sequences. These and other phonological processes are analyzed following the Feature Geometry framework (CLEMENTS; HUME, 1995). Chapter 3, a phonetic-articulatory study based on static palatography and linguogram methods, aiming to discuss the phonetic-phonological status of anterior coronals, supports the proposal that the features [distributed] and [anterior] are important for feature specification of this class in the language. Chapter 4, a phonetic-phonological analysis of nasality emphasizing the extent and direction of nasal harmony, showed that [+nasal] spreads only to segments specified as [+voice], which shows an intrinsic relation between nasality and voicing. Regarding the accent, Chapter 5 provides a phonetic study to determine which acoustic correlate was more relevant when comparing stress and unstressed vowels, showing that only F0 was relevant. This result indicates that Aikanã patterns as a pitch-accent language (BECKMAN, 1986; VAN DER HULST, 2011). Finally, chapter 6 discusses the phonology of word stress for verbs and non- verbs and shows that the stress is free, contrastive, insensitive to syllable weight, and unlimited. In distributional terms, the lexical stress tends to be marked to the left-edged stressed morpheme or, depending on dominance relations (cf. HALLE; VERGNAUD, 1987a,b), it can also be assigned to the right-edge stressed morpheme.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFonologiaFonéticaNasalidadeAcento LexicalLíngua AikanãFonética e fonologia da Língua Aikanãinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Rafael Alves de Oliveira.pdfTESE Rafael Alves de Oliveira.pdfapplication/pdf6745364https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49913/1/TESE%20Rafael%20Alves%20de%20Oliveira.pdfeb2357445a3757692b0e8b69c838b1e9MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49913/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49913/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52TEXTTESE Rafael Alves de Oliveira.pdf.txtTESE Rafael Alves de Oliveira.pdf.txtExtracted texttext/plain590557https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49913/4/TESE%20Rafael%20Alves%20de%20Oliveira.pdf.txt1a9286446f904f40f4303a818559a163MD54THUMBNAILTESE Rafael Alves de Oliveira.pdf.jpgTESE Rafael Alves de Oliveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1137https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/49913/5/TESE%20Rafael%20Alves%20de%20Oliveira.pdf.jpg2362631e53609fd71a1731ea54570079MD55123456789/499132023-05-05 02:17:03.502oai:repositorio.ufpe.br:123456789/49913VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-05-05T05:17:03Repositório Institucional da UFPE - 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Este estudo tem como objetivo apresentar uma descrição e análise da fonética e da fonologia segmental e prosódica da língua Aikanã, tendo como base teorias formalistas em Fonologia. Estima-se que o Aikanã seja falado por cerca de 250 indígenas de uma comunidade de 400 indivíduos, que vive majoritariamente em dois territórios indígenas localizados na região Sudeste do estado brasileiro de Rondônia, onde configuram a maioria étnica. O corpus de análise deste estudo é composto por aproximadamente 180 horas de dados orais coletados in loco, com 10 indivíduos, na Terra Indígena Tubarão-Latundê. Para a investigação sistemática da fonologia Aikanã, este estudo está distribuído em seis capítulos. O Capítulo 1 apresenta as características etno-históricas e sociolinguísticas do povo Aikanã, uma revisão bibliográfica dos trabalhos linguísticos de relevância, questões metodológicas e éticas da pesquisa, além de um esboço de morfologia, que mostra que o Aikanã se comporta morfologicamente como uma língua aglutinante com tendência à polissíntese (VAN DER VOORT, 2011, 2013, 2015; VAN DER VOORT; BIRCHALL, 2020). O Capítulo 2 foca nas propriedades fonético-articulatórias e distribucionais de vogais e consoantes e apresenta a estrutura da sílaba, a silabificação e os processos fonológicos relacionados, com destaque para os casos de coalescência, mutação vocálica, elisão, alongamento e formação de glides e ditongos, identificados como recursos para evitar sequências heterossilábicas de vogais. Esses e outros processos fonológicos são analisados seguindo-se a Geometria de Traços (CLEMENTS; HUME, 1995). No Capítulo 3, um estudo fonético-articulatório com base nos métodos de palatografia estática e linguograma, com o intuito de discutir o estatuto fonético-fonológico das coronais anteriores, dá suporte à proposta de que os traços [distribuído] e [anterior] são importantes para a especificação dessa classe na língua. No Capítulo 4, uma análise fonético-fonológica da nasalidade, com o objetivo de mostrar a extensão e a direção do processo de harmonia nasal, dando ênfase aos segmentos transparentes e opacos à nasalidade, mostrou que o traço [+nasal] se espalha somente para segmentos especificados para [+vozeado], aspecto que permite reconhecer uma intrínseca relação entre nasalidade e vozeamento nessa língua. No que diz respeito ao acento, um estudo fonético-acústico realizado no Capítulo 5 revelou apenas F0 como relevante na comparação entre vogais acentuadas e não acentuadas, o que indica que o Aikanã constitui uma língua que segue o padrão acentual do tipo pitch-accent (BECKMAN, 1986; VAN DER HULST, 2011). O Capítulo 6 discute a fonologia do acento para a classe de verbos e de não verbos, mostrando que o acento é livre, contrastivo, insensível ao peso da sílaba e não limitado. Em termos distribucionais, o acento lexical tende a ser marcado em morfemas acentuados mais à esquerda da palavra, e, a depender de relações de dominância (cf. HALLE; VERGNAUD, 1987a,b), também pode ser atribuído ao morfema acentuado à direita da palavra. |
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