“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPE |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32230 |
Resumo: | Esta dissertação tem por objetivo discutir o processo de identificação, organização e territorialidade dos Tapuya Kariri, uma das 14 etnias dos Estado Ceará, situados no Sítio Carnaúba II, em São Benedito, na Serra da Ibiapaba. Espera-se com este trabalho mostrar como os Tapuya Kariri se autoidentificam como indígenas e reivindicam o território e sua regularização, frente a morosidade no processo de demarcação das terras. Dessa forma a pesquisa partiu do pressuposto de que as interferências causadas por “posseiros” resultou no cerceamento do território, modificando as relações indígenas com a natureza e o modo de viver da população, aprisionando não somente a terra, mas o próprio povo. Para isso, foi utilizado como referência autores que trabalham sobre os povos indígenas no Nordeste, adotando o caráter qualitativo, partindo da observação participante para construir a etnografia aqui apresentada. Além disso, foram realizadas entrevistas semi-estruturada, registros fotográficos, mapeamentos e a elaboração de croquis para melhor contextualizar e analisar os dados obtidos e apresentados. Assim, as narrativas sobre a perca do território a partir da comparação entre um passado de “terras livres, libertas” em oposição a um presente de “terras presas”, “cercadas”, orientam a percepção de como eles acionam a identificação indígena, bem como as ações desenvolvidas para recuperar esse território reivindicado como pertencente aos seus antepassados que outrora foi “invadido”. Dentro desta perspectiva verificou -se as intervenções feitas no local e como os indígenas tem agido diante das investidas de “posseiros” identificando assim, os conflitos que resultam dessa interação de índio e não-índios. Além disso, considerase os diferentes agentes que contribuíram para a organização Tapuya Kariri, mostrando como este movimento ganha força e na medida em que cresce, mobiliza a autoidentificação dos “parentes”. Nesse cenário, “ganhos” como a escola, tornaram-se espaço de materialização da presença indígena em um lugar de conflito pelo território. Sobre a identificação é possívelconcluir que está pautada no parentesco e foi acionada num contexto de disputa territorial, levando-os assim, a se organizarem coletivamente como Tapuya Kariri em prol do território que eles concebem como era anteriormente “livre”, “liberto”, “sem cerca”. |
id |
UFPE_439708f65c3fd039caab3eb2ea220327 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/32230 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
2221 |
spelling |
CARNEIRO, Francisca Jeannié Gomeshttp://lattes.cnpq.br/2238801912637163http://lattes.cnpq.br/9566407902205153REESINK, Edwin Boudewijn2019-09-04T19:14:31Z2019-09-04T19:14:31Z2017-08-29https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32230Esta dissertação tem por objetivo discutir o processo de identificação, organização e territorialidade dos Tapuya Kariri, uma das 14 etnias dos Estado Ceará, situados no Sítio Carnaúba II, em São Benedito, na Serra da Ibiapaba. Espera-se com este trabalho mostrar como os Tapuya Kariri se autoidentificam como indígenas e reivindicam o território e sua regularização, frente a morosidade no processo de demarcação das terras. Dessa forma a pesquisa partiu do pressuposto de que as interferências causadas por “posseiros” resultou no cerceamento do território, modificando as relações indígenas com a natureza e o modo de viver da população, aprisionando não somente a terra, mas o próprio povo. Para isso, foi utilizado como referência autores que trabalham sobre os povos indígenas no Nordeste, adotando o caráter qualitativo, partindo da observação participante para construir a etnografia aqui apresentada. Além disso, foram realizadas entrevistas semi-estruturada, registros fotográficos, mapeamentos e a elaboração de croquis para melhor contextualizar e analisar os dados obtidos e apresentados. Assim, as narrativas sobre a perca do território a partir da comparação entre um passado de “terras livres, libertas” em oposição a um presente de “terras presas”, “cercadas”, orientam a percepção de como eles acionam a identificação indígena, bem como as ações desenvolvidas para recuperar esse território reivindicado como pertencente aos seus antepassados que outrora foi “invadido”. Dentro desta perspectiva verificou -se as intervenções feitas no local e como os indígenas tem agido diante das investidas de “posseiros” identificando assim, os conflitos que resultam dessa interação de índio e não-índios. Além disso, considerase os diferentes agentes que contribuíram para a organização Tapuya Kariri, mostrando como este movimento ganha força e na medida em que cresce, mobiliza a autoidentificação dos “parentes”. Nesse cenário, “ganhos” como a escola, tornaram-se espaço de materialização da presença indígena em um lugar de conflito pelo território. Sobre a identificação é possívelconcluir que está pautada no parentesco e foi acionada num contexto de disputa territorial, levando-os assim, a se organizarem coletivamente como Tapuya Kariri em prol do território que eles concebem como era anteriormente “livre”, “liberto”, “sem cerca”.CAPESThe objective of this dissertation is to discuss the processes of recognition, organization, and territoriality of the Tapuya Kariri, one of the 14 ethnicities of the Ceará state, situated in the Carnaúba II village, São Benedito town, which is located on the Ibiapaba mountain. This work intends to show how the Tapuya Kariri identify themselves as indigenous and claim the territory and its regularization face to the slowness of the land demarcation process. In this way, the research was based on the assumption that the interferences caused by the “squatters” resulted in the enclosure of the territory, changing the indigenous relationship with nature and the population lifestyle, imprisoning not only the land but also the own population. For this purpose, authors that study indigenous people from the Northeast region of Brazil were used as references, adopting a qualitative character, from the participant observation in order to construct the ethnography here presented. Besides that, semi-structured interviews, photographic record, mapping, and sketches were made in order to better set the context and analyze the data here obtained and presented. Thus, the narratives about the territory loss from the comparison between a past of “free land, released” in opposition to a present of “tied land”, “walled” guide the perception of how they trigger the indigenous identification, as well as the actions developed in order to recover this territory, claimed as belonging to their ancestors and once “invaded”. Within this perspective, it was verified the interventions made on site and how the indigenous have acted against the “squatters” onslaughts, thus identifying the conflicts that result from this indigenous and non-indigenous interaction. Moreover, it is considered the different agents that contributed to the Tapuya Kariri organization, showing how this movement gains strength and as it grows, mobilize the relatives “self-identification”. In this scenario, “gains” like school became space of the materialization of the indigenous presence in a place of territory conflict. About the identification, it is possible to conclude that it is lined in the parentage and it was triggered by a context of land dispute, thus, leading them to collectively organize themselves as Tapuya Kariri in favor of a territory that they conceive as it was formerly: “free”, “released”, “non-walled”.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaÍndios – Usos e costumesÍndios TapuiaÍndios KaririÍndios Tapuia KaririÍndios – Identidade socialÍndios – Estrutura social“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILDISSERTAÇÃO Francisca Jeannié Gomes Carneiro.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Francisca Jeannié Gomes Carneiro.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1602https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Francisca%20Jeanni%c3%a9%20Gomes%20Carneiro.pdf.jpg107ca19011634d2c71c6c6dd04254295MD55ORIGINALDISSERTAÇÃO Francisca Jeannié Gomes Carneiro.pdfDISSERTAÇÃO Francisca Jeannié Gomes Carneiro.pdfapplication/pdf5905595https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Francisca%20Jeanni%c3%a9%20Gomes%20Carneiro.pdf87119265830bae6f1f5a5e91b205d346MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTDISSERTAÇÃO Francisca Jeannié Gomes Carneiro.pdf.txtDISSERTAÇÃO Francisca Jeannié Gomes Carneiro.pdf.txtExtracted texttext/plain367582https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Francisca%20Jeanni%c3%a9%20Gomes%20Carneiro.pdf.txtd8168e4e51c6fc556843cd78bc11b26aMD54123456789/322302019-10-26 01:11:48.329oai:repositorio.ufpe.br:123456789/32230TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T04:11:48Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“ |
title |
“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“ |
spellingShingle |
“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“ CARNEIRO, Francisca Jeannié Gomes Antropologia Índios – Usos e costumes Índios Tapuia Índios Kariri Índios Tapuia Kariri Índios – Identidade social Índios – Estrutura social |
title_short |
“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“ |
title_full |
“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“ |
title_fullStr |
“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“ |
title_full_unstemmed |
“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“ |
title_sort |
“Nós enverga, mas não quebra” : identificação, organização e territorialidade entre os Tapuya Kariri“ |
author |
CARNEIRO, Francisca Jeannié Gomes |
author_facet |
CARNEIRO, Francisca Jeannié Gomes |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2238801912637163 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9566407902205153 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
CARNEIRO, Francisca Jeannié Gomes |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
REESINK, Edwin Boudewijn |
contributor_str_mv |
REESINK, Edwin Boudewijn |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Antropologia Índios – Usos e costumes Índios Tapuia Índios Kariri Índios Tapuia Kariri Índios – Identidade social Índios – Estrutura social |
topic |
Antropologia Índios – Usos e costumes Índios Tapuia Índios Kariri Índios Tapuia Kariri Índios – Identidade social Índios – Estrutura social |
description |
Esta dissertação tem por objetivo discutir o processo de identificação, organização e territorialidade dos Tapuya Kariri, uma das 14 etnias dos Estado Ceará, situados no Sítio Carnaúba II, em São Benedito, na Serra da Ibiapaba. Espera-se com este trabalho mostrar como os Tapuya Kariri se autoidentificam como indígenas e reivindicam o território e sua regularização, frente a morosidade no processo de demarcação das terras. Dessa forma a pesquisa partiu do pressuposto de que as interferências causadas por “posseiros” resultou no cerceamento do território, modificando as relações indígenas com a natureza e o modo de viver da população, aprisionando não somente a terra, mas o próprio povo. Para isso, foi utilizado como referência autores que trabalham sobre os povos indígenas no Nordeste, adotando o caráter qualitativo, partindo da observação participante para construir a etnografia aqui apresentada. Além disso, foram realizadas entrevistas semi-estruturada, registros fotográficos, mapeamentos e a elaboração de croquis para melhor contextualizar e analisar os dados obtidos e apresentados. Assim, as narrativas sobre a perca do território a partir da comparação entre um passado de “terras livres, libertas” em oposição a um presente de “terras presas”, “cercadas”, orientam a percepção de como eles acionam a identificação indígena, bem como as ações desenvolvidas para recuperar esse território reivindicado como pertencente aos seus antepassados que outrora foi “invadido”. Dentro desta perspectiva verificou -se as intervenções feitas no local e como os indígenas tem agido diante das investidas de “posseiros” identificando assim, os conflitos que resultam dessa interação de índio e não-índios. Além disso, considerase os diferentes agentes que contribuíram para a organização Tapuya Kariri, mostrando como este movimento ganha força e na medida em que cresce, mobiliza a autoidentificação dos “parentes”. Nesse cenário, “ganhos” como a escola, tornaram-se espaço de materialização da presença indígena em um lugar de conflito pelo território. Sobre a identificação é possívelconcluir que está pautada no parentesco e foi acionada num contexto de disputa territorial, levando-os assim, a se organizarem coletivamente como Tapuya Kariri em prol do território que eles concebem como era anteriormente “livre”, “liberto”, “sem cerca”. |
publishDate |
2017 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2017-08-29 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-09-04T19:14:31Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-09-04T19:14:31Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32230 |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32230 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Antropologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Francisca%20Jeanni%c3%a9%20Gomes%20Carneiro.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Francisca%20Jeanni%c3%a9%20Gomes%20Carneiro.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/2/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/3/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32230/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Francisca%20Jeanni%c3%a9%20Gomes%20Carneiro.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
107ca19011634d2c71c6c6dd04254295 87119265830bae6f1f5a5e91b205d346 e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08 d8168e4e51c6fc556843cd78bc11b26a |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1802310608051240960 |