Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Matheus Silveira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44151
Resumo: O período entre a segunda metade do século XVII e a primeira metade do século XVIII foi de grandes transformações para o Império português, especificamente no Atlântico. Diante de mudanças nas relações internacionais e de uma crise financeira, Portugal centrou suas atenções para o Brasil e, por consequência, para África. A expansão pecuária para o sertão e a descoberta de ouro aceleraram esse processo que também implicou em uma maior interação comercial entre as capitanias e intensificação do tráfico negreiro. O nosso tema de estudo é exatamente como ocorreu o comércio de escravos para as Capitanias do Norte do Estado do Brasil, diante desse cenário de mudanças. Uma vez que esses escravos africanos chegavam nos portos das Capitanias do Norte, parte ficava no litoral e outra era vendida seja para o trabalho na pecuária, seja pra o trabalho nas Minas, estabelecendo um circuito interno – que estava associado ao mercado externo – de escravos. Pretendemos demonstrar neste trabalho que o comércio de pessoas escravizadas não se restringia apenas aos portos litorâneos, mas alcançava os sertões das Capitanias do Norte e das Minas ainda na primeira metade do século XVIII. Nessa conjuntura, houve a participação de diversos negociantes, mas o mercado foi centralizado e fortaleceu os da praça de Recife. Quem eram esses comerciantes? Quais seus interesses e redes mercantis? Como ocorriam as viagens e as formas de venda e compra de escravos? Essas foram algumas das questões que nos guiaram na análise das fontes. Para isso, utilizamos como principais documentos os avulsos e códices do Arquivo Histórico Ultramarino, as coleções Anais da Biblioteca Nacional, Documentos Históricos da Biblioteca Nacional e Documentos interessantes para a história e costume de São Paulo, além da documentação publicada por revistas de Institutos Históricos como os de Pernambuco e Ceará, todas elas acessíveis digitalmente. As ordens régias, o livro da Ouvidoria da Paraíba e documentos cartoriais presentes em acervos locais também foram de suma importância para compreender as articulações comerciais existentes das Capitanias do Norte entre si e destas com as Minas. Por fim, destacamos o banco de dados disponibilizados pelo Slave Voyages que tem aberto diversas possibilidades de pesquisa quantitativa e qualitativa acerca do comércio de pessoas escravizadas.
id UFPE_456fa7c0bfa2f948075d2de81f950a74
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/44151
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling GUIMARÃES, Matheus Silveirahttp://lattes.cnpq.br/2049952325434721http://lattes.cnpq.br/5699072584852088SOUZA, George Felix Cabral de2022-04-25T16:51:29Z2022-04-25T16:51:29Z2022-01-31GUIMARÃES, Matheus Silveira. Dos escravos que vão por mar e por terra: o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760). 2022. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44151O período entre a segunda metade do século XVII e a primeira metade do século XVIII foi de grandes transformações para o Império português, especificamente no Atlântico. Diante de mudanças nas relações internacionais e de uma crise financeira, Portugal centrou suas atenções para o Brasil e, por consequência, para África. A expansão pecuária para o sertão e a descoberta de ouro aceleraram esse processo que também implicou em uma maior interação comercial entre as capitanias e intensificação do tráfico negreiro. O nosso tema de estudo é exatamente como ocorreu o comércio de escravos para as Capitanias do Norte do Estado do Brasil, diante desse cenário de mudanças. Uma vez que esses escravos africanos chegavam nos portos das Capitanias do Norte, parte ficava no litoral e outra era vendida seja para o trabalho na pecuária, seja pra o trabalho nas Minas, estabelecendo um circuito interno – que estava associado ao mercado externo – de escravos. Pretendemos demonstrar neste trabalho que o comércio de pessoas escravizadas não se restringia apenas aos portos litorâneos, mas alcançava os sertões das Capitanias do Norte e das Minas ainda na primeira metade do século XVIII. Nessa conjuntura, houve a participação de diversos negociantes, mas o mercado foi centralizado e fortaleceu os da praça de Recife. Quem eram esses comerciantes? Quais seus interesses e redes mercantis? Como ocorriam as viagens e as formas de venda e compra de escravos? Essas foram algumas das questões que nos guiaram na análise das fontes. Para isso, utilizamos como principais documentos os avulsos e códices do Arquivo Histórico Ultramarino, as coleções Anais da Biblioteca Nacional, Documentos Históricos da Biblioteca Nacional e Documentos interessantes para a história e costume de São Paulo, além da documentação publicada por revistas de Institutos Históricos como os de Pernambuco e Ceará, todas elas acessíveis digitalmente. As ordens régias, o livro da Ouvidoria da Paraíba e documentos cartoriais presentes em acervos locais também foram de suma importância para compreender as articulações comerciais existentes das Capitanias do Norte entre si e destas com as Minas. Por fim, destacamos o banco de dados disponibilizados pelo Slave Voyages que tem aberto diversas possibilidades de pesquisa quantitativa e qualitativa acerca do comércio de pessoas escravizadas.The period between the second half of the 17th century and the first half of the 18th century was one of great transformations for the Portuguese Empire, specifically in the Atlantic. Facing changes in international relations and a financial crisis, Portugal turned its attention to Brazil and, consequently, to Africa. The expansion of cattle ranching to the zone known as sertão, as well as the discovery of gold, accelerated this process, which also led to a greater commercial interaction between the captaincies and an intensification of the slave trade. The focus of this study is precisely to understand how the slave trade took place in Brazil’s Northern Captaincies during that moment of change. Once the African slaves arrived at the ports of the Northern Captaincies, part of them stayed in the coast, while the other was sold to either work in cattle raising or in Minas Gerais, establishing an internal circuit - which was associated with the external market - of slaves. In this work, we intend to demonstrate that the trade of enslaved people was not restricted only to coastal ports, but also reached the countryside of the Northern Captaincies and Minas Gerais in the first half of the 18th century. In such juncture, several traders were initially involved, but the market was then centralized, leading to a strengthening of the ones based in Recife. Who were these traders? What were their interests and merchant networks like? How did the trips and sales take place? Those were some of the questions that guided us while analyzing our sources. In order to perform such analysis, we used, as our main documents, spare parts and codices of the Overseas Historical Archive, the Annals collections of the National Library, Historical Documents of the National Library, and Documents which regarded the history and customs of São Paulo, in addition to the documentation published by magazines of Historical Institutes such as those in Pernambuco and Ceará, all of which can be found online. The royal orders, the book of the Ombudsman of Paraíba, and notarial documents present in local collections were also extremely important to understand the existing commercial articulations of the Northern Captaincies among themselves, and between them and those of Minas Gerais. Finally, we highlight the database provided by Slave Voyages, which has opened up different possibilities for quantitative and qualitative research on the trade of enslaved people.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em HistoriaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBrasil - HistóriaEscravidãoTráfico de escravosComerciantes de escravosSéculo XVIIIDos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Matheus Silveira Guimarães.pdfTESE Matheus Silveira Guimarães.pdfapplication/pdf4221074https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/1/TESE%20Matheus%20Silveira%20Guimar%c3%a3es.pdfbdd262a193f8949f87d7ed813115dddfMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82142https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/3/license.txt6928b9260b07fb2755249a5ca9903395MD53TEXTTESE Matheus Silveira Guimarães.pdf.txtTESE Matheus Silveira Guimarães.pdf.txtExtracted texttext/plain972499https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/4/TESE%20Matheus%20Silveira%20Guimar%c3%a3es.pdf.txtdfbcfaeff7e41dc3a4b8313e6424fcd1MD54THUMBNAILTESE Matheus Silveira Guimarães.pdf.jpgTESE Matheus Silveira Guimarães.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1292https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/5/TESE%20Matheus%20Silveira%20Guimar%c3%a3es.pdf.jpg265f689957748e21d785ebf31bee5192MD55123456789/441512022-04-26 02:11:47.378oai:repositorio.ufpe.br:123456789/44151VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2HDp8OjbyBkZSBEb2N1bWVudG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUKIAoKRGVjbGFybyBlc3RhciBjaWVudGUgZGUgcXVlIGVzdGUgVGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyB0ZW0gbyBvYmpldGl2byBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZG9zIGRvY3VtZW50b3MgZGVwb3NpdGFkb3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBlIGRlY2xhcm8gcXVlOgoKSSAtICBvIGNvbnRlw7pkbyBkaXNwb25pYmlsaXphZG8gw6kgZGUgcmVzcG9uc2FiaWxpZGFkZSBkZSBzdWEgYXV0b3JpYTsKCklJIC0gbyBjb250ZcO6ZG8gw6kgb3JpZ2luYWwsIGUgc2UgbyB0cmFiYWxobyBlL291IHBhbGF2cmFzIGRlIG91dHJhcyBwZXNzb2FzIGZvcmFtIHV0aWxpemFkb3MsIGVzdGFzIGZvcmFtIGRldmlkYW1lbnRlIHJlY29uaGVjaWRhczsKCklJSSAtIHF1YW5kbyB0cmF0YXItc2UgZGUgVHJhYmFsaG8gZGUgQ29uY2x1c8OjbyBkZSBDdXJzbywgRGlzc2VydGHDp8OjbyBvdSBUZXNlOiBvIGFycXVpdm8gZGVwb3NpdGFkbyBjb3JyZXNwb25kZSDDoCB2ZXJzw6NvIGZpbmFsIGRvIHRyYWJhbGhvOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogZXN0b3UgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBhIGFsdGVyYcOnw6NvIGRhIG1vZGFsaWRhZGUgZGUgYWNlc3NvIGFvIGRvY3VtZW50byBhcMOzcyBvIGRlcMOzc2l0byBlIGFudGVzIGRlIGZpbmRhciBvIHBlcsOtb2RvIGRlIGVtYmFyZ28sIHF1YW5kbyBmb3IgZXNjb2xoaWRvIGFjZXNzbyByZXN0cml0bywgc2Vyw6EgcGVybWl0aWRhIG1lZGlhbnRlIHNvbGljaXRhw6fDo28gZG8gKGEpIGF1dG9yIChhKSBhbyBTaXN0ZW1hIEludGVncmFkbyBkZSBCaWJsaW90ZWNhcyBkYSBVRlBFIChTSUIvVUZQRSkuCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBBYmVydG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAsIGRlIDE5IGRlIGZldmVyZWlybyBkZSAxOTk4LCBhcnQuIDI5LCBpbmNpc28gSUlJLCBhdXRvcml6byBhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFBlcm5hbWJ1Y28gYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBncmF0dWl0YW1lbnRlLCBzZW0gcmVzc2FyY2ltZW50byBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQgKGFxdWlzacOnw6NvKSBhdHJhdsOpcyBkbyBzaXRlIGRvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgbm8gZW5kZXJlw6dvIGh0dHA6Ly93d3cucmVwb3NpdG9yaW8udWZwZS5iciwgYSBwYXJ0aXIgZGEgZGF0YSBkZSBkZXDDs3NpdG8uCgogClBhcmEgdHJhYmFsaG9zIGVtIEFjZXNzbyBSZXN0cml0bzoKCk5hIHF1YWxpZGFkZSBkZSB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkZSBhdXRvciBxdWUgcmVjYWVtIHNvYnJlIGVzdGUgZG9jdW1lbnRvLCBmdW5kYW1lbnRhZG8gbmEgTGVpIGRlIERpcmVpdG8gQXV0b3JhbCBubyA5LjYxMCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIHF1YW5kbyBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvIGNvbmRpemVudGUgYW8gdGlwbyBkZSBkb2N1bWVudG8sIGNvbmZvcm1lIGluZGljYWRvIG5vIGNhbXBvIERhdGEgZGUgRW1iYXJnby4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212022-04-26T05:11:47Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)
title Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)
spellingShingle Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)
GUIMARÃES, Matheus Silveira
Brasil - História
Escravidão
Tráfico de escravos
Comerciantes de escravos
Século XVIII
title_short Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)
title_full Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)
title_fullStr Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)
title_full_unstemmed Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)
title_sort Dos escravos que vão por mar e por terra : o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760)
author GUIMARÃES, Matheus Silveira
author_facet GUIMARÃES, Matheus Silveira
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2049952325434721
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5699072584852088
dc.contributor.author.fl_str_mv GUIMARÃES, Matheus Silveira
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv SOUZA, George Felix Cabral de
contributor_str_mv SOUZA, George Felix Cabral de
dc.subject.por.fl_str_mv Brasil - História
Escravidão
Tráfico de escravos
Comerciantes de escravos
Século XVIII
topic Brasil - História
Escravidão
Tráfico de escravos
Comerciantes de escravos
Século XVIII
description O período entre a segunda metade do século XVII e a primeira metade do século XVIII foi de grandes transformações para o Império português, especificamente no Atlântico. Diante de mudanças nas relações internacionais e de uma crise financeira, Portugal centrou suas atenções para o Brasil e, por consequência, para África. A expansão pecuária para o sertão e a descoberta de ouro aceleraram esse processo que também implicou em uma maior interação comercial entre as capitanias e intensificação do tráfico negreiro. O nosso tema de estudo é exatamente como ocorreu o comércio de escravos para as Capitanias do Norte do Estado do Brasil, diante desse cenário de mudanças. Uma vez que esses escravos africanos chegavam nos portos das Capitanias do Norte, parte ficava no litoral e outra era vendida seja para o trabalho na pecuária, seja pra o trabalho nas Minas, estabelecendo um circuito interno – que estava associado ao mercado externo – de escravos. Pretendemos demonstrar neste trabalho que o comércio de pessoas escravizadas não se restringia apenas aos portos litorâneos, mas alcançava os sertões das Capitanias do Norte e das Minas ainda na primeira metade do século XVIII. Nessa conjuntura, houve a participação de diversos negociantes, mas o mercado foi centralizado e fortaleceu os da praça de Recife. Quem eram esses comerciantes? Quais seus interesses e redes mercantis? Como ocorriam as viagens e as formas de venda e compra de escravos? Essas foram algumas das questões que nos guiaram na análise das fontes. Para isso, utilizamos como principais documentos os avulsos e códices do Arquivo Histórico Ultramarino, as coleções Anais da Biblioteca Nacional, Documentos Históricos da Biblioteca Nacional e Documentos interessantes para a história e costume de São Paulo, além da documentação publicada por revistas de Institutos Históricos como os de Pernambuco e Ceará, todas elas acessíveis digitalmente. As ordens régias, o livro da Ouvidoria da Paraíba e documentos cartoriais presentes em acervos locais também foram de suma importância para compreender as articulações comerciais existentes das Capitanias do Norte entre si e destas com as Minas. Por fim, destacamos o banco de dados disponibilizados pelo Slave Voyages que tem aberto diversas possibilidades de pesquisa quantitativa e qualitativa acerca do comércio de pessoas escravizadas.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-04-25T16:51:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-04-25T16:51:29Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-01-31
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv GUIMARÃES, Matheus Silveira. Dos escravos que vão por mar e por terra: o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760). 2022. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44151
identifier_str_mv GUIMARÃES, Matheus Silveira. Dos escravos que vão por mar e por terra: o comércio Atlântico de escravos para as Capitanias do Norte e sua dinâmica interna (c1654-c1760). 2022. Tese (Doutorado em História) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2022.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/44151
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Historia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/1/TESE%20Matheus%20Silveira%20Guimar%c3%a3es.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/4/TESE%20Matheus%20Silveira%20Guimar%c3%a3es.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/44151/5/TESE%20Matheus%20Silveira%20Guimar%c3%a3es.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv bdd262a193f8949f87d7ed813115dddf
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
6928b9260b07fb2755249a5ca9903395
dfbcfaeff7e41dc3a4b8313e6424fcd1
265f689957748e21d785ebf31bee5192
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802310811713011712