Estrutura, produtividade e fluxo de biomassa da comunidade zooplanctônica pelágica e demersal do Banco de Abrolhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: FIGUEIRÊDO, Lucas Guedes Pereira
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
dARK ID: ark:/64986/001300000vn0t
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30454
Resumo: A Tese foi dividida em 6 capítulos sendo o primeiro, introdutório e o último, composto pelas considerações finais. Para o segundo capítulo, o zooplâncton foi coletado durante o verão, em três áreas distintas. Duas estações em cada área foram estabelecidas para coletar durante o ciclo diurno. Aproximadamente 110 taxa foram identificados, e as comunidades das duas redes utilizadas foram significativamente diferentes. As abundâncias de zooplâncton foram três ordens de grandeza mais altas nas amostras da rede de 64 μm com uma abundância média de 217.000 ± 93.418 ind m⁻³ (64-μm) e 189 ± 122 ind m⁻³ (200-μm). A estrutura da comunidade do zooplâncton revelou diferenças significativas entre as três regiões. As formas holoplanctônicas dominaram as duas comunidades. A mudança diurna foi devida a um aumento na abundância apenas dos organismos maiores (> 200 μm), principalmente pelágicos, ao anoitecer. Assim, os resultados sugerem que os componentes pelágicos dessa comunidade zooplanctônica recifal podem ser tão importantes como os organismos demersais para o acoplamento bentônico-pelágico. Para o terceiro capítulo, o zooplâncton demersal no Banco Abrolhos foi estudado em resposta a diferentes formações de recifes e a substratos distintos. As coletas foram realizadas em dois locais de acordo com as formações locais do recife. Foram implantados dois tipos de armadilhas de emergência que revelaram uma comunidade diversificada com 53 taxa. A composição da fauna emergente dos diferentes locais diferiu estatisticamente, bem como a comunidade emergente dos substratos distintos (PERMANOVA). A abundância do zooplâncton demersal foi de 6.050 ± 6.419 ind. m⁻², enquanto a biomassa total foi de 6.918,93 ± 5,029,41 μgC. m⁻². “Enxames” notáveis de Dioithona oculata foram registrados na estação do pináculo, enquanto os harpacticóides, compostos por 14 famílias, dominavam os recifes de franja. Esses resultados indicam que a morfologia da formação de recifes pode ter grande influência na distribuição do zooplâncton demersal, mas os substratos parecem ser o principal fator de influência. Para o quarto capítulo dois novos registros de Paraspadella nana (Owre, 1963) são relatados. Os indivíduos foram encontrados em dois locais distintos separados a mais de 1.000 km um do outro (o Banco Abrolhos e a baía de Tamandaré, no Nordeste do Brasil). Foram utilizadas armadilhas emergentes para o zooplâncton demersal para a coleta da amostra. Esta metodologia é proposta como a mais eficiente para capturar espécies de Spadellidae e possivelmente alterando a perspectiva sobre a distribuição desse grupo. Para o quinto capítulo, a mortalidade dos copepodes e sua consequência para as características ecológicas da comunidade foram avaliadas, considerando as variações espaciais e diurnas. O estudo foi realizado em 2 áreas (área recifal costeira; e área recifal afastada da costa). O maior percentual de indivíduos mortos foi de 83% (malha de 64 μm). Limitação de alimento e predação são indicadas como as prováveis causas da alta percentagem de indivíduos mortos encontrada. Muitas conclusões equivocadas podem ser feitas quando se considera que todos os indivíduos coletados estão vivos, principalmente quando se usa parâmetros relacionados com a densidade de organismos como a taxa de grazing, biomassa e produção.
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spelling FIGUEIRÊDO, Lucas Guedes Pereirahttp://lattes.cnpq.br/8486265765331437http://lattes.cnpq.br/3909059819593169LEITÃO, Sigrid NeumannMELO, Pedro Augusto Mendes de Castro2019-05-02T21:13:21Z2019-05-02T21:13:21Z2018-02-22https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30454ark:/64986/001300000vn0tA Tese foi dividida em 6 capítulos sendo o primeiro, introdutório e o último, composto pelas considerações finais. Para o segundo capítulo, o zooplâncton foi coletado durante o verão, em três áreas distintas. Duas estações em cada área foram estabelecidas para coletar durante o ciclo diurno. Aproximadamente 110 taxa foram identificados, e as comunidades das duas redes utilizadas foram significativamente diferentes. As abundâncias de zooplâncton foram três ordens de grandeza mais altas nas amostras da rede de 64 μm com uma abundância média de 217.000 ± 93.418 ind m⁻³ (64-μm) e 189 ± 122 ind m⁻³ (200-μm). A estrutura da comunidade do zooplâncton revelou diferenças significativas entre as três regiões. As formas holoplanctônicas dominaram as duas comunidades. A mudança diurna foi devida a um aumento na abundância apenas dos organismos maiores (> 200 μm), principalmente pelágicos, ao anoitecer. Assim, os resultados sugerem que os componentes pelágicos dessa comunidade zooplanctônica recifal podem ser tão importantes como os organismos demersais para o acoplamento bentônico-pelágico. Para o terceiro capítulo, o zooplâncton demersal no Banco Abrolhos foi estudado em resposta a diferentes formações de recifes e a substratos distintos. As coletas foram realizadas em dois locais de acordo com as formações locais do recife. Foram implantados dois tipos de armadilhas de emergência que revelaram uma comunidade diversificada com 53 taxa. A composição da fauna emergente dos diferentes locais diferiu estatisticamente, bem como a comunidade emergente dos substratos distintos (PERMANOVA). A abundância do zooplâncton demersal foi de 6.050 ± 6.419 ind. m⁻², enquanto a biomassa total foi de 6.918,93 ± 5,029,41 μgC. m⁻². “Enxames” notáveis de Dioithona oculata foram registrados na estação do pináculo, enquanto os harpacticóides, compostos por 14 famílias, dominavam os recifes de franja. Esses resultados indicam que a morfologia da formação de recifes pode ter grande influência na distribuição do zooplâncton demersal, mas os substratos parecem ser o principal fator de influência. Para o quarto capítulo dois novos registros de Paraspadella nana (Owre, 1963) são relatados. Os indivíduos foram encontrados em dois locais distintos separados a mais de 1.000 km um do outro (o Banco Abrolhos e a baía de Tamandaré, no Nordeste do Brasil). Foram utilizadas armadilhas emergentes para o zooplâncton demersal para a coleta da amostra. Esta metodologia é proposta como a mais eficiente para capturar espécies de Spadellidae e possivelmente alterando a perspectiva sobre a distribuição desse grupo. Para o quinto capítulo, a mortalidade dos copepodes e sua consequência para as características ecológicas da comunidade foram avaliadas, considerando as variações espaciais e diurnas. O estudo foi realizado em 2 áreas (área recifal costeira; e área recifal afastada da costa). O maior percentual de indivíduos mortos foi de 83% (malha de 64 μm). Limitação de alimento e predação são indicadas como as prováveis causas da alta percentagem de indivíduos mortos encontrada. Muitas conclusões equivocadas podem ser feitas quando se considera que todos os indivíduos coletados estão vivos, principalmente quando se usa parâmetros relacionados com a densidade de organismos como a taxa de grazing, biomassa e produção.CAPESFor the second chapter, the zooplankton samples were collected in summer and in three distinct Neotropical areas (the coastal reef arc, the outer reef arc and the Abrolhos Archipelago). Two stations in each sampling area were established to collect samples during a diel cycle. 110 taxa were identified, and the assemblages from the two nets used were significantly different. Zooplankton abundances were three orders of magnitude higher in the 64-μm net samples with an average abundance of 217,000 ± 93,418 ind m⁻³ (64-μm net) and 189 ± 122 ind m⁻³ (200-μm net). Total zooplankton abundances were approximately twice as high at the inshore reefs when compared with the offshore reefs. The PERMANOVA revealed significant differences between all three regions. Holoplanktonic forms dominated both net communities. The diel change was due to an increase in the abundance of only large and mostly pelagic zooplankters around dusk. Thus, our results suggest that the pelagic components of these reef zooplankton assemblages may be as important as demersal zooplankters to benthic-pelagic coupling. For the third chapter, the demersal zooplankton was studied in terms of composition, abundance and biomass, and their distributions patterns were assessed in response to different reef formations and to distinct substrates. Emergence trap were deployed and revealed a diverse community with 53 taxa. The composition of the emergent fauna differed between different sites and distinct substrates (PERMANOVA). The overall abundance of the demersal zooplankton was 6,050 ± 6,419 ind. m⁻², whereas the overall biomass was 6,918.93 ± 5.029.41 μgC. m⁻². Remarkable swarms of Dioithona oculata were recorded in the pinnacle reef site whereas the harpacticoids, composed by 14 families, dominated the fringing reefs. These results indicate that the morphology of the reef formation may have great influence on the distribution of demersal zooplankton. For the forth chapter, two new records of Paraspadella nana (Owre, 1963) are reported. The individuals were found in two distinct locations apart more than 1,000 km from each other (the Abrolhos Bank and the Tamandaré bay, Northeastern Brazil). Emergent traps for demersal zooplankton were used for the sample collection. This methodology is proposed as the most efficient to catch Spadellidae species and possibly changing the perspective on the distribution of this group. For the fifth chapter, the copepod mortality and its consequences to the ecological features of the community were assessed, considering the spatial and diel variations. The study was conducted in 2 areas. The vital status of the copepods was achieved with the use of the Neutral Red method. At the coastal reef area, P. quasimodo (200-μm net) and the Oithonids (mainly O. nana, 64-μm net) dominanted the community, comprising 33% and 74% respectively. At the offshore reef area, L. acutifrons dominated both net catches in terms of biomass. The maximum percent dead copepods was recorded in the offshore reef area (83%, 64-μm net), although there was no significant differences between the areas. Food limitation and predation are addressed as the probable causes of the high mortality observed.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em OceanografiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessOceanografiaPelágicoZooplâncton demersalArmadilhasBiomassaEstrutura, produtividade e fluxo de biomassa da comunidade zooplanctônica pelágica e demersal do Banco de Abrolhosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Lucas Guedes Pereira Figueiredo.pdf.jpgTESE Lucas Guedes Pereira Figueiredo.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1305https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30454/5/TESE%20Lucas%20Guedes%20Pereira%20Figueiredo.pdf.jpg052360fabe209dbb9a4b500ffe015d21MD55ORIGINALTESE Lucas Guedes Pereira Figueiredo.pdfTESE Lucas Guedes Pereira Figueiredo.pdfapplication/pdf1963669https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30454/1/TESE%20Lucas%20Guedes%20Pereira%20Figueiredo.pdf0f01e9f4becdfe874d41641a322893e0MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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