Como os evangélicos discutem política? : a constituição do crente-cidadão entre os jovens universitários da igreja de Silas Malafaia
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Data de Publicação: | 2019 |
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Resumo: | Este trabalho tem como objetivo principal compreender a forma como os crentes pentecostais constituem-se a si mesmos como sujeitos na relação com a política. Levando em consideração os embates públicos ocorridos na esfera pública brasileira em torno das questões relativas aos direitos sexuais e reprodutivos, e que colocaram em lados opostos igrejas pentecostais e movimentos sociais, afirmo que os fiéis ordinários dessas igrejas têm recebido de seus líderes a incumbência moral de se posicionarem politicamente em suas vidas cotidianas na defesa de temas caros aos seus sistemas de valores. “Crente também é cidadão” e, por isso, “tem de se posicionar” é o que recomenda aos seus liderados o pastor Silas Malafaia, um dos líderes pentecostais mais polêmicos no que diz respeito aos embates contra os movimentos sociais. Diante desse novo código moral no qual uma cidadania política é atrelada à constituição de um sujeito religioso, pretendo saber como se dá esse processo, que chamo de constituição do crente-cidadão, no dia a dia dos fiéis e em suas relações fora da igreja. Antes, no entanto, é necessário analisar o modo de atuação dos pentecostais na esfera pública brasileira, já que este é o cenário mais amplo no qual os crentes ordinários estão inseridos e com o qual dialogam a fim de se constituírem enquanto sujeitos. Chamo de pentecostaharsh esse modo de atuação, uma vez que, ao contrário de como o pentecostalismo vai a público em Gana, segundo Birgit Meyer, a partir de seu entrelaçamento com a cultura, e deste modo espalha-se suavemente pela esfera pública ganense, o pentecostalismo brasileiro apresenta um estilo baseado no peso do confronto, movendo-se na esfera pública a partir do estabelecimento de controvérsias. Para compreender esse modo de atuação pública do pentecostalismo fiz trabalho de campo em dois eventos promovidos pelo pastor Silas Malafaia, realizados em Brasília: a inauguração de uma filial de sua igreja no mesmo fim de semana dos protestos pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff, em Março de 2016 e o Ato Profético pelo Brasil, que se deu logo após a votação que aprovou o prosseguimento do processo de impeachment na câmara dos deputados, onde líderes de várias denominações evangélicas reuniram-se, sob a liderança de Malafaia, para orar pela nação profetizando dias melhores. Para dar conta especificamente da constituição do crente-cidadão, realizei trabalho de campo com observação participante na sede nacional da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, localizada no bairro da Penha, na cidade do Rio de Janeiro, a igreja do pastor Silas Malafaia. Participei das reuniões de um grupo específico, o Universe, responsável por debater a vida cristã na universidade e munir os jovens de argumentos legítimos para discutirem e defenderem os pontos de vista da igreja em suas respectivas faculdades. Com isso, pretendo mostrar como os jovens crentes da igreja de Malafaia dão conta dessa missão em suas vidas cotidianas, principalmente na faculdade, e definem a sua conduta ética em meios às tensões políticas que têm caracterizado a sociedade brasileira atualmente. |
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MAURICIO JUNIOR, Cleonardo Gil de Barroshttp://lattes.cnpq.br/8257727698456026http://lattes.cnpq.br/8343402717114526CAMPOS, Roberta Bivar Carneiro2021-01-19T19:02:11Z2021-01-19T19:02:11Z2019-03-15MAURICIO JUNIOR, Cleonardo Gil de Barros. Como os evangélicos discutem política?: a constituição do crente-cidadão entre os jovens universitários da igreja de Silas Malafaia. 2019. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39075ark:/64986/001300000ghhqEste trabalho tem como objetivo principal compreender a forma como os crentes pentecostais constituem-se a si mesmos como sujeitos na relação com a política. Levando em consideração os embates públicos ocorridos na esfera pública brasileira em torno das questões relativas aos direitos sexuais e reprodutivos, e que colocaram em lados opostos igrejas pentecostais e movimentos sociais, afirmo que os fiéis ordinários dessas igrejas têm recebido de seus líderes a incumbência moral de se posicionarem politicamente em suas vidas cotidianas na defesa de temas caros aos seus sistemas de valores. “Crente também é cidadão” e, por isso, “tem de se posicionar” é o que recomenda aos seus liderados o pastor Silas Malafaia, um dos líderes pentecostais mais polêmicos no que diz respeito aos embates contra os movimentos sociais. Diante desse novo código moral no qual uma cidadania política é atrelada à constituição de um sujeito religioso, pretendo saber como se dá esse processo, que chamo de constituição do crente-cidadão, no dia a dia dos fiéis e em suas relações fora da igreja. Antes, no entanto, é necessário analisar o modo de atuação dos pentecostais na esfera pública brasileira, já que este é o cenário mais amplo no qual os crentes ordinários estão inseridos e com o qual dialogam a fim de se constituírem enquanto sujeitos. Chamo de pentecostaharsh esse modo de atuação, uma vez que, ao contrário de como o pentecostalismo vai a público em Gana, segundo Birgit Meyer, a partir de seu entrelaçamento com a cultura, e deste modo espalha-se suavemente pela esfera pública ganense, o pentecostalismo brasileiro apresenta um estilo baseado no peso do confronto, movendo-se na esfera pública a partir do estabelecimento de controvérsias. Para compreender esse modo de atuação pública do pentecostalismo fiz trabalho de campo em dois eventos promovidos pelo pastor Silas Malafaia, realizados em Brasília: a inauguração de uma filial de sua igreja no mesmo fim de semana dos protestos pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff, em Março de 2016 e o Ato Profético pelo Brasil, que se deu logo após a votação que aprovou o prosseguimento do processo de impeachment na câmara dos deputados, onde líderes de várias denominações evangélicas reuniram-se, sob a liderança de Malafaia, para orar pela nação profetizando dias melhores. Para dar conta especificamente da constituição do crente-cidadão, realizei trabalho de campo com observação participante na sede nacional da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, localizada no bairro da Penha, na cidade do Rio de Janeiro, a igreja do pastor Silas Malafaia. Participei das reuniões de um grupo específico, o Universe, responsável por debater a vida cristã na universidade e munir os jovens de argumentos legítimos para discutirem e defenderem os pontos de vista da igreja em suas respectivas faculdades. Com isso, pretendo mostrar como os jovens crentes da igreja de Malafaia dão conta dessa missão em suas vidas cotidianas, principalmente na faculdade, e definem a sua conduta ética em meios às tensões políticas que têm caracterizado a sociedade brasileira atualmente.CNPqThis paper aims to understand how Pentecostal believers constitute themselves as subjects in relation to politics. Taking into account the public clashes that have occurred in the Brazilian public sphere on issues related to sexual and reproductive rights, and which have placed on opposite sides Pentecostal churches and social movements, I affirm that the ordinary faithful of these churches have received from their leaders the moral responsibility of to position themselves politically in their daily lives in the defense of core issues in their value systems. "Believer is also a citizen" and, therefore, "must stand" is what he recommends to his leaders Pastor Silas Malafaia, one of the most controversial Pentecostal leaders in regard to the clashes against social movements. Faced with this new moral code in which a political citizenship is linked to the constitution of a religious subject, I want to know how this process happens, which I call the constitution of the believer-citizen, in the daily life of the faithful and in their relationships outside the church. However, it is necessary to analyze before Pentecostals' mode of operation in the Brazilian public sphere, since this is the broader scenario in which ordinary believers are inserted and with which they d ialogue in order to constitute themselves as subjects. I call pentecostaharsh this mode of operation, since, contrary to how Pentecostalism goes public in Ghana, according to Birgit Meyer, from its intertwining with culture, and in this way it spreads gently through the Ghana public sphere, the Brazilian pentecostalism presents a style based on the weight of the confrontation, moving in the public sphere through the establishment of controversies. To understand this mode of public performance of Pentecostalism I did field work in two events promoted by Pastor Silas Malafaia, held in Brasilia: the inauguration of a branch of his church in the same weekend of the protests for the impeachment of President Dilma Rousseff in March of 2016 and the Prophetic Act for Brazil, which took place shortly after the vote that approved the continuation of the process of impeachment in the Chamber of Deputies, where leaders of several evangelical denominations met under the leadership of Malafaia to pray for the nation prophesying better days. In order to account specifically for the constitution of the citizen believer, I conducted fieldwork with participant observation in the headquarter of the Assembly of God Victory in Christ, located in the district of Penha, in the city of Rio de Janeiro, the church of Pastor Silas Malafaia. I participated in the meetings of a specific group, the Universe, which is responsible for discussing Christian life at university and providing young people with legitimate arguments to discuss and defend the views of the church in their universities. With this, I intend to show how the young believers of the Malafaia's take responsibility for this mission in their daily lives, especially in college, and define their ethical conduct amid the political tensions that have characterized Brazilian society today.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em AntropologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAntropologiaReligião e políticaÉticaPentecostalismoPentecostaisComo os evangélicos discutem política? : a constituição do crente-cidadão entre os jovens universitários da igreja de Silas Malafaiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Cleonardo Gil de Barros Mauricio Junior.pdfTESE Cleonardo Gil de Barros Mauricio Junior.pdfapplication/pdf1933695https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39075/4/TESE%20Cleonardo%20Gil%20de%20Barros%20Mauricio%20Junior.pdf93bbec014eeb3dfb618c297f9196819fMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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Este trabalho tem como objetivo principal compreender a forma como os crentes pentecostais constituem-se a si mesmos como sujeitos na relação com a política. Levando em consideração os embates públicos ocorridos na esfera pública brasileira em torno das questões relativas aos direitos sexuais e reprodutivos, e que colocaram em lados opostos igrejas pentecostais e movimentos sociais, afirmo que os fiéis ordinários dessas igrejas têm recebido de seus líderes a incumbência moral de se posicionarem politicamente em suas vidas cotidianas na defesa de temas caros aos seus sistemas de valores. “Crente também é cidadão” e, por isso, “tem de se posicionar” é o que recomenda aos seus liderados o pastor Silas Malafaia, um dos líderes pentecostais mais polêmicos no que diz respeito aos embates contra os movimentos sociais. Diante desse novo código moral no qual uma cidadania política é atrelada à constituição de um sujeito religioso, pretendo saber como se dá esse processo, que chamo de constituição do crente-cidadão, no dia a dia dos fiéis e em suas relações fora da igreja. Antes, no entanto, é necessário analisar o modo de atuação dos pentecostais na esfera pública brasileira, já que este é o cenário mais amplo no qual os crentes ordinários estão inseridos e com o qual dialogam a fim de se constituírem enquanto sujeitos. Chamo de pentecostaharsh esse modo de atuação, uma vez que, ao contrário de como o pentecostalismo vai a público em Gana, segundo Birgit Meyer, a partir de seu entrelaçamento com a cultura, e deste modo espalha-se suavemente pela esfera pública ganense, o pentecostalismo brasileiro apresenta um estilo baseado no peso do confronto, movendo-se na esfera pública a partir do estabelecimento de controvérsias. Para compreender esse modo de atuação pública do pentecostalismo fiz trabalho de campo em dois eventos promovidos pelo pastor Silas Malafaia, realizados em Brasília: a inauguração de uma filial de sua igreja no mesmo fim de semana dos protestos pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff, em Março de 2016 e o Ato Profético pelo Brasil, que se deu logo após a votação que aprovou o prosseguimento do processo de impeachment na câmara dos deputados, onde líderes de várias denominações evangélicas reuniram-se, sob a liderança de Malafaia, para orar pela nação profetizando dias melhores. Para dar conta especificamente da constituição do crente-cidadão, realizei trabalho de campo com observação participante na sede nacional da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, localizada no bairro da Penha, na cidade do Rio de Janeiro, a igreja do pastor Silas Malafaia. Participei das reuniões de um grupo específico, o Universe, responsável por debater a vida cristã na universidade e munir os jovens de argumentos legítimos para discutirem e defenderem os pontos de vista da igreja em suas respectivas faculdades. Com isso, pretendo mostrar como os jovens crentes da igreja de Malafaia dão conta dessa missão em suas vidas cotidianas, principalmente na faculdade, e definem a sua conduta ética em meios às tensões políticas que têm caracterizado a sociedade brasileira atualmente. |
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