Inovações de micro e pequenos empresários : uma análise voltada para as capacidades de gestão e de comercialização do município de Arcoverde-PE

• Autor(a) principal: SIQUEIRA, Giselle de Melo
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
• Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49431
• topic: Administração comercial; Pequenas e médias empresas; Gerência; Capacidade executiva

O trabalho busca compreender a Capacidade de Inovação com o enfoque na Capacidade de Gestão e de Comercialização nas micro e pequenas empresas. A pesquisa ocorreu no município de Arcoverde, Pernambuco, com o intuito de perceber como as inovações acontecem em MPEs em pequenos centros urbanos. O estudo foi guiado pela teoria das capacidades de inovação, a qual apresenta a inovação com base na alocação de recursos físicos ou não físicos. A teoria propõe que as empresas são dotadas de quatro capacidades de inovação (tecnológica, operacional, gerenciamento e comercialização), que são orquestradas e levam as empresas ao desempenho inovador. Segundo a teoria, tal modelo se encaixa em economias emergentes, pois possibilita ganhos de competitividade. Devido a algumas limitações de desenvolvimento tecnológico que as micro e pequenas empresas enfrentam, a atual pesquisa adaptou ao modelo proposto por Zawislak et al., (2012) e focou nas capacidades de gerenciamento e de comercialização. O estudo abordou a análise qualitativa, em que foram entrevistados 5 empresários de micro e de pequenas empresas do município. Como instrumento de coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com os gestores e os relatos dos entrevistados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados demonstram que os gestores nas MPEs localizadas no município desenvolvem as suas capacidades de gerenciamento e de comercialização e buscam utilizar técnicas eficazes para materializar seus negócios. No entanto, dependendo do setor de atividade, a decisão estratégica de priorizar uma capacidade ou outra depende da sua visão de negócios e de suas próprias pretensões de inovação. Ou seja, em vez de uma estratégia empresarial, tem-se uma visão pessoal sobre a identificação de oportunidades imediatas, com a mobilização das Capacidades de Gestão e de Comercialização para a sua exploração. Essas escolhas do gestor são determinadas pelas interações com o seu ambiente e pela constante busca para crescer ou sobreviver nos negócios. As ações rotineiras de otimização de processos e o uso eficiente de recursos se confundem com as próprias atividades de inovação. Nesse cenário, o que faz a diferença é a experiência dos gestores, a aptidão para ampliar o negócio e a liderança para mobilizar os funcionários em torno dos objetivos que ele define como sendo responsáveis para uma empresa de sucesso.